Com mais de dez anos de existência, a Legacy Consulting conta com uma vasta experiência nas áreas de Consultoria e Formação de RH. Qual tem vindo a ser o vosso compromisso na sociedade e de que forma o têm tornado inovador e distinto?
O compromisso da Legacy tem sido o de deixar em todos aqueles com quem nos cruzamos, a semente para que queriam investir em si, acrescentar-se. E não tem de começar por uma grande aspiração. Basta uma decisão para os cinco minutos seguintes: é a qualidade da conversa que vou ter nos próximos cinco minutos, é o calçar os ténis nos cinco minutos seguintes e ir treinar, é o avançar com o email que pode fazer a diferença no destinatário, entre outros. Como refere Tom Peters, é tornar os próximos cinco minutos simplesmente brilhantes!
Apostamos forte em gerar o entusiasmo suficiente para que cada um comece (ou continue!) a “correr na pista” do Propósito e do desenvolvimento pessoal. Temos de sair da zona de desconforto onde muitas vezes estacionamos: aceitamos o mediano, mesmo com dor. E nestas condições não libertamos o que nos poderia elevar. Por isso, a Legacy provoca, abana, desperta, mas também acolhe e cuida.
Acredito que podemos ser extraordinários e mudar as nossas narrativas para melhor, assim o entendamos e queiramos. Temos os nossos superpoderes os quais nem sempre ativamos. É nossa convicção de que é esse o caminho para cada um de nós se tornar melhor na comunidade e servi-la com valor, enquanto nos completamos na nossa jornada individual.
Competência, envolvimento, rigor, exigência mútua, proximidade com o cliente e a dedicação têm sido as peças chave para o sucesso da empresa. Uma das suas missões é contribuir para que cada um seja feliz na concretização do seu talento. Podemos afirmar que este “trabalho interior” começa, primeiro que tudo, na casa Legacy Consulting?
Sem dúvida! Na cultura Legacy vivemos o que devolvemos e o que pretendemos inspirar nos clientes e interlocutores. Somos exigentes connosco, refletimos muito entre nós, desmultiplicamo-nos em ideias, insights e muita pesquisa para podermos ser e oferecer o state of the art na nossa área.
A gratidão tem sido palavra de ordem na minha vida e na vida da Legacy. Em 2020 e sob o umbrella das dimensões que mencionou, tivemos imensas conquistas e isso só foi conseguido porque os clientes sempre fizeram o caminho connosco. Muito também vamos aprendendo as we go. Trocamos com eles imensas experiências, lutas, aspirações, receios e sonhos. Reencontramo-nos também nas fragilidades e fortalecemos laços. E a nossa missão sai reforçada (e atualizada).
Há vários meses que vivemos um período complexo condicionado pela pandemia da COVID-19 e suas repercussões. De que forma têm unido forças para cumprir a missão da Legacy Consulting?
A pandemia trouxe a maior crise global a todos os níveis. Em março 2020 fomos todos ao tapete. No princípio andámos curvamos perante este vilão que entrou na vida do mundo sem pedir licença e as maiores perdas começaram por ser individuais, mas a dor foi e é coletiva. Posso dizer que a Legacy teve (e tem!) também um processo interno não de adaptação, mas de desconstrução do passado, onde começámos por “aplicar” em nós, o que sempre partilhámos, desenvolvemos e inspirámos nos clientes.
A pandemia que vivemos é um laboratório gigante de liderança, compaixão, kindness, coragem, autodescoberta ou… de nada disso(!). Em tudo podemos ser exemplares na nossa atuação ou apenas omissos.
Por aqui, na Legacy, o mindset da equipa (depois do grande receio inicial com as circunstâncias) foi: “o que podemos fazer com esta crise que nos acrescente, que acrescente às pessoas e ao negócio e que antes não existia?” A reflexão de Peter Guber traduz bem o que procurámos viver na Legacy sempre que sentíamos dúvidas: “não deixes os medos habitarem a tua mente, sem pagarem renda.” E com isto, criámos abordagens, metodologias virtuais muito ativas e galvanizadoras, em que a energia, a alegria e as competências passassem com relevo para o outro lado do ecran!
Como escutei há uns anos, “a miséria gosta de companhia”, mas (e acrescento) a alegria também, o afeto, a superação e a aprendizagem, também! Brenee Brown diz-nos nas suas talks que coragem é dar o primeiro passo sem estarmos seguros do resultado final. Ao dia de hoje somos todos chamados a ser Game Changers!
Uma vez que a Legacy Consulting acompanha a viagem de desenvolvimento das empresas, potenciando nas pessoas um genuíno compromisso e entusiasmo, como tem observado o comportamento da população no que ao desenvolvimento diz respeito, em contexto pandémico? Quais são as principais mudanças que realça?
Diria que depois do primeiro choque emocional pelo inesperado de quem parecia que passou a viver numa realidade paralela da quinta dimensão, o parar e termos tempo para mergulhar em nós, claramente abriu portas e espaço para um foco e aposta no desenvolvimento individual. Proliferaram as lives e workshops virtuais de desenvolvimento: uns inspiradores outros nem tanto, mas com o mérito de colocarem o foco naquilo que está no nosso controlo.
No período conturbado que foi a maior parte de 2020 (tempos que agora infelizmente regressam), a Legacy recebeu muitos pedidos de particulares em conhecer as nossas áreas de intervenção e que programas tínhamos. Por outro lado, as empresas clientes da Legacy que sempre apostaram no desenvolvimento das suas equipas, nunca deixaram de o fazer.
O que abrandou nos primeiros meses de pandemia (“a cidade parecia uma enorme sala de espera”, como ilustra Camus no seu livro A Peste), ganhou fulgor e força motriz nos meses seguintes. Com efeito, em tempos de dúvida ou ambiguidade, aquilo que podemos controlar é decisivo. O desenvolvimento e o crescimento pessoal, passaram a ser dimensões com forte sentido de urgência para muitas pessoas.
Como um cliente me dizia: temos de ter coragem de ir para a arena, mesmo que não saibamos que touro nos vai calhar. Já não podemos ficar à porta.
Desta forma, promovemos em nós maior revitalização pessoal e reforçarmos o nosso amadurecimento emocional.
A Legacy fez 10 anos em outubro 2020. A par das respostas ao contexto já abordadas, o que tem vindo a ser criado?
Entendemos que todo o manancial construído nestes 10 anos de Legacy, aliado a mais de 20 anos de experiência da equipa, e um crescimento sólido renovado a cada projeto, tinha de ser sinalizado.
Lançámos há cerca de duas semanas, o novo website da Legacy (que vos convido a visitar) e o rebranding da marca. Com o apoio e brilhantismo da nossa parceira, a United Skills, renovámos assim a nossa identidade com um novo logótipo, mantendo a promessa provocadora que os nossos clientes já conhecem: What is your legacy? Este rebranding teve a sua divulgação através de uma comunicação prévia aos clientes, via email muito original, incluindo playlists Legacy no spotify para que continuem a acompanhar-nos nas diversas “bandas sonoras” que propomos às empresas
Pretendemos potenciar o canal digital, veiculando através do novo website o mundo Legacy em toda a sua oferta, valores e posicionamento face ao desenvolvimento e talento. O que encontrarem no site, somos nós, a nossa essência e a nossa alma.
Acredita que esta problemática (ie, pandemia) tem potenciado na sociedade e nos negócios alguma dificuldade em desenvolver questões internas – como o estar próximo das pessoas, reconhecer talentos individuais ou das equipas? Ou, por outro lado, tem potenciado uma melhor compreensão?
Segundo Francisco Mora (especialista em neuroeducação), o “cérebro humano precisa de se emocionar para aprender”. O que a humanidade vive atualmente, tem necessariamente de nos emocionar e, por consequência elevar-nos como pessoas (ou como gestores, se falarmos no âmbito empresarial), a sermos mais.
Da experiência Legacy com dezenas e dezenas de gestores, sentimos uma mais sublinhada preocupação em descobrir formas, sobretudo agora no digital, em chegar às suas pessoas/equipas.
Em teletrabalho, o tempo de “antena” que concedemos às equipas é fulcral. As reuniões de feedback, as conversas mais sensíveis (às quais a Legacy denomina de conversas cruciais ou com significado) ou a preparação para as avaliações de desempenho ou ainda os kickoffs das empresas, têm recebido muito enfoque da parte dos gestores e Direções com quem trabalhamos, no sentido de se apetrecharem das melhores ferramentas para que hoje, consigam estar ao mais alto nível de concretização, mesmo que de forma virtual.
Passou-se a valorizar aquilo que a Legacy reforça nas empresas e que é a empatia digital: a real vantagem competitiva, hoje! Há gestores que fazem com frequência um “digital coffee” de 20 ou 30 minutos com as suas equipas apenas para…conversar, saberem uns dos outros. Este tempo dedicado “ao outro” conta, traz frutos e galvaniza a boa energia que se pretende corra nas “veias” das equipas. E energia de alta vibração é expansora para a saúde emocional e para os resultados organizacionais.
Em relação à segunda parte da pergunta, o reconhecimento continua a ser um calcanhar de Aquiles nas empresas. E não tem a ver com os tempos “especiais” que vivemos. É uma questão recorrente que merece ser cuidada pelos gestores: como demonstrar que reconheço e valorizo o contributo de cada elemento e da equipa? E quero fazer essa diferença na minha liderança?
Por fim, escolher a Legacy Consulting é…
…Semear em cada pessoa a vontade de continuar a superar-se. Sempre!
Einstein dizia que só há duas formas de viver a vida: como se se os milagres não existissem ou como se tudo fosse um milagre. É este o gatilho mental que precisamos para crescer (ainda) mais.