No sentido de contextualizar o nosso leitor e perceber a dinâmica da marca, de que forma é que a CSR & Associates Legal Consultancy tem vindo a promover um trabalho rigoroso e criterioso na promoção da confiança com os vossos clientes e quais são as vossas mais valias?
A CSR surge não numa linha da advocacia de barra mas sim numa linha de consultoria de negocio pelo que primamos por prestar os nossos serviços com base na transparência e na relação estreita com os nossos clientes por forma a que os nossos clientes nos vejam como parte integrante dos seus negócios e não apenas como um serviço outsourcing. Para isto procuramos estar sempre na frente das melhores soluções do negócio como um todo prestando uma consultoria continuada. Vemos o negócio como um todo e tentamos solucionar ou otimizar qualquer área. Temos também uma área especializada na internacionalização dos negócios e na busca de investimento estrangeiro para Portugal procurando adequar as necessidades de cada negócio.
Falemos agora de Carla Isabel Reis. Quem é, enquanto pessoa e enquanto a profissional empreendedora e líder respeitada num projeto como aquele que representa atualmente?
A Carla Silva Reis, é uma antiga aluna da universidade Católica, mãe de gémeos e com um gosto enorme por experiências multiculturais, que muito cedo achou que o seu percurso não passaria apenas pelo direito mas sim pela utilização da visão global que o direito nos presenteia juntamente com o seu MBA em Madrid que lhe permitiu aliar a gestão e o direito numa forma parceira de encontrar soluções para negócios. Alargou a sua experiência profissional em varias multinacionais e vários países como Espanha, Chile, Brasil e Portugal entre 2009 e 2017, tendo sentido a necessidade de regressar ao seu Pais com um projeto inovador que permitisse atrair capital estrangeiro e aliar toda a sua experiência internacional no sentido de criar não apenas um serviço de excelência, mas sim um serviço de parceria com os seus clientes.
Ao longo da sua carreira, que momentos é que considera fundamentais para ter alcançado o patamar em que está atualmente?
O primeiro passo foi 2008 quando estava a trabalhar numa sociedade de advogados no Porto e senti que poderia fazer mais. Deixei tudo e fui para Madrid fazer um MBA onde iniciei uma carreira numa multinacional que não só me abriu a visão do mundo empresarial como me fez aprender imenso quer a nível de liderança quer a nível de gestão. Geri vários departamentos e cresci muito profissionalmente. Em 2014 fui mãe de gémeos e vi me forçada a uma paragem repentina na minha carreira, durante dois anos dediquei-me ao trabalho mais exigente de sempre, o ser Mamã! Quando voltei a trabalhar estava fora de Portugal, cheia de ideias e oportunidades de negócio, queria algo mais. Comecei a procurar parcerias para puder lançar o meu próprio negócio dentro daquilo que acreditava ser uma mais valia em qualquer parte do mundo e que se adaptaria ao meu ritmo de vida “de casa as costas pelo mundo fora” e foi assim que nasceu a CSR Legal Consultancy.
Alguma vez sentiu algum ceticismo, ou viu o seu caminho tornar-se mais longo e complexo, por ser mulher no âmbito do direito? Se sim, de que forma procurou contornar esses obstáculos?
Confesso que não, embora reconheça que os homens no mundo empresarial ainda têm alguma vantagem em relação as mulheres, mas acho que cada vez mais nos defendemos pela meritocracia. Não sou feminista nem muito menos machista, acredito simplesmente que homens e mulheres podem ser excelentes nas suas funções e que cada vez mais as oportunidades surgem pela meritocracia e não pelo género. Claro está que a mulher tem que se dedicar tanto como o homem para ser avaliada da mesma forma. Isto pode implicar grandes sacrifícios, incluindo sacrificar o tempo em família. Mas devemos olhar para tudo na vida como fases e degraus de uma escadaria e definir quantos lanços de escada queremos atingir. Se tivermos isto definido conseguimos um equilíbrio que nos permite fases de mais ou menos sacrifício e que no balanço final acabam por compensar.
Acredita que existe uma liderança feminina e uma liderança masculina, ou a verdadeira liderança não tem qualquer género?
A verdadeira liderança não tem género, tem Equipa. Nada existe sem uma equipa, não somos super homens ou super mulheres pelo que a verdadeira liderança hoje esta num caminho continuo de aprendizagem onde o autoconhecimento e o autodesenvolvimento devem caminhar de mãos dadas. Desta forma Líder será aquele que seja capaz de motivar e inspirar as suas equipas a se desenvolverem e se superarem a cada dia. Acima de tudo o líder deve procurar a credibilidade, não sendo perfeito, mas sim honesto em qualquer circunstância. Dar e receber!
Num passado não muito distante, o mundo do direito parecia estar direcionado apenas ao género masculino, algo que, felizmente, foi sendo ultrapassado ao longo dos tempos. Quão importante é para a profissão que as Mulheres assumam maior relevância no setor? Sente que hoje estamos no caminho certo? O que ainda falta?
Confesso que cada vez mais estamos longe desse passado, temos excelentes profissionais Mulheres no direito nas suas variadas vertentes e com grande influência. Acho claramente que estamos no caminho certo e que esse estigma em breve deixará de existir.
Por fim, o que podemos continuar a esperar da sua parte e qual a mensagem que gostaria de transmitir ao universo feminino que, dia após dia, continua a mostrar a sua força?
Gostaria que o universo feminino se libertasse de estigmas passados ou presentes, estabelecesse as suas metas e lutasse por elas com dedicação e esforço acreditando nas suas capacidades independentemente do seu género. Deus presenteou homens e mulheres com a mesma capacidade e inteligência não vamos deixar que estigmas nos bloqueiem, vamos cada dia ser mais e melhores e saber valorizar-nos e posicionar-nos no lugar onde estamos.