Num momento em que a economia e o emprego se tornaram instáveis e os consumidores se acostumaram a novos hábitos, surge uma nova realidade e novos comportamentos ao quais o mercado terá de se adaptar. Chegou o “Novo Normal”.
Scott McKenzie, responsável pela Intelligence Unit da Nielsen, destaca que “as condições únicas originadas por uma pandemia que conduziu a uma recessão económica estão a forçar os consumidores a repensarem o modo como compram e o que compram. O ser humano conta, normalmente, com meses ou anos para se ajustar a novas condições. Mas este já não é o mundo em que vivemos. Perante as novas necessidades dos consumidores, as marcas devem ser altamente focadas e ágeis nas suas respostas.”
Neste ambiente de enorme disrupção do consumo e de transformação de tendências, cabe às marcas e retalhistas continuarem a avaliar o valor percecionado que os consumidores atribuem a cada momento de compra. O clima económico está a conduzir a enormes mudanças na perspetiva financeira dos consumidores. As marcas e retalhistas que se mostrarem incapazes de oferecer produtos que se possam ajustar a uma disponibilidade financeira mais limitada e a sensibilidades acrescidas a respeito de preço podem perder tração a longo-prazo junto de consumidores essenciais para assegurar o seu negócio. Este é um desafio que exige capacidade de antecipação, compreensão de uma nova realidade e reestruturação da oferta num “Novo Normal” que já chegou.