
A Macias y Associados conta com quatro anos de existência. Que características é que a sociedade de advogados continua a realçar, para se destacar num meio tão competitivo?
A Macias Y Associados tem apenas quatro anos de existência enquanto sociedade de advogados, mas tem nos seus quadros advogados com 25 anos de experiência, que além da antiguidade na profissão, trabalham há muitos anos com outras jurisdições e culturas que lhes permite ter uma visão global e não se circunscrever apenas ao mercado de Portugal.
A MyA surge no mercado em 2016 com o conceito de Law Boutique, no sentido de não querer trabalhar de forma massificada, outrossim com total dedicação aos desafios que se deparam a cada momento. Atualmente, congratulamo-nos por termos optado e mantido este modelo de negócio, pois só as fortes ligações de confiança entre advogados e clientes é que permitem viver estes últimos tempos não de forma competitiva, mas com a convicção que estamos no mercado com empenho, confiança e credibilidade.
Os laços de confiança e credibilidades construídos são os verdadeiros alicerces que verdadeiramente importam nestes tempos conturbados.
Continuam a salvaguardar os interesses dos seus clientes, reinventando-se diariamente às alterações da sociedade. De que forma se adaptaram à atual pandemia Covid- 19?
Caso esta situação pandémica, quer de estado de emergência quer de calamidade, não tenha obrigado a uma forte introspeção por parte de todos nós, seja a nível pessoal seja a nível profissional, então não valeu a pena viver estas restrições sociais.
Na MyA porque tínhamos o nosso único centro de produção de trabalho em pleno coração de Lisboa – Avenida da Liberdade – e vimo-nos impedidos de plena circulação, lançámos o repto aos nossos clientes e promovemos a abertura de um segundo escritório, desta vez em plena Comporta, de forma a fugir do ambiente desertificado da nossa cidade, e assegurarmos um espaço calmo, tranquilo e com todas as condições para reunir com os nossos clientes.
O que de início era um segundo escritório de forma a assegurarmos a paz e a tranquilidade dos nossos clientes em tempos conturbados, tornou-se um verdadeiro ponto de encontro, reuniões e discussões de temas muito interessantes e que resultou em pleno.
Enfim, tivémos de nos reinventar para assegurar espaços tranquilos, aptos e discretos e o nosso mercado abraçou este projeto e agora estamos a laboral em dois escritórios, agora com maior enfase no da Comporta em direito imobiliário, registos, contratos e corporate e mantemos o de Lisboa para a nossa prática forense e a nossa área vocacional de Direito da Família a todos que queiram em nós confiar.
De todas as áreas de prática da Macias y Associados, quais foram as mais afetadas?
Se pudéssemos dividir os ramos de Direito de uma forma muito espartilhada, diríamos que a nossa área de contencioso viu logradas algumas expectativas de resolução de processos de forma mais célere, e todas as situações que envolviam registos obrigatórios pela morosidade a que assistimos.
Considera que, entre as muitas medidas tomadas pelo Governo, o setor imobiliário foi uma classe abrangida ou esquecida? Qual foi o impacto no setor?
Se se refere às medidas anunciadas antes da pandemia sobre a descentralização dos processos de golden visa para outras zonas que não as grandes áreas metropolitanas, confesso que admirei a audácia mas esperava mais demonstrações de atribuição de incentivos fiscais concretos à construção e ampliação em algumas zonas do interior, como temos assistido na legislação espanhola com as províncias menos favorecidas economicamente. Pelo que apenas o anúncio da descentralização destas medidas de per si, não constituiu grande incentivo ao mercado da construção.
Se se refere a medidas especificas durante a pandemia para o setor imobiliário, acredito que estando o mesmo sob a égide do setor privado e dado que este tem demonstrado uma brilhante capacidade de se reinventar, pois temos players fantásticos no mercado, acredito que ainda que haja um ligeiro abrandamento temos os melhores assets da Europa para continuar a atrair investimento estrangeiro e a dar confiança aos mesmo para não recuarem nos seus business plans.
Pela sua experiência na área de direito imobiliário, considera que se vai manter em alta a avaliação imobiliária em Portugal?
O mercado do imobiliário não tem regras diferentes de qualquer outro sector de atividade, pois para todos o preço é efetuado pela conjugação da oferta e da procura. O que para uns pode parecer que os nossos asking prices estão sobrevalorizados, para mim o importante é mudar os nossos azimutes de captação de investidores para outros mercados onde as nossas qualidades enquanto país europeu são fabulosas, nomeadamente segurança, qualidade de construção, paisagens naturais exuberantes, existência de história e cultura em cada uma das nossas cidades ( e não só as principais) e valorizar os nossos lugares icónicos.
Logo, não acredito que os preços estejam sobrevalorizados pois o importante é mudar o nosso alvo de investidores e reforçar as qualidades que Portugal pode oferecer a outros mercados.
Portugal foi identificado como um país com maior segurança, acabando por ser um dos muitos motivos para se considerar o destino perfeito para viver após a Pandemia, nomeadamente para os cidadãos estrangeiros. Prevê que continuem a obter os Golden Visa para atividade de investimento? Quais são os benefícios que analisa?
Na MyA somos um escritório que sempre assessorou clientes estrangeiros, seja em processos de golden visa, seja de nacionalidade, seja de ajuda na relocation, pois acreditamos que temos as condições ideais para acolher pessoas singulares que procurem um sociedade tranquila com baixos níveis de criminalidade, excelente parque imobiliário para investimento e uma qualidade de construção que não se assiste na maior parte de outros mercados e ainda a preços muito acessíveis.
Portugal ocupa o terceiro lugar no Global Peace Index (GPI) dos países mais seguros do mundo!!