Quem é Irene Graça e de que forma é que o seu percurso se uniu ao BAI – Banco Angolano de Investimentos? Que balanço é possível realizar desta ligação e o que acredita que ganhou por este vínculo?
A Irene Graça, é antes de tudo uma sonhadora, alguém que sempre acreditou em fazer a sua jornada profissional com empenho e paixão. Formada em Gestão de Recursos Humanos e Psicologia, com Mestrado em Gestão Estratégica de Recursos Humanos. Fiz a minha formação superior toda nos Estados Unidos, onde estudei e trabalhei. Vou estudar para os Estados Unidos, numa altura em que já trabalhava para Chevron em Angola e ganho uma bolsa de estudo. Posso dizer que tive uma oportunidade de carreira fantástica e motivadora num setor relevante e de grande impacto para Angola. A minha experiência nacional e internacional permitiu-me crescer a nível pessoal e profissional.
Após o meu percurso de menos de cerca de doze meses na Empresa Nacional de Petróleos (Sonangol), juntei-me à Banca, a um dos maiores Bancos em Angola: o Banco BAI onde exerço há dois anos a função de Diretora do Capital e onde me considero a aprender muito sobre o setor financeiro, sobre a cultura e contextos de uma organização de cariz mais angolano.
Como responsável pelos recursos humanos da instituição, quais são as características que acredita que um verdadeiro líder deve ter no sentido de promover um ambiente positivo e saudável no seio da organização?
Um líder não deve ter, mas sim ser aquilo que acredita. Eu acredito em ser, porque o melhor líder é aquele que sente, para poder ter. A auto motivação para melhor motivar, a inspiração que vem de genuinamente acreditar nos outros (liderados), a paixão por pessoas – para poder acreditar nas suas vulnerabilidades, e no fim, o que é preciso, é incluir e escutar com coração. Tudo o que chamamos “soft-skills” tornam as “hard-skills” mais leves de conquistar como equipa e com um objetivo comum. O líder deve tomar decisões e influenciar avaliando o risco.
O diálogo e a capacidade de escutar são dois dos principais pilares para uma gestão positiva no domínio dos recursos humanos?
Eu diria que além do diálogo e escuta, deverá existir a empatia. Somente estaremos num nível de liderança elevado quando tivermos a capacidade de nos colocarmos no diálogo do outro e escutar com eles o que emitimos. Sentir e perceber juntos.
Acha que existe alguma diferença entre uma liderança feminina e uma masculina? Ou acredita que a liderança positiva não tem género?
Desde que assumi a responsabilidade de liderar não tive tempo para me questionar como agiria se fosse homem, nem nunca me permitir que qualquer tipo de julgamento me condicionasse na minha forma de ser ou atuar. Não acredito que a liderança positiva ou qualquer tipo de liderança tenha género, mas sim “génio”. A liderança deverá sempre ser associada às competências de comunicação, empatia, respeito, valorização, espírito de equipa e tomada de decisão, seja ela exercida por homens ou mulheres.
Abordando outra temática, como tem vindo o BAI a lidar e a ultrapassar as dificuldades provocadas pela pandemia COVID-19? De que forma se mantiveram ao lado do vosso cliente e, consequentemente, do povo angolano?
Muito bem. Aprendemos muito rápido com um cenário sem precedentes para usar como referência, adaptamo-nos e ajustamos medidas para resolver o binómio -proteção das nossas pessoas e manter a sustentabilidade do negócio. Estamos constantemente em alerta para nos reinventarmos.
Muito rapidamente acionámos e ajustámos o nosso plano de contingência para fazer face às várias fases da pandemia de COVID-19. O nosso foco foi adequar as medidas que asseguram a prestação de serviços bancários e a proteção de colaboradores, clientes e parceiros.
A atividade laboral, nas instalações do Banco, foi suspensa a quem pertence a grupos de risco e foram reforçados os procedimentos de higiene e segurança nas instalações do BAI.
Reduzimos a força de trabalho presencialmente, criando um regime de rotatividade de forma a reforçar a prevenção do contágio e maximizar o distanciamento social. Adicionalmente foram criadas condições para implementação do regime de teletrabalho abrangendo para mais de 50% dos nossos colaboradores com funções específicas e criticas para a continuidade do negócio.
Os desafios são constantes, mas a matriz de inovação que temos na organização de adaptação e resiliência é posta à prova diariamente e torna-nos mais sólidos. Felizmente temos uma liderança próxima e aberta às mudanças, criando nos desafios grandes oportunidades. Estamos de facto a aprender a fazer muito mais com menos.
Foram uma das instituições que doaram ao Ministério da Saúde de Angola, testes de diagnóstico, num sinal de excelência e que revela e bem a vossa missão ao nível da responsabilidade social. Porquê esta aposta e de que forma é essencial que exista uma dinâmica de união entre todos para apoiar o país?
O nosso foco na parceria com o contexto atual foi imediato e necessário num cenário em que o país necessitava. Fruto da nossa missão de responsabilidade social e corporativa.
A terminar, o que podemos continuar a esperar de si para o futuro e do BAI -Banco Angolano de Investimentos?
Termino como começo: sou uma sonhadora apaixonada e que ama o que faz. Tenho imenso orgulho na organização em que estou, nos meus pares, equipa e líderes. Aprendo todos os dias e cada vez mais sobre uma indústria que me fascina e desafia. O que pretendo, é ser parte de um projeto com bases sólidas, que continua a fazer o seu caminho seguindo padrões de excelência, e de elevado desempenho. Pensamos em criar cada vez mais oportunidades para oferecer a melhor experiência bancaria.