Quando foi edificada a Will Creative Consulting e de que forma é que a marca tem vindo a promover uma dinâmica inovador e promotora de valor ao mercado?
A Will é um estúdio criativo a inventar desde 2013. Somos criadores e engenhocas com a capacidade de fazer muita coisa a partir de pouco. Criamos e construímos as nossas ideias, no nosso espaço, constituído, por mentes fervilhantes de ideias e conceitos, computadores, martelos e pinceis. Temos uma vocação genuína para projetos especiais, únicos, pensados à medida para aquela marca, aquele espaço e momento. Cuidamos cada projeto como se fosse o primeiro e aportamos um elemento surpresa a cada proposta.
Acreditamos, tal como Nelson Mandela, “tudo é considerado impossível até acontecer”.
A Marta Pires assume a posição de Partner & Manager da marca. Assim, começaria por lhe perguntar como se deu início a este desafio e que balanço é possível perpetuar da sua liderança?
Há sete anos ganhou forma a minha vontade, enquanto gestora e empreendedora, de iniciar um projeto próprio juntamente com o meu marido Paulo Gouveia, designer.
Em pouco tempo a Will já trabalha marcas como Porto Ferreira, Symington, Porto Cruz, Mateus Rosé, Niepoort, Super Bock e outras. O balanço é muito positivo, o nosso esforço, entrega e criatividade está no resultado dos nossos trabalhos, prémios e feedback dos clientes.
O que é mais desafiante para si neste cargo?
O meu desafio como líder é conseguir que a Will contribua para que o mundo seja um pouco melhor. Isto significa entrega personalizada a cada cliente, o cuidado com os fornecedores e parceiros, o carinho com os colaboradores e estarmos atentos a tudo o que nos rodeia, com humanidade e sustentabilidade.
De que forma é que diariamente procura marcar a diferença e ter assim impacto no quotidiano da marca e das pessoas que compõem a mesma enquanto líder?
É uma pergunta pertinente, que se impõe ainda mais nos dias incertos desta pandemia. Assim, mais do que nunca, impõe-se uma liderança presente e consciente.
Na minha ótica o líder deve ser o primeiro a dar o exemplo, em palavras e ações, colocar-se no lugar do outro, fazer com que todos se sintam envolvidos e façam parte da solução.
Ao longo do seu percurso, que momentos ou aspetos considera fulcrais para o seu crescimento pessoal e profissional e de que forma foram os mesmos fundamentais para que hoje tenha capacidade de responder aos desafios diários da sua função?
Ao longo do meu percurso assinalo as bases sólidas que começaram na escolha do curso e mestrado em gestão, com passagem pela Universidade de Louvain la Neuve, Bélgica. Sublinhava a incursão pela Sonae, uma indubitável escola de negócios. Estas experiências e vivencias confluíram na Will, para uma melhor resolução de problemas, adaptação à mudança e espírito de equipa.
Numa altura em que se debatem cada vez mais questões relacionadas com a desigualdade de género, como diria ter sido o seu percurso profissional neste sentido? A desigualdade de género é uma realidade para si? Como a podemos ultrapassar e contornar? Estamos no bom caminho?
Pessoalmente não senti desigualdade ao longo do meu percurso. Reconheço que existem ainda desigualdades de oportunidades, nomeadamente a nível do acesso a altos cargos de gestão e diferenças salariais para o género feminino. Mas penso que existe um esforço para alertar e esbater essas diferenças e é esse o caminho.
Na Will existe paridade, não intencional, importam as competências e esforço de cada um, independentemente do género.
Liderança Masculina ou Feminina? Ou a liderança de qualidade não tem qualquer relação com o género?
A liderança não é uma qualidade relativa de um género – a liderança é missão, valores e como diz o Papa Francisco: “Mais importante que o líder é a missão”.
Julgo existirem características mais femininas e masculinas de liderar, que influenciam a maneira de cada um fazer as coisas, nem boas nem más, mas diferentes. Em conjunto, somando esforços, complementando-se e cooperando, tornam-se imbatíveis.
Que mensagem lhe aprazaria deixar ao universo feminino que diariamente ultrapassa dificuldades e obstáculos em prol de uma carreira profissional?
A mensagem é que se deve preparar, pessoal e profissionalmente, tornar-se na sua melhor versão para que primeiro se possa liderar a si própria e depois compreender e liderar os outros. Considero que um líder deve procurar alguns valores como a resiliência, humildade e empatia que ajudam ao longo do caminho, nem sempre fácil.