Segundo o estudo, que foi apresentado esta quinta-feira na cerimónia de entrega dos Prémios AUA! e do Prémio de Jornalismo “Menos Dor, Mais Vida!”, depois das dores de cabeça (59%), as dores musculares representam o tipo de dor mais prevalente para 51% dos inquiridos, seguidas pelas dores lombares, com 48% das respostas. A dor óssea, que representa a menor fatia, continua, no entanto a afetar 15% da população que teve dores nos últimos seis meses.
Oito em cada dez inquiridos afirmaram ainda que já experienciaram até três tipos de dor, sendo que na categoria de dores recentes (última semana) 58% afirma ter dores de cabeça, na categoria de dor distante (último mês ou últimos três meses) 19% afirma ter dores musculares e finalmente, na dor remota (últimos três a seis meses) 17% afirma ter dor cervical.
O estudo, que analisou ainda os hábitos e comportamentos no tratamento e alívio da Dor, apurou que em relação às dores de cabeça as pessoas procuram ações imediatas (60%), maioritariamente através de analgésicos ou outras medicações orais (85%). Relativamente às dores musculares, mais de metade dos inquiridos (54%) dizem esperar que a dor passe, mesmo após um dia. Uma resposta semelhante pode ser observada relativamente às dores lombares (48% esperam que passe), dores musculares (51%), dores cervicais (47%) e dores ósseas (54%).
Ana Paula Martins, Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos afirma “A pandemia e o período de confinamento podem ter contribuído para aumentar o comportamento da automedicação, entre os portugueses, justificado pelo medo de ir aos hospitais ou até mesmo às farmácias. No entanto, não podemos desvalorizar a importância da opinião de um profissional de saúde mesmo quando se trata apenas de uma dor ligeira. Neste campo os farmacêuticos desempenham um papel fundamental sendo muitas vezes o primeiro, e único, contacto dos doentes que sofrem frequente ou ocasionalmente de dores”.
Em relação à durabilidade, a dor aguda é o tipo de dor dominante. Já relativamente à frequência, no mínimo, seis em cada 10 inquiridos experienciaram dor frequente, principalmente dor cervical e nas articulações.
Foi ainda observado que, quando comparados todos os tipos de dor, a menor tolerância dos inquiridos diz respeito às dores de cabeça. Já a tolerância mais elevada observa-se relativamente às dores musculares, principalmente junto dos jovens adultos. Os inquiridos com idade mais avançada, por sua vez, lidam mais facilmente com os outros tipos de dor, sendo que a familiaridade e a experiência podem desempenhar um papel importante nesta questão.
O estudo, realizado entre os dias 13 e 24 de março de 2020 e que contou com um total de 600 participantes, teve como objetivos principais adquirir uma visão geral sobre a Dor junto da população portuguesa e analisar o seu comportamento, na procura de uma solução, em função da sua tipologia. Para tal, foram selecionados 9 inquiridos entre os 20 e os 24 anos, 18 inquiridos entre os 25 e os 34 anos, 26 inquiridos entre os 35 e os 44 anos, 23 inquiridos entre os 45 e os 54 anos e 24 inquiridos entre os 55 e os 65 anos.
Da amostra, 51% é do sexo feminino e 49% é do sexo masculino, localizando-se maioritariamente nas regiões Norte (37%), Centro (23%) e Lisboa (28%). 73% dos inquiridos praticam exercício físico, maioritariamente corrida ou caminhada (72%).
A farmacêutica Angelini empenhada em promover um maior conhecimento na área da Dor dedicou a edição deste ano dos Angelini University Awards (AUA! ) a este tema, desafiando jovens universitários a pensar e desenvolver soluções inovadoras para esta questão. No âmbito dos AUA! foi também lançado o Prémio de Jornalismo premiando os melhores trabalhos publicados sobre esta temática durante o ano de 2020. Os vencedores foram comunicados numa Cerimónia com transmissão live streaming no Facebook e Youtube do AUA!.