Grupo Clara Saúde: Por Pessoas e para Pessoas

Como é que se faz a diferença no universo da saúde? Acima de tudo, saber que o mais importante são as pessoas. Desta forma, fomos conhecer uma entidade que tem esse desiderato como foco principal, ou seja, as pessoas e o seu bem-estar, bem como proporcionar os melhores cuidados de saúde. Sobre esta temática e outras, a Revista Pontos de Vista esteve à conversa com Carlos Clara, Médico Patologista Clínico e CEO do Grupo Clara Saúde, e que nos deu a conhecer um pouco mais da dinâmica da marca em prol dos outros, tendo realçado a coragem da equipa em tempos de pandemia, pois a mesma “não virou as costas à luta”.

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O Grupo Clara Saúde nasceu em 2010 e conta presentemente com 22 unidades dedicadas à prestação de cuidados de saúde nas áreas médica e de diagnóstico. Como nos pode descrever estes dez anos de atividade inteiramente ligados ao empenho pelo outro?
Os dez anos de existência do Grupo têm sido uma aventura desafiante, com um crescimento sustentado, apesar dos desafios permanentes. Passámos por duas fases distintas: os primeiros sete anos onde o crescimento orgânico e por aquisição tiveram preponderância e os últimos três anos, em que a estratégia passou pela profissionalização da gestão, consolidação das unidades do Grupo, restruturação organizacional e criação de uma imagem e comunicação mais consentânea com um grupo empresarial moderno.

Com uma gestão moderna e centrada na excelência dos serviços para todos os utentes e bem-estar dos seus colaboradores, o Grupo Clara Saúde tem aportado valor, cada vez mais, como prestador na área da saúde em Portugal. Porque tem sido tão relevante o vosso papel na sociedade e o que os distingue, além do já referido?
São três os fatores que nos distinguem: um tratamento mais humano e próximo dos nossos clientes, com uma entrega pessoal dos nossos recursos humanos a esta forma de estar; aposta forte na componente cientifica, não só na atividade que desenvolvemos, mas também com a participação em estruturas dedicadas à investigação científica (Laboratório Colaborativo Almascience – www.almascience.pt); intervenção na sociedade e no ambiente, através da criação de formas que facilitam o acesso aos cuidados de saúde, doações de produtos essenciais a Hospitais, como EPIs nesta altura de pandemia, utilização de uma frota de carros elétricos.

O Grupo Clara Saúde tem, no seio da empresa, os avanços científicos e tecnológicos mais recentes na área de diagnóstico e cuidados de saúde, apostando assim fortemente na inovação. Quão importante é para a saúde acompanhar estas novas tendências?
A área com mais peso na nossa atividade é o diagnóstico. A componente tecnológica é fundamental para prestarmos um serviço de excelência e a aposta em tecnologia reflete-se em valor acrescentado para os nossos doentes e seus médicos assistentes. Mas nem só a tecnologia contribui para esse objetivo. A qualidade dos recursos humanos e as estratégias implementadas são condições sine qua non para o atingir. Podemos dar três exemplos do que temos feito para ilustrar o que acabo de dizer; temos o laboratório (Labocentro) com maior número de equipamentos para dar resultados de RT-PCR para Covid19 em menos de uma hora; estamos a finalizar estudo para implementar uma forma de colheita sem o uso da zaragatoa para o Covid19; lançámos projeto de investigação científica próprio, no seio da Almascience.

Acredita que a qualidade tem um impacto positivo na inovação? De que forma?
Só se inova se tivermos qualidade. A inovação resulta da qualidade da estratégia, dos objetivos, da sua implementação e monitorização. Mas essencialmente da qualidade dos recursos humanos envolvidos.

Além disso, a equipa de colaboradores possui uma formação e empenho que lhes permite incorporar os valores e objetivos do grupo, resultando num nível de serviço singular nesta área de atividade. É legítimo afirmar que os recursos humanos são uma peça fundamental para a qualidade extrema dos serviços do Grupo Clara Saúde?
O nosso Grupo é de cariz familiar (a propriedade é minha e dos meus dois filhos). Num grupo empresarial desta natureza os recursos humanos não são apenas colaboradores; são também família e amigos. Claro que esta realidade tem aspetos positivos e negativos. Mas, na minha vivência destes últimos anos, os positivos superam em muito os negativos: no empenho, dedicação e disponibilidade, mas também e essencialmente no relacionamento íntimo e personalizado com todos os nossos clientes e parceiros.

No seguimento, também aqui a inovação faz sentido, uma vez que promovem o desenvolvimento contínuo dos seus profissionais, através do investimento na sua formação e na implementação de uma cultura de elevada exigência? Como?
A inovação para nós é fundamental; não só a nível procedimental, mas também na tecnologia e equipamentos utilizados. Nesta época de pandemia o nosso laboratório central, a Labocentro, é o que tem mais equipamentos de resposta rápida para efetuar RT-PCR para Covid19, o que nos tem levado a um lugar de destaque na execução deste tipo de testes. Continuamos a estudar novos processos alternativos à colheita com zaragatoa que mantenham a qualidade de resposta. O nosso plano de formação (agora reduzido devido à pandemia) está assente em três pilares: sessões de formação internas, meetings e cursos externos, e plataforma de e-learning com avaliação online.

O ano de 2020 está na reta final e já se fazem reflexões daquele que foi um ano complexo para todos os setores – devido à pandemia da COVID-19 que se instalou em Portugal no passado mês de março. Assim, que balanço faz destes meses?
Foi um ano extremamente difícil, com a nossa atividade de rotina reduzida a quase 50%. As contingências inerentes a este estado interferiram em muito no nosso funcionamento normal. Mas nem por isso deixamos de dar o nosso contributo ao combate da pandemia. Tenho de realçar a coragem de toda a nossa equipa que não virou as costas à luta.