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NONAGON: REFERÊNCIA AÇORIANA

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NONAGON: REFERÊNCIA AÇORIANA

O Nonagon aposta na transformação do tecido empresarial dos Açores, promovendo uma cultura focada em competências e dinâmicas empreendedoras sustentada no conhecimento, na tecnologia e na inovação. Quais têm sido os desafios diários que ajudam na concretização desta aposta?
Um dos desafios prende-se com criar condições para a dinamização de um ecossistema de inovação que potencie o desenvolvimento da capacidade de investigação aplicada, permitindo, através da proximidade e uso intensivo de novas tecnologias, otimizar o estreitamento das relações colaborativas entre os diversos atores.
O Nonagon procura trabalhar, sustentado na sua missão e nas iniciativas que desenvolve, em prol do fomento de novos paradigmas de liderança, da promoção da interação entre empresas, centros de conhecimento e entidades públicas e da dinamização e estabelecimento de parcerias.

De que forma se assumem como uma organização estruturante na dinamização tecnológica e na formação de capital humano qualificado no domínio dos sistemas de informação e das comunicações, na monitorização e observação da terra, do espaço e do mar? O que vos distingue e quais as mais-valias que apresentam?
O business core são as TIC, alinhadas com as áreas constantes da RIS 3 Açores: Agricultura, Pecuária e Agroindústria; Pescas e Mar; Turismo.
Enquanto Business Innovation Center certificado pela EBN, o Nonagon desde cedo potenciou, através de serviços de valor acrescentado, tais como mentoring tecnológico, facilitação do acesso a financiamento, ou mesmo formação, a digitalização dos seus clientes e a adoção das tecnologias englobadas na designada indústria 4.0. Mais recentemente, o Nonagon integrou o projeto INTERREG MAC FiiHUB que se destina a criar e implementar o primeiro Centro de Inovação Digital dedicado às tecnologias da Internet do Futuro, para a aceleração tecnológica das Pequenas e Médias Empresas da Macaronésia e que beneficiará as empresas dos Açores.
O Nonagon, ciente da necessidade de transformação digital e fomento das áreas chave da indústria 4.0, pretende coordenar um Azores Digital Innovation Hub, ainda numa fase embrionária de implementação, que ambiciona constituir-se como um centro de competências para a Inteligência Artificial, a Cibersegurança, a Supercomputação e a Literacia Digital.

Aumentar as atividades de internacionalização e a competitividade nos mercados externos é também uma das máximas?
Sem dúvida. Ambicionamos promover o processo de internacionalização da ciência e tecnologia que se produz no arquipélago, mais propriamente nas empresas da área do digital e das TIC, em benefício, não só das entidades que compõem o Sistema Científico e Tecnológico dos Açores, mas sobretudo de uma maior competitividade do tecido empresarial.
Para além de parcerias de que são exemplo a IASP (International Association of Science Parks), a EBN (European Business Innovation Network), a West to West e a SERN (Startup Europe Regional Network), disponibilizamos um programa de soft-landing que garante acesso gratuito a um espaço de trabalho e acompanhamento na identificação de parceiros, a empresas de qualquer país, que pretendam fixar-se na Região ou explorar o mercado existente.

Sendo o primeiro Parque de Ciência e Tecnologia dos Açores – uma região que prima sobretudo pela sustentabilidade – de que forma unificam estas três características?
A Nonagon integrou, em 2017, o primeiro grupo de organizações que assinou a cartilha de sustentabilidade dos Açores assumindo assim um compromisso público de trabalhar de forma colaborativa para posicionar a região como destino sustentável de excelência a nível global.

Todos os anos fazem um plano de atividades e relatórios de gestão, sendo que o de 2020 se centrou em reunir um conjunto de atividades que contribuam para reforçar a missão do Nonagon, num contexto de crescimento e expansão. Atendendo à pandemia de COVID-19, quão “beliscadas” saíram as expetativas para este ano? Tiveram de mudar/acrescentar novos objetivos estratégicos?
Desde 2015 que o Nonagon tem vindo a realizar inúmeras iniciativas, de caráter presencial, em prol da promoção do empreendedorismo e da inovação, algumas com reconhecido impacto junto do tecido empresarial.
No contexto atual, e para que fosse possível continuarmos a nossa atividade com uma dinâmica adequada, temos vindo a realizar webinars, sobre diversas temáticas que proporcionam uma maior proximidade com o meio empresarial e, de forma mais lata, com a comunidade em geral.
A Associação Nonagon tem procurado assim dar continuidade ao cumprimento dos seus objetivos estratégicos, atuando de forma a contribuir para aquela que será com certeza uma das soluções para ultrapassarmos os desafios com que estamos confrontados nesta pandemia: a digitalização da economia.

Enquanto entidade empreendedora e responsável, a Associação Nonagon desenhou um Plano de Gestão de Sustentabilidade. De que forma o têm concretizado?
O Plano de Gestão de Sustentabilidade (PGS) representa um ato de resolução para a mudança do comportamento organizacional da Associação Nonagon, tendo como principal objetivo a adoção de soluções de gestão mais sustentáveis e que influenciam positivamente toda a comunidade empresarial na implementação de práticas similares.
A implementação do PGS, tem permitido questionar criticamente, todos os comportamentos, não só os respeitantes ao desenvolvimento da atividade da equipa de gestão da Associação Nonagon como de todo o funcionamento da infraestrutura do Parque nas suas várias valências funcionais e operacionais e a adoção de medidas que resultem numa redução do desperdício e uso de energia, contribuindo proativamente para a manutenção e restauração do ambiente natural.

O Nonagon dispõe ainda de excelentes condições para a realização de eventos, prioritariamente de caráter científico e tecnológico, na ótica da dinamização do turismo de congressos e dos grandes eventos de demonstrações tecnológicas. Que iniciativas têm já calendarizadas?
De entre os diversos eventos programados, destacaria a 5ª edição do Startup Weekend Azores, worshop dinâmico e interativo de promoção do empreendedorismo, que possibilitou, até ao momento, a cerca de 250 participantes, provenientes dos Açores, do continente português e da Universidade de Massachusetts Dartmouth, com o apoio de coaches e mentores, trabalharem em ideias de negócio, no sentido de as transformarem em realidade, a realização da iniciativa “Angels Go-on”, que permite a empresas e/ou projetos regionais, apresentarem as suas ideias a um conjunto de investidores e business angels, ou ainda o “Empreender com Sucesso”, que traz ao NONAGON, num ambiente descontraído, a partilha de casos de sucesso no contexto empresarial.
Pretendemos dar continuidade a todas aquelas iniciativas o mais brevemente possível, quando ficarem reunidas as condições que permitam a sua realização.