Há quantos anos está presente no mercado da mediação imobiliária?
Estou presente no mercado imobiliário há 17 anos. Uma vida dedicada a esta profissão que tanto me completa.
O que pode ser contado sobre o seu percurso profissional?
Posso dizer que caí de paraquedas na área do imobiliário. Não era algo que estava planeado, foi uma oportunidade que simplesmente surgiu e que rapidamente me conquistou pela positiva. 17 anos de muito trabalho e crescimento. É realmente importante e aconselho vivamente a todas as pessoas que façam aquilo que gostam.
Acima de tudo, foram anos de vivências e novas experiências, em que nem a crise de 2011 me conseguiu abalar. Aliás, foi através da crise que eu consegui ir buscar o melhor de mim e fazer aquilo que não sabia de que era capaz. Lutar ainda mais pelos meus objetivos, trabalhar no terreno à procura de clientes, encorajar a minha equipa e enfrentar todo o tipo de obstáculos. Posso dizer que a altura da crise, que foi um dos grandes desafios profissionais para mim, foi também a época em que mais me diverti, devido aos grandes desafios que coloquei a mim própria e a todos aqueles que me quiseram acompanhar na caminhada, dentro e fora do escritório.
Como é ser diretora numa empresa como a ERA?
Não é uma profissão fácil, admito. Trata-se de uma profissão da qual é preciso gostar muito, para que os resultados e o sucesso sejam alcançados. Contudo, assumidamente, é um trabalho que nos ajuda a crescer como seres humanos e profissionais.
O facto de me identificar muito com a marca, é um ponto forte a favor neste cargo. O nosso foco principal são as pessoas. É preciso gostar de pessoas, tal como diz o meu slogan preferido da ERA, “o nosso negócio não são casas. O nosso negócio são pessoas”. E este é o segredo deste negócio.
É, acima de tudo, um trabalho extremamente desafiante e competitivo. Diariamente temos desafios aos quais nos propomos. Trata-se de um trabalho que nos obriga a dar o melhor de nós, e esse sempre foi o meu espírito e também o lema, que eu tento passar para toda a minha equipa. Tento transmitir a mensagem de que devemos ser sempre muito exigentes connoscoh, competitivos e rigorosos em tudo aquilo que fazemos para nunca falhar. E o mais importante de tudo, temos que ter sempre um plano de desenvolvimento pessoal, só assim conseguimos alcançar os nossos objetivos.
Como descreve o seu trabalho e missão na ERA da Trofa?
Gosto imenso do meu trabalho e das pessoas com quem trabalho, e acima de tudo, gosto das pessoas da Trofa. Nos últimos meses/anos temos verificado que, cada vez mais, as pessoas se deslocam dos centros das cidades para morar nas periferias, e, a Trofa, nesse sentido, encontra-se muito bem localizada. Existe cada vez mais procura de habitações na nossa cidade, o problema está só e unicamente na oferta. Estamos bem localizados, a Trofa faz parte da zona metropolitana do Porto e os preços das casas não são de todo comparáveis aos centros das grandes cidades.
Falta construir habitações, mas, para isso, é preciso convencer as construtoras de que vale a pena apostar na Trofa. É bom e fácil trabalhar aqui.
Para além disso, considero que tenho uma boa equipa, unida, forte, bastante competitiva, que acima de tudo me ajuda com os objetivos desta loja e que gosta de trabalhar aqui. Tento fazer todos os possíveis para que todos se sintam bem e felizes ao fazerem o seu trabalho e aquilo que gostam. Nós damos e eles dão.
Prova disso são os vários prémios ERA a nível regional que a nossa loja já conquistou ao longo dos anos. Desde melhor agência, a melhor no total de transações, melhor faturação, melhores comerciais, e também melhor direção comercial. Juntos, somos “máquinas”.
Qual a importância da mediação imobiliária na economia portuguesa, e na vida das pessoas?
Portugal é atualmente o mercado imobiliário mais dinâmico da Europa Ocidental e com isso, o peso do imobiliário na economia do país e na vida das pessoas é muito grande.
Com isto, acima de tudo, é importante perceber que ao vender casas, nós estamos também a mudar a vida das pessoas. A mudança de uma casa é uma mudança radical em todos os aspetos. É importante que cada mediador imobiliário perceba a importância e o peso que tem em cada cliente. Nós não somos só mediadores, somos também conselheiros. Em cada venda de uma casa, está uma história de vida diferente e isso engloba conceitos e objetivos diferentes para cada cliente. Mudar de casa é, talvez, a mudança mais importante da vida das pessoas e, para isso, é preciso ser sempre o mais profissional possível e transparente em cada caso de forma a tentar transmitir confiança e ajudar cada cliente a ficar satisfeito com a sua compra e com o nosso trabalho. Por isso a legislação na nesta área de trabalho deveria ser muito mais exigente. Só deveria trabalhar na Mediação Imobiliária quem tivesse formação específica na área, como já acontece em vários países. É um trabalho demasiado sério para ser feito da forma como acontece no nosso país.
O que a motiva e inspira diariamente?
Amar o que faço, motivar as pessoas que me rodeiam a descobrirem o seu verdadeiro potencial, ser melhor e acima de tudo, desenvolver-me a nível pessoal.
Para além disso, considero-me uma pessoa muito dinâmica, competitiva, exigente e que tem prazer naquilo que faz.
Motiva-me e inspira-me, saber que nesta área, temos algo a aprender todos os dias. É um trabalho que exige formação e desenvolvimento constante. Se eu não tiver algo que exija de mim todos os dias, sinto-me desmotivada. Preciso de ação, desafios, competição, dinamismo, um misto de oportunidades para desenvolver e crescer diariamente.
Devido ao seu cargo na ERA, é difícil conciliar a vida pessoal com a profissional?
Neste momento consigo conciliar mais facilmente, a vida pessoal com a profissional. Tenho neste momento pessoas na equipa que são o meu braço direito e em quem eu confio plenamente de forma a estar tranquila quando estou fora do trabalho.
Ninguém consegue fazer tudo sozinho, o stress coloca as pessoas doentes, é necessário o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Sem esse equilíbrio não somos felizes. cada vez mais se fala na felicidade nas organizações, porque só pessoas felizes conseguem ter bons resultados.