A Trueclinic contribui para a melhoria do bem-estar das pessoas através da prestação de serviços com a mais alta qualidade, eficiência, inovação e personalização. Quando foi edificada a empresa e como nos pode descrever a evolução da mesma ao longo dos tempos?
A TrueClinic surge em 2002 e teve como primeiro objetivo apoiar as seguradoras no controlo do custo clínico no desporto amador, mormente no futebol. Posteriormente fomos alargando o nosso âmbito de atuação, algumas vezes por solicitações das companhias com quem mantemos parcerias estáveis e duradores. Atualmente a nossa área de atuação é bastante mais abrangente, passando pela gestão e controlo clínico de acidentes de trabalho, acidentes de viação, sem nunca esquecer os acidentes pessoais. A área desportiva continua a ser muito importante na nossa atividade, não tanto em termos de faturação mas por razões históricas e de segmentação.
Somos especialistas em “gestão da saúde”, desenvolvemos produtos e serviços não apenas para a área seguradora mas também para outros mercados e players de forma abrangente e especializada. Criamos, por exemplo, o cartão de saúde da União das Misericórdias, tal como temos vindo a desenvolver outros modelos e soluções de saúde integrada para outros players do mercado nacional e lusófono.
Ambicionam ser líderes do setor em Portugal e um operador de referência nos países de expressão portuguesa. Interessa, portanto, compreender, quais os serviços disponibilizados pela Trueclinic e de que forma, através dos mesmos, se têm diferenciado das restantes marcas.
Como referi, a TrueClinic é uma empresa especializada em “gestão de saúde”. Gostamos de desenvolver soluções à medida do cliente, seja ele companhia de seguros, corretor, empresa, organização, associação ou cooperativa, com ou sem fins lucrativos. Temos vindo a estabelecer relações fortes e duradoiras com os nossos clientes e parceiros. Os nossos clientes são parceiros que nos ajudam a evoluir e a crescer. Orgulhamo-nos com os resultados e vitórias por eles alcançados. A título de exemplo veja-se os resultados atingidos pelas companhias nossas parceiras, quer em termos de resultados técnicos, quer em termos de grau de satisfação dos seus clientes. Sentimos essas vitórias como um bocadinho nossas.
A TrueClinic vai continuar a pautar a sua atuação pela diferenciação, procurando estabelecer relações duradoiras e com ganhos biunívocos. Estamos abertos a desafios, queremos continuar a inovar e a procurar soluções únicos para os nossos parceiros.
Os nossos serviços mais comuns, apesar de como disse, nós gostarmos de desenvolver produtos à medida, são a gestão clínica integrada de sinistros de acidentes de trabalho, acidentes de viação e acidentes pessoais, a criação de cartões de saúde personalizados, os Check up´s desportivos e o acompanhamento de doentes com patologia severa e crónica.
Também na área da saúde existem avanços tecnológicos e científicos que permitem uma melhor prestação dos serviços e um melhor desempenho dos mesmos. Na Trueclinic a aposta na inovação tem sido uma das prioridades? Quão importante é para a saúde acompanhar estas novas tendências?
É fundamental a área da saúde acompanhar a evolução tecnológica e todas as novas tendências. Alias, a área da saúde investe significativamente em I&D e em tecnologia diferenciadora. Qualquer pessoa pode constatar o desenvolvimento continuo da medicina, basta analisar a evolução da indústria do medicamento, ou do sub-setor dos meios complementares de diagnóstico ou mesmo na área cirúrgica, entre outras. Também a nível digital e software temos visto grandes avanços na medicina, não só no que concerne à telemedicina e à telemetria medica mas também em softwares de gestão e controlo clínico.
A TrueClinic tem acompanhado esta tendência, como não podia deixar de acontecer. Todos os anos fazemos fortes investimentos em software e desenvolvemos novas automações. Temos também vindo a apostar nas Teleconsultas diferenciadas e iremos avançar para alguma telemetria clinica.
É legítimo afirmar que, no caso da Trueclinic, a qualidade tem um impacto positivo na inovação e vive-versa? De que forma?
Penso que essa afirmação é valida para a maioria das organizações, mas sim, no caso da TrueClinic, claramente. Nós estamos em fase final da certificação pela ISO e um dos pontos fulcrais é a inovação continua. Por outro lado, para podermos prestar um serviço de qualidade e diferenciado temos que apostar na inovação continua e isso ajuda-nos a criar novas competências e habilidades.
Declarada desde março a situação de pandemia global derivada pela COVID-19, muita foram as consequências que se instalaram e que obrigaram desde logo a uma mudança rápida de práticas no seio das mais diversas empresas, e na área da saúde, sabemos que o impacto foi extremamente elevado. Sendo a Trueclinic responsável por mais de 700 mil desportistas de diferentes modalidades e mais de 500 mil trabalhadores, de que forma atuou perante tal cenário? O que mudou?
Realmente este flagelo está a condicionar a vida de todos nós e infelizmente tem vindo a contribuir para a degradação da situação económica e, acima de tudo, do bem estar e saúde das populações.
Na TrueClinic tivemos que lidar com esta forte condicionante, principalmente no que concerne a tratamentos e cirurgias. Primeiro, fizemos uma gestão ainda mais próxima e permanente de todos os doentes e segurados das nossas parceiras. Segundo, tivemos que adiar algumas cirurgias não emergentes e cingir o número de blocos operatórios por forma a evitar contágios. Estabelecemos novos protocolos clínicos pré e pós operatórios. Todos os intervencionados foram alvo de teste PCR para a COVID 19 e monitorizados de forma permanente. Terceiro, no que concerne às consultas optamos por tele consultas por forma a evitar os contatos, exceção para aquelas que era obrigatório a presença física do doente/sinistrado e nesse caso foram adotadas todas as medidas preventivas. Quarto, no que diz respeito aos meios complementares de diagnóstico, adiamos os não essências, os estritamente necessários foram realizados em total segurança e com as respetivas medidas de proteção. Por último, no que se refere à medicina física e reabilitação, em articulação com vários parceiros, passamos a fazer sessões de fisioterapia remotas, evitando que o doente/sinistrado sai-se de casa.
Disponibilizam uma prática de teleconsultas para encurtar distâncias e facilitar processos. Esta ferramenta demonstrou ser, mais do que nunca, uma mais-valia na sociedade? Está disponível para que especialidades?
Sem dúvida que as teleconsultas vieram para ficar e nesta fase foram cruciais. Nós estamos a fazer teleconsultas nas áreas da Ortopedia, Anestesia, Medicina desportiva e Clinica Geral. Para além destas áreas médicas, estamos também a fazer teleconsultas nas áreas da enfermagem, fisioterapia e psicologia.
Gostaria de deixar uma mensagem para homenagear os seus profissionais e todos os que lutam diariamente pela proteção e bem estar da população?
Se existe aspeto positivo nesta pandemia, é a atuação dos profissionais de saúde. Acho que a maioria dos portugueses ainda não percebeu o quão profundo temos que estar agradecidos aos nossos profissionais de saúde. Todos eles, desde médicos, enfermeiros, técnicos, administrativos, auxiliares, enfim, têm sido inexcedíveis. Para alguém que vive diariamente com estes elementos, a nível profissional, há mais de 20 anos, eles têm excedido todas as minhas expectativas, têm sido de uma entrega impar.
Eu nem devia contar aqui esta pequena inconfidência mas sinto a obrigação moral de o fazer. A Senhora minha mãe é médica, reformada do serviço nacional de saúde, mas continua a trabalhar em urgência, numa grande unidade privada, tem 72 anos e tem uma insuficiência cardíaca, pois manteve-se sempre, volto a referir sempre, a fazer urgências, mesmo tendo a consciência do risco que isso possa acarretar para a sua vida.
Dizer obrigado e expressar a minha gratidão aos profissionais de saúde é muito pouco para tudo aquilo que estão a passar. Têm sido gigantes e o grande suporte do nosso sistema.
Nestes tempos complexos, o envolvimento das empresas com a comunidade onde operam também se torna evidente. Assim, e enquanto prestador de serviços na área de saúde, qual tem sido o papel da Trueclinic na responsabilidade e sensibilidade perante a sociedade? Têm realizado alguma iniciativa neste âmbito?
Sem dúvida que nos sentimos na “obrigação” de contribuir, dentro das nossas limitações, para a divulgação e promoção de boas práticas clínicas e para a sensibilização dos nossos “públicos”. Para além de termos criado campanhas de consciencialização nos nossos canais digitais e de termos promovido a realização de testes de forma mais “próxima”, com a campanha “faça teste sem sair de casa”, juntamo-nos a algumas causas de cariz mais público, nomeadamente com o fornecimento de EPI a alguns hospitais públicos e misericórdias.
O final do ano aproxima-se e com ele a ânsia por novos desafios e projetos. Para a Trueclinic, qual será a dinâmica para o próximo ano? Que projetos têm planeados?
Estamos a chegar ao final de um ano diferente, esperemos que 2021 seja bastante melhor para todos. A TrueClinic tem alguns projetos em carteira que ficaram parados este ano e que esperemos poder avançar durante 2021. Não me quero alongar muito neste tema, porque deverá ser algo inovador no mercado português e talvez europeu, mas são dois projetos que estão ligados a uma maior diversificação de produtos/serviços prestado pela TrueClinic em Portugal. Um mais ligado à área seguradora e outra ao setor empresarial.