Numa tomada de posição enviada hoje de manhã, o órgão da representação juvenil portuguesa, fez saber que estão a tomar conhecimento de situações extremas, vividas por muitos jovens portugueses, entre elas, situações de crescente precariedade laboral e despedimentos com impacto também nas questões da habitação; situações de impossibilidade de viajar e retenção em países estrangeiros sem resposta por parte dos serviços consulares; excesso de trabalho, em condições precárias e por vezes pouco seguras e de extrema exigência física e psicológica dos jovens profissionais de saúde e da grande indústria; e dificuldades em acompanhar a nova modalidade letiva com impacto na avaliação do seu percurso escolar por falta de meios, entre muitas outras.

Rita Saias, Presidente do órgão, considera que “devem ser implementadas medidas transversais e que atendam à especificidade dos desafios que as novas gerações enfrentam, num compromisso solidário com a juventude por parte do
Governo.”

Constam no documento, para além das preocupações, algumas resoluções que podem permitir, desde já, atenuar as consequências desta pandemia. No entender do Conselho Nacional de Juventude, é necessário que as e os jovens que ficaram desempregados possam beneficiar do subsídio extraordinário da Segurança Social, independentemente da data de início da atividade, do seu regime laboral ou da profissão que exerciam; que sejam garantidos os meios para uma maior fiscalização de abusos laborais que ocorrem nos sectores da grande indústria e no teletrabalho; exigir ao Banco de Portugal que a banca conceda moratórias no pagamento de créditos à habitação e formação; garantir o acesso de todos aos novos métodos de ensino; o alargamento dos prazos de término do ano letivo e a flexibilização as regras de avaliação e que sejam garantidas as condições de trabalho necessárias para os jovens em setores críticos como a
saúde, a indústria alimentar e distribuição.

Estas medidas, são apenas algumas medidas das várias que se encontram no documento, e que para Rita Saias, “são cruciais para garantir que podemos continuar a contar enquanto país com a juventude na resolução da crise
económica e social que se avizinha.”