A MATLAW tem um grande foco na prestação de assessoria jurídica a clientes internacionais e nacionais na área do investimento imobiliário. No sentido de contextualizar junto do nosso leitor, de que forma a sociedade de advogados tem vindo a promover a sua marca no mercado?
Os nossos clientes procuram-nos para levar a cabo investimentos imobiliários com a maior segurança jurídica possível, e para os assessorar em todo o tipo de questões e litígios relacionados com real estate. A necessidade de ter assessoria isenta e de qualidade é ainda mais premente quando um projeto envolve investidores estrangeiros, que procuram no advogado um “porto seguro” que os ajude a prevenir e resolver problemas, bem como a conhecer os riscos associados aos seus investimentos.
Nesse sentido, temos procurado desenvolver parcerias com entidades do setor que operam a nível nacional e internacional, estar presente em eventos e marcar presença nas redes sociais. Mas a maior parte do nosso trabalho vem por recomendação de outros clientes, e não há reconhecimento melhor do que esse.
Podemos afirmar que a MATLAW procura definir-se pelas seguintes três características: proximidade, transparência e inovação. Estes são os fatores que primam pela capacidade de diferenciação?
Sim, são as características que queremos que marquem o nosso trabalho e a nossa relação com cada cliente.
Como nos pode descrever a vossa oferta de acordo com os mesmos?
A nossa oferta é necessariamente taylor made. A proximidade com os clientes é uma consequência natural de um trabalho desenvolvido com disponibilidade e dedicação. Por sua vez, a transparência é essencial para a construção de relações de confiança: começando pela previsibilidade de custos e passando por uma boa comunicação do início ao fim. Finalmente, a inovação traduz-se na constante procura de soluções eficientes e criativas, mas simultaneamente seguras e adequadas às necessidades concretas dos clientes.
Tendo em conta que a sociedade está em constante mudança, que ideias têm para se reinventarem todos os dias e de que forma o fazem?
É essencial mantermo-nos atualizados e adquirir continuamente conhecimentos que sejam úteis para que possamos fazer mais e melhor. Numa sociedade em constante mudança, nunca podemos assumir que já sabemos tudo. Por outro lado, e porque vivemos numa aldeia global digital, procuramos tirar ao máximo partido das novas tecnologias para que possamos desenvolver a proximidade e a inovação que tanto desejamos, e que felizmente nos permite chegar aos muitos cantos do mundo sem sair do escritório.
Vivemos atualmente uma realidade provocada pelo novo coronavírus, como analisa o impacto que o mesmo teve no investimento imobiliário em Portugal? Que soluções prevê?
Creio que ainda é prematuro falar numa nova crise do imobiliário, embora muitos já a prevejam. A História também nos ensina que a crise de uns é a oportunidade de outros, por isso estou confiante que também o imobiliário saberá dar resposta ao coronavírus. Todos os setores, dos serviços à indústria, terão de continuar a reinventar-se para fazer face aos desafios colocados pelo Covid-19. Caso contrário, se não morrermos da doença, morreremos da cura. Em particular, creio que Portugal tem excelentes condições para continuar a atrair estrangeiros que “vibram” com o nosso país, com os portugueses e com a nossa cultura, e que se sentem muito seguros neste cantinho à beira-mar.
Falemos agora sobre a Joana Neto Mestre. Quem é, enquanto pessoa e profissional?
Como tantas mulheres, sou Filha, Mãe, Esposa, Amiga, Colega, Cidadã, Advogada, e a lista continua… gosto de ter presente as muitas dimensões da minha vida para não me esquecer que, à sua medida, todas elas são fundamentais, para mim e para as pessoas que trabalham comigo. Como profissional, procuro ser eu mesma, ser perseverante e desafiar-me a mim própria e a toda a equipa. Há sempre coisas a melhorar e a consciência disso mantém-nos vivos, despertos.
Quão gratificante é para si estar à frente de uma sociedade de advogados como a MATLAW? Qual o seu estilo de liderança?
É muito bom lembrar como começámos, saber onde estamos, e principalmente para onde queremos ir. Dou cada vez mais importância ao trabalho em equipa e à delegação de tarefas, não só porque o trabalho deve ser feito, e bem feito – ora, por mais que queiramos fazer tudo, o dia só tem 24h -, mas também porque acredito que várias cabeças pensam melhor que uma e que a responsabilização motiva as pessoas.
Como considera que o empreendedorismo se encontra em Portugal? Acredita que, atualmente, a sociedade está mais disponível e tem melhores acessos a projetos diferenciadores, especialmente quando se vê uma mulher à frente dos mesmos?
Penso que a sociedade portuguesa está recetiva a novos projetos, e que a desigualdade de género, não tendo desaparecido, pouco a pouco se vai atenuando. A advocacia, por exemplo, é uma profissão tradicionalmente masculina, mas hoje em dia as mulheres estão em peso, e as faculdades de direito são exemplo disso. Como diz o ditado: primeiro estranha-se, depois entranha-se.
Que conselho gostaria de deixar a todas as mulheres que pretendem iniciar uma carreira empreendedora?
Deixo dois. O primeiro: que jamais deixem de o fazer por serem mulheres. O segundo: que o foco não sejam as dificuldades, mas aquilo que é possível fazer para seguir caminho.
Para o futuro, que desafios estão reservados para a MATLAW?
Os desafios para o futuro da MATLAW passam pelo crescimento e contínua especialização da equipa, por apostar nas novas tecnologias aplicadas à advocacia, e por nos darmos a conhecer cada vez mais dentro e fora de portas.