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“NESTA FASE DIFÍCIL, COMEÇÁMOS DE IMEDIATO A APOIAR OS NOSSOS CLIENTES”

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“NESTA FASE DIFÍCIL, COMEÇÁMOS DE IMEDIATO A APOIAR OS NOSSOS CLIENTES”

O Millennium bim comemora este ano 25 anos de vida e, assim, interessa dar a conhecer como a marca tem perpetuado um legado de excelência em prol dos seus clientes e de que forma tem vindo a contribuir para o crescimento económico do país?
O Millennium bim é, de facto, o maior grupo financeiro de Moçambique. Desde a sua criação, há 25 anos, tem desempenhado um papel fulcral na bancarização dos Moçambicanos, na modernização do sistema financeiro e no desenvolvimento económico e social do País.
Estamos em todas as Províncias e Distritos de Moçambique e conseguimos, por isso, ter uma proximidade muito grande com os nossos Clientes, respondendo da melhor forma às suas necessidades.
Somos a instituição bancária de referência e que mais inova no mercado nacional. A evolução crescente dos resultados financeiros ao longo da última década, tem sido alavancado pelos investimentos na expansão da rede bancária nacional (de 126 balcões em 2010 para 200 em 2019). A inovação tecnológica e o lançamento de novos produtos e serviços, simplificando e melhorando o dia-a-dia das populações tem sido o foco constante do Banco.
A estratégia comercial do Millennium bim foi sempre orientada no sentido de oferecer as melhores soluções financeiras estruturadas, inovadoras e modernas para apoiar o desenvolvimento do tecido empresarial e satisfazer as necessidades das famílias nos seus vários contextos, obedecendo a critérios de gestão muito rigorosos, com uma forte solidez de balanço e níveis de rentabilidade sustentáveis no longo prazo.
Temos, por isso, a consciência de que impactamos e contribuímos para melhorar a vida dos Moçambicanos todos os dias. Foco no Cliente é o nosso papel, a nossa missão. Sentimos também que ainda há muito por fazer, e isso motiva-nos a continuar a desenvolver a nossa atividade e a inovar neste País onde nascemos há 25 anos.

Tomaram a decisão de cancelar esta efeméride e doar a verba para o combate à Covid-19. Porquê esta decisão e de que forma revela e bem a responsabilidade social que a entidade tem para com a sociedade?
25 anos é de facto um número muito especial para o bim. E desejávamos poder celebrá-los com os nossos clientes e colaboradores.
A pandemia do Covid-19 trouxe dificuldades para o País e para os Moçambicanos. Estamos a assistir a situações muito difíceis, devido á quebra muito acentuada da atividade económica. As empresas e as famílias moçambicanas estão a sofrer.
Nestas circunstâncias, decidimos cancelar todas as festividades programadas, (tínhamos vários eventos planeados ao longo do ano), e fazer um donativo de 15 milhões de Meticais para o Hospital Central de Maputo para apetrechamento da maior unidade sanitária do País, e compra de equipamento de proteção hospitalar para profissionais de saúde, procurando responder a Moçambique que estamos presentes, tão próximos quanto possível da linha da frente no combate à pandemia do Covid-19.
O Millennium bim desenvolve desde sempre um programa de Responsabilidade Social muito vasto e que abrange várias áreas, nomeadamente, a educação, a saúde, a cultura, o desporto, entre outras, e neste enquadramento pareceu-nos que fazer a oferta desse orçamento ao Hospital Central de Maputo, era a decisão mais adequada de “celebrar” essa efeméride ainda que de uma forma muito diferente.

De facto, vivemos atualmente um momento excecional provocado pela pandemia do Covid-19. De que forma é que a marca se viu «obrigada» a adaptar a estes novos tempos e realidade?
O mundo depara-se com uma crise sanitária e económica sem precedentes, causada pela pandemia do Covid-19. Desde que a doença eclodiu, o Millennium bim adotou as melhores práticas de prevenção, cumprindo rigorosamente as recomendações indicadas pelas Autoridades de Saúde e Segurança Pública Nacionais.
A nossa prioridade tem sido sempre proteger a saúde dos nossos Colaboradores e Clientes, sem deixar de cumprir as nossas obrigações perante as comunidades, ou seja, continuando a prestar os serviços financeiros indispensáveis ao funcionamento da sociedade. De facto, e apesar das conhecidas dificuldades, os serviços bancários do Millennium bim estão a ser prestados com normalidade.
De entre as medidas adotadas e implementadas para prevenção e proteção da saúde dos seus Colaboradores, respetivas famílias e Clientes, destacam-se as seguintes:
• O distanciamento interpessoal entre Colaboradores e clientes;
• Proteção individual com máscaras, e separadores (ou viseiras) em acrílico entre os Colaboradores e os Clientes;
• Medidas de desinfeção individual e das instalações;
• Fomento do teletrabalho (trabalho remoto a partir de casa). Mais de um terço dos colaboradores do Banco trabalham a partir de casa,
• Reforço da recomendação para que os Clientes utilizem cada vez os canais digitais e telefónicos para a realização das operações bancárias, através das nossas plataformas digitais, tais como: Millennium IZI; Smart IZI; IZI no WHATSAPP; IZI no FACEBOOK e o site;

Que medidas tiveram de tomar no sentido de continuarem próximos dos vossos Clientes?
Nesta fase difícil para todos, começámos de imediato também a apoiar os nossos Clientes, procurando aliviar as suas dificuldades financeiras, o que está a ser feito com medidas de apoio em consonância com as orientações das autoridades moçambicanas, nomeadamente o Banco de Moçambique. Medidas que passam pela redução do custo de diversas transações dos serviços bancários, nomeadamente nos canais digitais, e também ao nível de Moratórias de crédito para apoiar as dificuldades de tesouraria das empresas e das famílias, introduzindo planos alternativos de pagamento de dívidas financeiras.
Os nossos clientes estão debaixo da mesma pressão que nós, e se conseguirmos apoiá-los com a atitude e soluções adequadas nesta fase difícil para todos, estaremos a contribuir para a criação de uma relação duradoura de confiança que vai permanecer sólida muito após o final desta pandemia. E acreditamos estar assim também a contribuir para uma retoma mais rápida, uma vez ultrapassada esta fase.

O papel das marcas e das organizações com maior dimensão e capacidade de intervir no mercado e na sociedade é fundamental? Qual acha que deve ser o papel das mesmas e como é que a Millennium bim o tem vindo a fazer?
As marcas e organizações fazem parte do tecido económico e da sociedade de um País. E, como tal, devem assumir-se como exemplo a seguir pelos outros agentes económicos de menor dimensão. Demonstrando-se disponíveis para, no âmbito da sua atividade, encontrar soluções, produtos, serviços e sobretudo atitudes de solidariedade que possam mitigar os efeitos desta crise sanitária que me breve se transformará numa crise económica que todos queremos ultrapassar.
Felizmente, no nosso caso, o Banco tem demonstrado, com os seus resultados ao longo dos anos, que tem uma posição de liquidez muitíssimo favorável e um rácio de capital que ronda os 45%. Esta fortíssima liquidez e robustez, permite-nos por um lado ter capacidade de intervir no mercado através da concessão de crédito como mais nenhum outro banco, e por outro lado, a solidez do balanço dá-nos total confiança de que vamos passar esta fase da pandemia com a capacidade para absorver eventuais impactos negativos que a pandemia possa ter na economia moçambicana e no nosso negócio.
A essa robustez acresce o nosso comprometimento com a sociedade, através de desenvolvimento de iniciativas de responsabilidade corporativa. Nesse âmbito, o Banco subscreve, desde 2003, os Princípios do Pacto Global da Nações Unidas que tem por objetivo contribuir para a construção de um mercado global mais sustentável e partilhar valores que permitam à população mais vulnerável o acesso a oportunidades a uma vida melhor.
O Millennium bim e os seus Colaboradores acompanham sempre, e com grande preocupação, os efeitos das calamidades naturais que ocorrem sistematicamente no País, posicionando-se na linha de frente com respostas proactivas de apoio aos mais afetados. Este é apenas um exemplo. O Banco desenvolve inúmeras iniciativas de responsabilidade social em todo o País e em diversas áreas, através do seu Programa “Mais Moçambique pra mim”.

O Millennium bim considera-se como uma Marca e Empresa na Linha da Frente do Covid-19?
O Banco tem adotado medidas excecionais com vista a mitigar o risco de propagação do surto viral causado pela pandemia do Covid-19, contribuindo, primeiro, para a estabilidade económica e financeira do país e, segundo, visando o bem-estar da população moçambicana.
A envergadura do apoio que temos disponibilizado às empresas e aos projetos de responsabilidade social, desde a primeira hora que esta situação se instalou, são disso exemplo. Acreditamos que sim, que estamos na linha da frente nesse combate, mas preferimos que os nossos atos e iniciativas o expliquem melhor que estas palavras.

Na sua opinião, qual deverá ser o papel que os Bancos na CPLP devem assumir para ajudar as empresas e cidadãos a ultrapassar o Covid-19?
Os bancos têm sido chamados a dar um contributo fundamental no apoio às famílias e às empresas por força da contração da atividade económica decorrente da pandemia do Covid-19. Neste contexto, o espaço da CPLP não é exceção.
Sendo assim, é necessário que os Bancos da CPLP estejam disponíveis para conceder moratórias, concedam linhas de financiamento para apoio à tesouraria das empresas, com taxas de juro bonificadas, prorrogação de todos os créditos com pagamento de capital no final do contrato, com todos os seus elementos associados, incluindo juros, garantias, designadamente prestadas através de seguro ou em títulos de crédito. Acreditamos também que a extensão do prazo de pagamento de capital, rendas, juros, comissões e demais encargos, bem como isenções ou reduções de comissões nas operações realizadas nos canais digitais possam ser opções a considerar e a aplicar caso a caso.
Por outro lado, a cooperação entre bancos da CPLP constitui um grande contributo para a integração financeira dos bancos comerciais, melhorando as condições de financiamento da economia, bem como a promoção do desenvolvimento sustentável das transações financeiras entre as entidades envolvidas, num ambiente de transformação das práticas de supervisão bancária.

Moçambique atravessa ou atravessava (antes do Coronavírus) uma fase de crescimento e evolução, sendo importante continuar a promover esta dinâmica. Esse crescimento pode estar em risco? Que medidas para evitar esse cenário devem ser tomadas?
Em 2019, enquanto as projeções apontavam para a recuperação económica, o País foi devastado por dois ciclones (Idai e Kenneth) que destruíram infraestruturas e diminuíram a capacidade produtiva das empresas, acompanhado pela diminuição de preços de matérias-primas no mercado internacional, redução de fluxos de capitais externos, levando a um crescimento historicamente baixo do PIB (cerca de 2,2%).
Em 2020, os riscos aumentaram, prevendo-se um crescimento mais fraco de 2% resultante da menor procura agregada, fraco crescimento mundial, num contexto em que os preços dos principais bens de exportação se encontram em queda, elevando a pressão sobre a inflação e taxa de câmbio. Por outro lado, o adiamento da decisão final de investimento da Área 4 e violência armada em algumas regiões de Cabo Delgado e zona centro, constituem riscos nas projeções da atividade económica no ano corrente.
Para mitigar os impactos económicos causados pela pandemia, será necessária uma conjugação de políticas fiscais e monetárias com vista a impulsionar os setores económicos mais afetados, deferimento de descontos fiscais no setor empresarial, celeridade no reembolso de IVA e pagamento de faturas em atraso pelo Estado, isenção do IVA em alguns bens de primeira necessidade, linha de financiamento ao apoio á tesouraria das empresas com juros bonificados, renegociação e concessão de moratórias a créditos em incumprimento.

No domínio do universo empresarial, como tem o banco promovido um relacionamento próspero que promova mais investimento em Moçambique em tempos de pandemia? As empresas lusas assumem uma forte preponderância na orgânica da marca? O banco tem liquidez para apoiar as empresas portuguesas?
O Millennium bim posiciona-se sempre como parceiro de referência no apoio ao desenvolvimento das empresas, particularmente das Pequenas e Médias Empresas (PME), através de programas como o ‘Negócios do Millennium’.
No contexto lusófono, o Millennium bim tem assinado vários protocolos que se materializam na abertura de uma linha de crédito para financiar, em condições mais favoráveis, empresas com capital português nos seus projetos de investimento em Moçambique.
O Millennium bim é o banco mais robusto no sistema financeiro moçambicano, em termos de capitalização, rentabilidade e dimensão de balanço, detendo, por isso, uma posição confortável de liquidez para apoiar empresas lusas que pretendam investir os seus projetos em Moçambique. As soluções de Banca Corporativa e Investimento envolvem serviços avançados de project finance e corporate finance, contando com a estreita colaboração da equipa do Millennium bcp baseada em Portugal.

Quais são os grandes desafios que se colocam ao Millennium bim em 2020? O que podemos esperar da marca para este ano? Como tem vindo a marca a ultrapassar os constrangimentos provocados pela pandemia que vive atualmente o mundo?
Os principais desafios que se nos colocam são a apoiar a retoma que seguramente virá a seguir a esta crise, a inovação tecnológica através da oferta de soluções de banca digital, a transformação dos modelos de governação e negócio e consolidação de uma banca responsável, estável, confiável com capacidade de promover o crescimento e desenvolvimento da economia.
Temos também a preocupação de acelerar a transformação digital. O confinamento da população decorrente do Covid-19 veio mostrar-nos ainda com maior clareza a necessidade de dinamizar mais o relacionamento com os nossos Clientes através das plataformas digitais. Já vínhamos desenvolvendo este trabalho, todavia, a pandemia obrigou-nos a desenvolver ainda mais serviços e produtos mobile para os Clientes particulares e o internet banking para as empresas. A opção pelo Trabalho Remoto passará a ter maior consideração, observando-se, naturalmente, os indicadores de desempenho e produtividade.
Aliás, a aposta na digitalização e o investimento que o Banco tem feito nas novas tecnologias e na captação de talento já nos garantiu reconhecimento internacional, com o recente Prémio ‘Serviços Bancários Mais Inovadores – Moçambique 2020”.
Para ultrapassar os constrangimentos causados pela pandemia, o Banco tem vindo a desenvolver um conjunto de iniciativas estratégicas para melhorar a competitividade em termos de qualidade de serviços prestados, modernização das transações bancárias, desenvolvimento da banca digital, credibilidade institucional, e maior transparência na comunicação com o público.