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“PORTUGAL CONTINUA A SER UM PAÍS SEGURO”

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“PORTUGAL CONTINUA A SER UM PAÍS SEGURO”

A Century 21 Arquitetos é uma agência com uma equipa de consultores imobiliários com vasta experiência, fortemente motivados e com capacidade para prestar o mais elevado nível de serviço. Consolidada no Porto e em Gondomar, qual tem vindo a ser o impacto da pandemia em ambos os locais?
2020 foi de facto o ano marcado pela pandemia. Felizmente estamos num dos setores menos afetados pelas implicações económicas que daí advieram. No que se refere à loja de Gondomar, o impacto foi praticamente zero. Com exceção dos meses de confinamento da primeira vaga, em que sentimos uma paragem de quase 100 por cento na procura de imóveis, a verdade é que mal abrimos a loja em maio, o índice de procura e de transações foi similar ao que tínhamos pré-Covid. Penso que será um denominador comum da atividade nas periferias. No que concerne à loja do Porto, sentimos algumas diferenças porque fazíamos várias transações com clientes estrangeiros, que se viram impossibilitados de viajar, pese embora nunca tenham perdido a vontade de investir em Portugal. Depois do Verão, sentimos que esse segmento estava de volta e em força, mas o aproximar do mês de dezembro, e esta terceira vaga, voltou a condicionar a concretização dos negócios em curso.

Nos últimos anos o investimento imobiliário intensificou-se, sobretudo no mercado português. Como nos pode descrever as consequências resultantes da situação que vivemos, que se têm sentido nos últimos meses no que respeita ao mercado imobiliário? O que mudou?
O Investimento imobiliário intensificou-se por várias razões, sendo as mais prementes o investimento estrangeiro e os mínimos de taxas de juro dos bancos concessores de crédito. Relativamente ao investimento estrangeiro, como referi na questão anterior, houve obrigatoriamente um impacto dada a impossibilidade dos clientes poderem viajar, e do impacto da pandemia no turismo (muitos investimentos tinham como objetivo o turismo). Mas é um negócio em standby, não um negócio perdido. A pandemia é uma crise sanitária. Não uma crise financeira. E assim que seja possível retomar alguma normalidade, os investidores estrangeiros estarão atentos a Portugal novamente.
Por outro lado, no consumo interno, não notámos grandes diferenças. Existe muita procura, existe vontade dos bancos financiarem, as taxas de juro continuam a bater mínimos históricos, pelo que as pessoas continuam a procurar e a comprar casa. Penso que com o aumento de oferta nova que vamos assistir nos próximos tempos, vai haver uma estabilização de preços (que já se sente).

Portugal tem se destacado enquanto destino popular entre os estrangeiros pelas mais diversas características únicas que tem para oferecer. Assim, e tendo em conta a atual situação, é possível que esta estatística continue em crescimento? Acredita que numa fase pós-pandemia, Portugal continue a ser eleito perante os estrangeiros?
Na minha opinião, Portugal continuará a ser destino de investimento para os clientes estrangeiros. Se pensarmos por exemplo que as nacionalidades que mais nos procuram são oriundas do Brasil, da França e dos EUA, automaticamente percebemos que assim é pela qualidade de vida que podem ganhar no nosso país, bem como pelas condições climatéricas, tradições gastronómicas e culturais, etc. Do ponto de vista de investimento, ou seja, clientes que investem no nosso país pela rentabilidade, Portugal continua a ser um país seguro, com relativa estabilidade fiscal, e com yields interessantes para os investidores.

As Autorizações de Residência para Investimento têm sido nos últimos anos um motor imobiliário. Recentemente o Governo aprovou novas medidas que limitam a autorização dos Golden Visa nas zonas metropolitanas de Lisboa, Porto e litoral, tendo como principal objetivo a captação de investidores para o interior do país. Considerando o atual contexto pandémico, acredita ser este o melhor momento para tal atuação? Quais são as repercussões que prevê face a estas restrições, nomeadamente no território do Porto – mercado onde a Century 21 Arquitetos atua?
Penso que neste momento são um erro as novas medidas de limitação à autorização dos Golden Visa. Quando em março anunciaram o adiamento desta resolução, foi a atitude mais ponderada e correta. A mediação imobiliária foi umas atividades que permitiu que o país continuasse a funcionar do ponto de vista económico, e os Golden Visa permitiam continuar a trabalhar um segmento de mercado importante.
Não haverá interesse deste tipo de cliente em investir no interior do país, e é relativamente fácil analisando o perfil de cliente Golden Visa. Por isso, não só Porto e Lisboa vão sentir esta medida, como todo o país.

Por fim, para este ano que acaba de começar, qual é a estratégia que a Century 21 Arquitetos irá praticar, face às mudanças que o setor imobiliário sofreu?
No início de 2020, ainda sem saber o que o ano nos iria reservar, achámos que a nossa aposta deveria ser na aposta dos serviços digitais. Em janeiro do ano passado, adquirimos o material e as ferramentas que nos permitem fazer as visitas virtuais internamente e para todos os nossos imóveis. Todas as nossas angariações têm essa ferramenta, bem como vídeo profissional (fotografias profissionais sempre tivemos).
Defendo que a nossa atividade nunca será 100 por cento digital. Nunca ninguém compra uma casa, o seu sonho de vida, através da internet e sem nunca ter estado fisicamente no local. Não obstante, e dada a transformação digital no setor por causa da pandemia, vamos reforçar-nos neste sentido também. Temos também já desde maio, e dada pela CENTURY 21 Portugal, a possibilidade da assinatura digital, quer para os contratos de mediação, quer para os Contratos de Promessa de Compra e Venda, ferramenta inovadora e muito cómoda para os clientes.
Internamente, estamos também a investir em novas estratégias, algumas para melhorar as nossas visitas virtuais, outras ligadas às redes sociais, e outras que se prendem com ferramentas digitais ainda não disponíveis no mercado português e das quais queremos ser pioneiros.