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ALENTEJO DE SONHOS E MEMÓRIAS

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ALENTEJO DE SONHOS E MEMÓRIAS

“Praias fantásticas, planícies intermináveis, gastronomia única, tanto para ver, viver e saborear”, é assim que o Alentejo é caracterizado. Como nos pode descrever a singularidade alentejana e porque razão esta é tão especial?
Exatamente por tudo isso que enunciou e porque só aqui pode ser encontrada.
O Alentejo é um mosaico de identidades, de unidades de paisagem e de produtos turísticos que primam pela singularidade e que só aqui podem ser encontrados.
Este é um destino uno mas que, dentro da diversidade que encerra, se revela numa complementaridade de produtos capazes de satisfazer, por um lado, as motivações mais específicas dos turistas, bem como e por outro, permitir experiências mais globais, mas igualmente autênticas.

Se pudesse propor aos visitantes um roteiro específico para um fim-de-semana, qual é que seria? O que é que o Alentejo tem de melhor para visitar?
Essa é uma questão sempre difícil de responder, tantos são os motivos que justificam a viagem.
Eu aconselharia a que as pessoas sigam os seus sonhos e desejos, se deixem ir à descoberta seja de locais, da cultura, da natureza, da paisagem, de sabores e aromas, de estórias suspensas na memória, de vivências… Seguro que não se irão sentir defraudadas.

Mundialmente vive-se um momento atípico, desafiante e instável, provocado pela COVID-19. De que forma a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo viu a sua capacidade de resiliência posta à prova?
Noutras situações de crise, como as que resultaram do 11 de Setembro, ou da crise económica de 2008, este setor soube resistir e até crescer.
Com esse legado, também agora se está a procurar mudar o paradigma do negócio, adaptando-o para que viva a par da pandemia e os resultados, por agora, não sendo os desejáveis, têm permitido a sobrevivência da grande maioria das empresas, como o revela a quebra da atividade nos alojamentos turísticos à data de 31 de agosto, que se situa nos -15%.

Enquanto destino seguro, o Alentejo conta com a certificação “Saúde & Segurança Sanitária”. Que mudanças foram obrigados a implementar, sem descurar a privilegiada cultura do Alentejo?
No fundo tratou-se de adotar um novo conjunto de procedimentos, de novas rotinas, que aconteceram sobretudo a nível interno dos estabelecimentos, sem que isso alterasse a realidade dos locais que fazem o Alentejo. Os motivos que atraem os turistas não mudaram e puderam continuar a ser fruídos, ainda que sob um conjunto de novas regras.

Uma das vossas máximas é a promoção, não só das terras alentejanas, mas também das suas empresas em mercados externos. Quais foram os maiores desafios para as mesmas, no que concerne ao investimento publicitário?
Reforçar as dinâmicas do trabalho em rede. Perceber como a digitalização do negócio turístico é, agora, ainda mais importante, como mais importante é saber focar melhor os públicos alvo, numa ótica de potenciação do investimento.

Que estratégias foram e estão a ser utilizadas pelas empresas da região, para atenuar os prejuízos face às consequências da pandemia?
Por estranho que possa parecer, a maioria das empresas que não encerrou ou suspendeu a sua atividade, tendo menos clientes, praticou preços mais elevados e esperamos apenas os dados do Banco de Portugal, que serão divulgados já a partir do próximo dia 15 de outubro, para verificar qual o comportamento dos proveitos no tempo decorrido de janeiro a agosto, para obtermos a confirmação desta nossa expetativa.
Mas e ao mesmo tempo, entenderam como a economia circular pode ajudar a combater a crise e como a descarbonização pode ajudar a diminuir os custos de contexto e fomentar a rentabilidade do negócio.

Considera que todas as mudanças e soluções que nos dias de hoje permanecem na realidade do Alentejo, serão uma mais-valia mesmo numa fase pós pandemia?
Em boa verdade não lhe sei dizer. O que se fez pode ser bem diferente do que aquilo que o futuro nos obrigará a fazer. A realidade muda de dia para dia, quase se podendo dizer que muda de hora para hora. Em boa verdade, penso que ninguém terá respostas seguras a essa questão.

Que eventos futuros – de acordo com as normas estabelecidas pela Direção-Geral de Saúde – estão marcados no calendário da região?
Não irei falar nos inúmeros casamentos que foram adiados e se estão agora a realizar, ou na apresentação de novos modelos de automóveis, mas irei colocar em destaque dois eventos, que pela sua carga simbólica e dimensão merecem todo o destaque: o Congresso da Associação de Diretores de Hotéis de Portugal (ADHP), que se realiza no Alentejo entre os dias 15 e 18 de outubro e o congresso mundial “A World For Travel – Évora Forum”, a decorrer nos dias 5 e 6 de novembro, com participações confirmadas das primeiras figuras mundiais do turismo, seja na dimensão institucional, empresarial ou cientifica.

O que irão continuar a realizar, para que o Alentejo continue a preservar “a pequena dimensão e a qualidade dos ambientes urbanos, a escala humana, o silêncio, a paz, a liberdade, o ar limpo e o ar que se respira”?
Iremos continuar na senda do esclarecimento aos investidores, na captação dos melhores clientes e que são aqueles que respeitam a natureza, a cultura e as identidades locais, contribuindo para revitalização económica da região e para a fixação das populações.