A TerraGes é conhecida por fornecer as mais modernas ferramentas tecnológicas de apoio à gestão de recursos naturais. De forma a contextualizar, de que ferramentas estamos a falar e quais são as mais-valias que aponta na funcionalidade das mesmas?
A TerraGes tem uma forte presença no mercado de equipamentos profissionais GNSS para SIG Móvel e fornece uma vasta gama de soluções como equipamentos GPS Profissionais de alta precisão para SIG Móvel, Instrumentos para Dendrometria e Inventário Florestal, Resistógrafos e Tomógrafos para avaliação de risco de queda de árvores em ambiente urbano assim como Software de Informação Geográfica e Drones Profissionais para produção de cartografia aérea.
Nas últimas décadas temos assistido a uma crescente procura pela informatização da informação de caráter geográfico. O que motivou, na sua opinião, esta evolução?
O crescimento dos SIG é, na realidade notável, e vem ao encontro de uma necessidade de sabermos, com elevada precisão e de uma forma atualizada, “onde estão as coisas”.
Esta evolução foi motivada pela necessidade de se conhecer com precisão o local onde se encontram os mais variados elementos em campo, desde mobiliário urbano, sistemas de água e saneamento, perímetros florestais, sinalética vertical, etc.
Hoje em dia, quase todos os municípios possuem informação georreferenciada. Porque razão este sistema moderno é importante nestes segmentos? Quais são as vantagens para os mesmos?
Os municípios são das entidades mais bem equipadas com estas ferramentas e nos últimos anos tem havido uma série de aquisições importantes de equipamentos GPS de elevada precisão para dar apoio aos sistemas de informação geográfica. A facilidade de utilização do nosso software MobileMapper Field Android, que permite a georreferenciação, de forma simples e rápida, de elementos em campo e a posterior introdução dos dados em aplicações de gabinete, é um desses exemplos.
A vantagem de possuir informação georreferenciada com precisão é a de rapidamente se poder identificar elementos em campo para que os Municípios possam atuar de forma eficaz na resolução de problemas – por exemplo na substituição de sinalização vertical danificada, na identificação de caixas de visita enterradas ou na reparação de mobiliário urbano. Estes dados geográficos associados à correta caracterização dos elementos em campo são fundamentais para uma eficiente gestão das existências num Concelho.
A rapidez com que o trabalho de campo é desempenhado, a versatilidade do formato de dados e padronização do sistema de coordenadas, que se pretende ser o mesmo em todos os Municípios, tornou o trabalho em ambiente SIG mas fácil e no qual a curva de aprendizagem é extraordinariamente rápida.
Mais recentemente, e em virtude da implementação do sistema de informação cadastral simplificado bem como o balcão único do prédio – BUPI, os SIG e a utilização de equipamentos GPS profissionais sofreram um novo impulso.
Falando da tecnologia SIG – Sistemas de Informação Geográfica, que tem sido definida como conjuntos integrados de hardware e software capazes de desempenhar funções diversas, considera que é já uma estrutura coesa e bem definida? Que passos devem ser dados para que o setor continue a receber um elevado nível de reconhecimento?
Consideramos que o conjunto de tecnologia atualmente disponível – software e hardware – é uma estrutura coesa e perfeitamente identificada. As necessidades estão perfeitamente identificadas e a tecnologia adaptou-se de forma bastante eficiente a elas, criando conjuntos de equipamentos e soluções informáticas que servem os propósitos dos profissionais de campo e de gabinete nos SIG.
Comparativamente a outros países, como se situa Portugal no que concerne à utilização dos SIG? Que impacto têm os mesmos para o país?
Pode dizer-se que Portugal está numa excelente posição em relação aos outros países. A democratização da utilização destas tecnologias permite atualmente encontrar muitas das soluções e tecnologia que se utilizam lá fora, também em Portugal.
Tem de verificado um aumento da utilização de drones e UAV para obtenção de imagens aéreas georreferenciadas de alta resolução e precisão, em virtude dos preços destas tecnologias terem descido consideravelmente nos últimos anos assim como da facilidade em encontrar software especifico que permite o tratamento de dados.
Apesar do processo de implementação ser moroso, espera-se que, com o passar do tempo, os SIG sejam totalmente aproveitados? Como prevê que seja o futuro desta tecnologia?
A utilização de sensores multi-parâmetros, antenas GNSS integradas, a internet das coisas e finalmente a integração de Big Data – área do conhecimento que estuda como tratar, analisar e obter informações a partir de conjuntos de dados grandes demais para serem analisados por sistemas tradicionais – irá permitir que no futuro, os SIG possam englobar cada vez mais informação relevante, informação esta que irá beneficiar a gestão de recursos, quer materiais quer naturais.