“TRABALHAMOS PARA CRIAR UM MUNDO MELHOR E MAIS SAUDÁVEL”

“O forte instinto de colaboração da Gilead impulsionou uma rápida resposta ao surto provocado pela Covid-19”. Quem o afirma é Vítor Papão, Diretor Geral da Gilead Sciences Portugal, que em entrevista à Revista Pontos de Vista, abordou como têm vivido o novo cenário criado pela pandemia de Covid-19. E, embora muita coisa tenha sido alterada, a missão da Gilead de continuar a trabalhar para criar um mundo melhor e mais saudável mantém-se.

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Presente em Portugal desde 2001, a Gilead é hoje um dos principais players no domínio da bio farmacêutica, especializada nas vertentes do VIH/SIDA, das Hepatites Víricas e da Oncologia. De que forma tem vindo a Gilead a deixar a sua marca na promoção da investigação e do desenvolvimento para transformar e simplificar os tratamentos de pessoas com doenças potencialmente fatais?
Ao longo dos seus mais de 30 anos de história, a Gilead tem apostado na investigação fazendo disso mesmo a sua missão. À nossa escala, temos contribuído para a melhoria da qualidade de vida de milhares de pessoas em Portugal e de milhões em todo o Mundo. Sabemos também que tal só acontece com o empenho de quem diagnostica, define terapêuticas e acompanha a saúde de cada pessoa e de cada Doente
A Gilead concretizou avanços médicos que em tempos se julgavam impossíveis. A nossa busca incessante pela inovação está centrada no objetivo de criar um mundo mais saudável, através dos tratamentos que desenvolvemos e da forma como conduzimos a nossa atividade. Pretendemos fazer do impossível, possível.

Inovar e investigar em saúde requer resiliência e arriscar caminhos difíceis, algo que faz parte do ADN da Gilead. De que forma é que a inovação tem sido essencial na orgânica da marca? É cada vez mais desafiante trazer inovação para os doentes e para o mercado?
Toda a dinâmica de inovação e investigação feita pela Gilead tem como objetivo satisfazer necessidades médicas até agora não preenchidas que se traduzirão na prevenção da doença, na sua cura ou num melhor tratamento, conseguido como resultado de um melhor equilíbrio entre eficácia e segurança. O valor desta inovação poderá medir-se em anos de vida ganhos com qualidade ou em qualidade de vida.
No entanto, na área da saúde serão sempre as necessidades dos doentes que padecem das doenças mais difíceis de tratar e que permanecem sem a melhor resposta possível, que definirão o rumo da inovação e investigação que é realizada no campo do medicamento. Prova disso mesmo tem sido a colocação de todos os esforços por parte de um grande número de empresas farmacêuticas na investigação e inovação em torno da procura de uma resposta para o combate à pandemia por SARS-CoV-2.

Vivemos atualmente um momento excecional provocado pela pandemia do Covid-19. De que forma é que a Gilead se viu «obrigada» a adaptar a estes novos tempos e realidade?
Como todos os países e sociedades, a Gilead teve rapidamente que se adaptar à emergência de saúde pública causada pela Covid-19. A nossa prioridade, desde o início da emergência foi preservar a saúde dos nossos colaboradores, profissionais da área da saúde com quem interagimos e os doentes que servimos. Adaptámos a nossa forma de trabalhar face à necessidade de quebrar cadeias de transmissão do vírus, preservando o distanciamento social e aprendemos rapidamente a utilizar a tecnologia para continuar a cumprir a nossa missão nas diversas áreas terapêuticas em que estamos presentes.

Que medidas tiveram de tomar no sentido de continuarem próximos do mercado e de estarem presentes nesta luta?
O forte instinto de colaboração da Gilead impulsionou uma rápida resposta ao surto provocado pela Covid-19. Estamos a trabalhar em estreita parceria com governos, agências reguladoras e organizações de saúde para ajudar a enfrentar este importante desafio para a saúde global. Para isso a Gilead está a recorrer a décadas de experiência em antivíricos para responder rapidamente à pandemia. Estamos totalmente empenhados em utilizar os nossos recursos e investigação, para procurar uma resposta terapêutica para o vírus que causa a Covid-19. Por outro lado, continuamos determinados em servir os doentes através da investigação e inovação no VIH, hepatites virais, oncologia e inflamação, as áreas terapêuticas em que já estávamos empenhados antes da Covid-19.

O papel das marcas e das organizações com maior dimensão e capacidade de intervir no mercado e na sociedade é fundamental? Qual acha que deve ser o papel das mesmas e como é que a Gilead o tem vindo a fazer?
Os doentes e as comunidades muitas vezes enfrentam desafios no acesso aos melhores cuidados. Por isso também estamos empenhados em ser uma parte importante da solução, sabendo que a Gilead sozinha não pode resolver estes desafios – Os programas corporativos da Gilead financiam, através de donativos, projetos que apoiam comunidades desfavorecidas que, sistematicamente enfrentam obstáculos sociais ou económicos na área da saúde. O nosso objetivo é estabelecer parcerias que sirvam os doentes e as comunidades, para construir soluções colaborativas que ajudem a alargar o acesso aos cuidados de saúde de forma tão ampla quanto possível. Através das nossas parcerias com as associações de doentes, organizações sem fins lucrativos, profissionais de saúde e Academia, trabalhamos para ajudar a melhorar o acesso aos cuidados, reduzir as desigualdades, melhorar a educação e apoiar as comunidades locais.
Em 2019 e em todo o Mundo, a Gilead doou 380 milhões de dólares num esforço para reduzir as desigualdades em saúde, eliminar as barreiras no acesso aos cuidados de saúde encontradas pelas populações carenciadas, promover a educação dos profissionais de saúde e apoiar as comunidades locais em que operamos.
Em Portugal, a Gilead criou em 2013 o Programa Gilead GÉNESE com a ambição de incentivar a investigação, a produção e a partilha de conhecimento científico a nível nacional, e de viabilizar iniciativas que conduzam à implementação de boas práticas no acompanhamento dos doentes. O Programa Gilead GÉNESE tornou-se uma referência na área da Responsabilidade Social Corporativa, incentivando projetos de investigação científica e de intervenção na área da comunidade. Ao longo de seis edições, o montante global de financiamento atribuído aos 76 projetos apoiados pelo Programa Gilead GÉNESE ultrapassou um milhão e seiscentos mil euros, tornando este um dos maiores programas de responsabilidade social do setor farmacêutico em Portugal. As comunidades e os doentes enfrentam, com frequência, desafios à adoção dos melhores tratamentos disponíveis, pelo que a Gilead apoia também, através do seu programa de Grants & Donations, organizações sem fins lucrativos e organizações de prestação de cuidados de saúde. Face à situação de pandemia por Covid-19, a verba a atribuir na edição de 2020 foi realocada a projetos e iniciativas que de alguma forma contribuam para aliviar o impacto da crise nas instituições de saúde e nos profissionais de saúde que se encontram na linha da frente, bem como junto das populações mais vulneráveis.

O papel da indústria farmacêutica será fundamental para encontrar uma vacina? Que medidas tem a Gilead tomado neste sentido?
A Gilead não está a trabalhar para o desenvolvimento de qualquer vacina. Desde janeiro, a Gilead tem trabalhado com rapidez, cuidado e diligência para se preparar para a possibilidade de o remdesivir, o antivírico desenvolvido e investigado pela empresa, poder ser considerado eficaz e seguro contra o vírus. Vários estudos foram rapidamente desenhados e implementados com o intuito de demonstrar a eficácia e segurança deste medicamento, estando os resultados de alguns deles já publicados.

Em todo este panorama, além dos clientes, é vital que o corpo de recursos humanos da marca não seja esquecido…
Uma das prioridades da Gilead é assegurar que a empresa tem uma equipa de líderes com experiência diversificada e pessoas excecionais que apoiem a empresa agora e no futuro. Uma das responsabilidades mais importantes desta equipa de líderes é aproveitar e desenvolver o potencial dos mais de 12.000 talentosos colaboradores da Gilead em todo o mundo, que todos os dias realizam o seu trabalho com verdadeiro empenho e paixão, percetível em tudo o que fazem.

A terminar, quais são os grandes desafios de futuro da Gilead em Portugal?
Trabalhamos para criar um mundo melhor e mais saudável. A Gilead reconhece que o avanço das descobertas científicas é apenas um ingrediente para a melhoria da saúde pública e estamos empenhados em disponibilizar mais do que apenas medicamentos aos doentes. Os nossos programas mundiais ajudam a enfrentar as barreiras aos cuidados, tais como o acesso ao tratamento, o estigma e a discriminação, assim como desigualdades na prestação dos cuidados de saúde em todo o mundo. Em mais de 15 anos, temos trabalhado para disponibilizar os nossos medicamentos em países com recursos limitados. Não só estamos determinados a melhorar a saúde através dos nossos tratamentos, como também procuramos uma estratégia de sustentabilidade mundial para reduzir o impacto associado à cadeia de fornecimento, produção e distribuição dos nossos produtos e operações das nossas instalações corporativas.