Início Atualidade “É UMA INSPIRAÇÃO PODER CONTRIBUIR PARA A SOCIEDADE”

“É UMA INSPIRAÇÃO PODER CONTRIBUIR PARA A SOCIEDADE”

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“É UMA INSPIRAÇÃO PODER CONTRIBUIR PARA A SOCIEDADE”

Foram diversas as estratégias que as empresas tiveram de colocar em prática, lutar contra um inimigo invisível é um desafio muito grande, (optamos por criar uma solução em resposta às adversidades que o novo coronavírus provocou na sociedade a nível mundial). Após muitas horas de estudo e dedicação da conceção à concretização – foram necessárias apenas três semanas. O trabalho em equipa foi uma das chaves para o sucesso: o Diretor Comercial da Alprometal, Angelino Miranda, criador da unidade de desinfeção e o Administrador do Portal Clean, Sérgio Barata, assim como Manoel Dionísio, promotores do mesmo, contaram-nos como foi todo este processo. “Começámos a desenhar, e nessa mesma semana demos vida ao primeiro protótipo da unidade de desinfeção, e já está neste momento, a ser comercializado”.
A diminuição de risco de contágio por Covid-19 foi algo que importou logo no início da pandemia a este industrial – manter os postos de trabalho, garantir o serviço continuado da unidade fabril e assegurar a segurança dos funcionários bem como todos os compromissos profissionais e pessoais. Além desta preocupação, o projeto acabou por tomar proporções maiores: a segurança e bem-estar da população. “Queríamos contribuir com a nossa criação para a sociedade com algo que fosse útil”, afirma Angelino Miranda, assessorado por Sérgio Barata, que lembrou que “isto não deixa de ser um negócio, mas é um desafio para o bem da humanidade. É um negócio do bem e funciona como um auxílio é uma prevenção que estamos a oferecer à sociedade”.
A unidade de desinfeção foi apresentada numa manifestação, em Lisboa, na qual a Direção Geral da Saúde teve oportunidade de experimentar, averiguar os seus componentes e aprovar o projeto.

DO QUE SE TRATA O TÚNEL DE DESINFEÇÃO E DESCONTAMINAÇÃO?
No processo de construção tiveram o acompanhamento de uma empresa especializada em produtos químicos que os apoiou na fase de ajuste do protótipo.
Esta unidade permite a desinfeção e descontaminação profunda em espaços com grande fluxo de pessoas, reduzindo assim o risco de contágio. “Servimos a todos o tipo de indústrias: hotéis, estádios de futebol, aeroportos, ou seja, tudo o que tenha muita afluência de pessoas”, garantem Angelino Miranda e Sérgio Barata. A unidade de desinfeção tem um deposito incorporado que nos permite por cada reabastecimento desinfetar até aproximadamente 13000 pessoas continuas num curto espaço de tempo, sendo que cada desinfeção tem uma duração de apenas 3 segundos. A unidade de desinfeção é ativada por um sensor de movimento que ativa na presença de uma pessoa e cria uma neblina que contém um desinfetante pulverizado por aspersão, sendo o suficiente para garantir uma desinfeção completa das roupas, cabelos, mãos, chaves, telemóveis, entre outros pertences e objetos que por la passem.
Como suplementos, existe também um tapete de desinfeção que se pode acoplar à unidade e um Face ID que mede a temperatura corporal e pode ser incorporado a uma base de dados.

«MADE IN PORTUGAL»
No mercado existem outras soluções com o mesmo princípio, no entanto esta destaca-se por variadas razões: a sua estrutura é robusta e antivandalismo, tem uma capacidade de grande fluxo de pessoas num curto espaço de tempo, estando também preparada para pessoas com capacidade reduzidas, existe também a possibilidade de personalização da imagem à medida de cada cliente, seja essa personalização estática ou dinâmica, inclui um kit de rodas para fácil mobilização e claro está, é produzida em Portugal.
“Temos os testes do laboratório produtor do biocida recomendado e a conclusão é que reduz em 99 por cento as bactérias”, asseguram os nossos entrevistados.
Esta é uma das muitas vantagens que a máquina detém, porém, ao idealizar o protótipo inicial, foram também pensadas questões como a tecnologia e a sua evolução. “O reconhecimento facial encontra-se preparado para comunicar com um sistema de entradas e saídas de funcionários de fábricas por exemplo, ou para bilheteiras e contagem de pessoas. Podemos também interligar o nosso sistema a um banco de dados da polícia, caso nos seja solicitado sendo possível dessa forma identificar todas as pessoas que por ali passarem”, afirma Sérgio Barata. Mas não fiquemos por aqui, no aeroporto “a unidade de desinfeção é importantíssima, uma vez que por ali passam comandantes, tripulação e passageiros de todo o mundo”, colocando em cima da mesa a questão emocional que não foi esquecida no processo. Os nossos entrevistados afirmam que “ao entrar no aeroporto, se passarmos pela unidade de desinfeção, temos a garantia de que vamos minimizar o risco de contágio. Isto vai criar um efeito psicológico muito positivo nas pessoas porque vão ficar, de certa forma, mais descansadas”.
Outra vantagem mencionada pelos nossos interlocutores, é a redução dos custos de mão-de-obra atuais que, muitas indústrias foram obrigadas a acrescentar para manter a saúde e segurança pública. “Não será necessária mão-de-obra para estar nas entradas a medir a temperatura das pessoas, acabando assim com as filas nos hospitais e supermercados por exemplo, tornando tudo mais célere e eficaz, uma vez que a unidade de desinfeção é capaz de fazer todo esse controle de forma segura e autónoma.
Este projeto não foi pensado apenas para fazer frente à Covid-19 e apelar à segurança mundial, fazendo também todo o sentido numa fase pós pandemia, uma vez que, além de todas as utilidades já referenciadas, um dos objetivos passa por implementar a unidade de desinfeção em escolas públicas e privadas.
“A ideia é que todas as crianças, ao entrar na escola, passem pela cabine e uma vez que a mesma contém Face ID, se a criança não aparecer no prazo de meia hora após o início das aulas, os pais recebem a informação no seu telemóvel”, afirmam, acrescentando que
“além dos pais ficarem descansados por saberem que a criança está em segurança, acabam por saber também que, ao passar pela unidade de desinfeção a criança está também desinfetada e descontaminada, reduzindo assim os riscos de contágio”.

UM APELO MUNDIAL À SAÚDE PÚBLICA
Ao idealizarem o projeto do túnel de desinfeção e descontaminação, pensaram, obviamente, na saúde pública, na questão emocional, na tecnologia que está notoriamente cada vez mais evoluída, em poupar recursos às empresas e consequentemente gerar a possibilidade de as mesmas voltarem a trabalhar ou pelo menos, lentamente, voltar à sua rotina. “É uma inspiração poder contribuir, de facto, e com total eficácia, para a sociedade”, afirmam os nossos entrevistados.
Em Portugal o feedback tem sido positivo, mas não só. França, Suíça, Inglaterra e Brasil também começaram a apostar neste equipamento, para o bem dos seus cidadãos. “A nível nacional respondemos mais rápido, mais precisamente à volta de quinze dias úteis. O processo de exportação é mais moroso, dependendo do país”, garantem os nossos interlocutores.
Para Angelino Miranda, Sérgio Barata, Manoel Dionísio e toda a equipa que está por detrás de todos os processos, é necessário apelar às câmaras municipais para a importância que este túnel de desinfeção e descontaminação tem nas vias públicas, como nas praias nesta altura do ano, “pretendemos oferecer o máximo de proteção possível à população, estamos a apelar à segurança nacional e assim dar uma melhor qualidade de vida em tempos tão difíceis” finalizam os nossos entrevistados.