O Grupo Clarke Modet, líder nos serviços de Propriedade Industrial e Intelectual nos países de língua espanhola e portuguesa, é a entidade que está a apoiar a obtenção de protecção no âmbito da Propriedade Intelectual e Industrial do ventilador português ATENA.
“Consideramos que esta iniciativa é um desígnio nacional nesta fase e por isso, a Clarke Modet associou-se ao projeto sem qualquer contrapartida financeira pelo trabalho desenvolvido. E sem quaisquer reservas. Este projeto tem o envolvimento de uma comunidade científica, tecnológica, médica e industrial portuguesa altamente qualificada. Para além do caráter humano que é sempre o mais relevante, acreditamos que todas as entidades envolvidas ajudam a potenciar o setor em que operam. Acreditamos que essa também é a realidade do nosso envolvimento para o setor da propriedade intelectual e industrial portuguesa,” refere, Ana Morato, Diretora-Geral da Clarke Modet Portugal.
Este projeto, desenvolvido pelo CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento, em Matosinhos, já concluiu a primeira fase de produção com a entrega de 100 unidades do equipamento que passaram nos ensaios pré-clínicos. Na segunda fase, a previsão é produzir mais 400 unidades até setembro, sendo que o objetivo é atingir as 10.000 unidades e internacionalizar o projeto através de empresas interessadas na industrialização do ventilador.
O ventilador Atena destina-se ao uso em unidades de cuidados intensivos, particularmente em doentes com pneumonia aguda, e não como um simples sistema de ventilação alternativo. Pretende cumprir todas as funções de um ventilador em Unidades de Cuidados Intensivos e por isso apresenta todos os requisitos de um ventilador que faz falta no país e no mundo.
De forma clara, esta iniciativa demonstra a inovação e a criatividade de todos os envolvidos. Valores que estão associados à missão da Clarke Modet na gestão estratégica de todos os seus ativos de Propriedade Industrial e Intelectual.
Através de um modelo de financiamento inovador, que envolveu crowdfunding associado a uma iniciativa da RTP, com o apoio de mais de 100 mil portugueses e mecenas entre os quais a EDP, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação La Caixa/BPI, Família Américo Amorim, REN, Grupo Violas, para além de um apoio reembolsável associado ao Programa INOV COVID da ANI.
O custo de produção de cada um destes dispositivos reflete o seu grau de complexidade e propósitos distintos. Naturalmente, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os mecenas que financiaram o projeto serão os principais destinatários dos ventiladores.
O projeto deu origem à criação da comunidade 4Life que junta cerca de 300 engenheiros, investigadores de universidades como a Escola de Medicina da Universidade do Minho e o Instituto Superior Técnico, empresas, mecenas e médicos de hospitais públicos e privados do Norte e Sul do país.
A Clarke Modet juntou-se à comunidade 4Life, que disponibiliza o seu conhecimento e tecnologia por um propósito comum: reforçar a capacidade de salvar vidas.