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“ACREDITO QUE O MERCADO DE M&A CONTINUARÁ BASTANTE ATIVO”

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“ACREDITO QUE O MERCADO DE M&A CONTINUARÁ BASTANTE ATIVO”

A EY dedica-se a ajudar os clientes a resolver os seus desafios mais complexos e a alcançar os seus objetivos, a manter os investidores informados e a satisfazer as necessidades dos stakeholders. Assim, num mercado em constante mudança – e tendo em conta os desafios diários que se impõem – como se posiciona hoje esta empresa no mundo dos negócios?
O nosso alcance global e o trabalho de décadas com líderes globais de todos os setores de atividade dão-nos uma perspetiva única sobre a agenda de crescimento das empresas e sobre a fragilidade de negócios que não conseguem interpretar o seu contexto e antecipar a evolução dos mercados.
Conscientes de que o nosso próprio mercado está sempre em evolução, a EY promove uma política de investimento contínua em tecnologia e inovação, seja interna, seja através de alianças com parceiros tecnológicos ou mesmo através da aquisição de empresas que venham complementar as nossas capacidades ou aumentar a nossa eficiência. Ao protegermos e fazermos crescer o nosso negócio ajudamos a cimentar o nosso posicionamento enquanto empresa global com a capacidade de mobilizar soluções inovadoras para promover a agenda de crescimento dos nossos clientes.
Sabendo que as empresas de serviços profissionais vivem da competência dos seus recursos, o nosso posicionamento inclui uma experiência de colaborador única, que nos torna o recrutador preferencial para recém-licenciados ou profissionais com experiência.

Os insights e a qualidade de serviços que a EY presta, auxiliam a criarem confiança nos mercados de capitais e nas economias mundiais. “Desempenhamos um papel fundamental na criação de um mundo melhor de negócios para os nossos colaboradores, clientes e comunidades”, asseguram. De que forma?
A EY foi das primeiras firmas globais a assumir o “purpose-led transformation” – tendo identificado um propósito global e transformado a forma como trabalhamos em função do mesmo. Daqui resultou que o nosso propósito de “construir um melhor mundo de negócios” é vivido em tudo o que fazemos, com as nossas equipas de estratégia, apoio a transações, consultoria, assessoria fiscal e auditoria a saberem que o seu papel na eficiência, na promoção do crescimento e no compliance dos nossos clientes resulta em mercados mais dinâmicos, em desenvolvimento económico e em progresso.
A EY orgulha-se de ter assumido muito cedo um papel importante como membro fundador do Embankment Project for Inclusive Capitalism, no qual algumas das maiores empresas globais assumiram a importância da defesa dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e na reorientação para uma estratégia de crescimento inclusivo e focado na criação de valor a longo prazo.
Este posicionamento é reforçado pelos compromissos da EY em matéria ambiental, assumidos em 2020 e já reforçados em 2021, dos quais resulta já um impacto negativo em emissões de CO2 e o objetivo de eliminação ou compensação de todas as demais emissões até 2025. Em complemento, a nossa iniciativa global de responsabilidade social – EY Ripples – está focada na mentoria de jovens e no apoio a empreendedores sociais, tendo como objetivo fazer a diferença em mil milhões de pessoas até 2030.
Em suma, o nosso trabalho com clientes, privados ou públicos, e o nosso compromisso com a criação de um mundo melhor demonstram claramente uma cultura e uma prática alinhadas com o nosso propósito global.

Através das relações estratégicas com líderes tecnológicos e industriais, a EY combina poderosas tecnologias, capacidades distintivas e experiência a todos os níveis. Podemos afirmar que a inovação tem sido o braço direito da qualidade dos serviços que prestam?
Apesar de as empresas sempre terem enfrentado um ambiente de negócios em transformação, as últimas três décadas, em especial com a introdução dos computadores e da internet, tornaram claro que, tal como na biologia, a sobrevivência dos negócios está associada à sua capacidade de adaptação ao ambiente que as rodeia.
Na EY, um dos pilares desta capacidade de adaptação reside na inovação, seja a que desenvolvemos internamente seja a que nos é trazida por alianças. Mais uma vez, como na biologia, a simbiose entre empresas puramente tecnológicas e empresas que, como nós, conhecem profundamente as necessidades específicas de cada negócio, resulta em valor acrescentado para os nossos clientes, e em benefícios para os nossos parceiros.

O processo de fusão e aquisição (M&A) vem representando uma solução economicamente viável para diversos empreendedores. Com as empresas a tentarem cortar custos devido à pandemia, estes negócios aceleram por toda a Europa. No seu ponto de vista, já seria previsível este aumento? Porquê?
Em linha com o que disse antes, podemos pensar na atividade de M&A como um acelerador de transformação. Quando uma empresa perde a capacidade de se manter competitiva no seu negócio, e idealmente até antes disso, um processo de alienação de parte ou da totalidade do capital pode ser a melhor forma de proteger valor e emprego. A intervenção de family offices ou de Private Equities, especialmente quando têm a capacidade de aportar “smart money” – trazendo contactos, acesso a mercados, acesso a tecnologia ou capacidade de gestão – é muitas vezes o mecanismo mais eficaz para uma empresa em dificuldades recuperar ou para uma empresa estagnada voltar a ter a ambição e o músculo financeiro para crescer.
Na sequência do atual cenário de pandemia, em que muitas empresas se viram confrontadas com alterações bruscas e profundas do seu ambiente de negócios, é natural e desejável que se assista a um aumento de operações de M&A. A preservação de negócios e o potencial de consolidação de alguns setores serão essenciais para uma rápida recuperação económica e mesmo para uma maior resiliência e competitividade face a choques futuros.

O ritmo acelerado de mudanças na maioria dos setores exige modificações nas estratégias de integração por via de fusões e aquisições e quanto à forma como os adquirentes retêm sinergias. Como é que a EY ajuda neste domínio?
A extensa experiência da EY em M&A permite-nos acompanhar todo o processo, tanto na ótica do comprador como do vendedor.
A nossa intervenção pode-se iniciar com uma revisão da estratégia de um grupo, via a nossa equipa da EY Parthenon, apoiada pelos restantes colegas de Transactions com competências em matéria financeira e de avaliação de negócios, resultando na identificação de ativos estratégicos, de opções de desinvestimento ou de cenários de acesso a capital. Podemos apoiar o vendedor na preparação de um processo de alienação, o que pode passar pela realização de uma Vendor due diligence e de apoio na identificação de oportunidades de valorização ou pela gestão integral de um processo de alienação, desde a apresentação do negócio a potenciais compradores ao apoio no processo de negociação e conclusão da transação.
Para o comprador, temos a mesma capacidade de apoiar desde a definição global da estratégia de investimento, passando pela constituição dos veículos e pelo levantamento de capital. Segue-se a identificação de oportunidades de compra, o contacto inicial com potenciais vendedores e a realização dos diversos tipos de due diligence necessários, em que analisamos potenciais riscos e apoiamos a definição do valor dos ativos. Finalmente, podemos participar no processo de negociação, até à concretização do negócio. Neste momento a nossa equipa conta com técnicos especializados em serviços de due diligence financeira, fiscal, comercial, ambiental, IT, técnica e operacional.
Entre a equipa especializada de Strategy and Transactions e as demais competências da EY, temos a capacidade de oferecer um serviço integrado, que tanto pode abarcar estratégia como matérias contabilísticas, financeiras ou fiscais. A nossa oferta inclui ainda a vertente de integração pós-aquisição, em que se promove a realização de sinergias na nova entidade, promovendo a criação de valor no alinhamento de sistemas, processos e pessoas, incluindo a vertente motivacional e de política de compensação.

Para o futuro, de que forma é que EY desenha o seu plano de atuação, de maneira a desenvolver as histórias de sucesso dos clientes? Qual será a estratégia para este ano – altura em que o mundo atravessa uma pandemia?
A EY apresentou recentemente a sua estratégia global, a NextWave, com uma ambição clara de entregar valor no longo prazo aos nossos clientes, às nossas pessoas e à sociedade, inspirada na forma como a inovação se dissemina através da mesma. Neste sentido, realço a nossa aposta clara no desenvolvimento dos nossos serviços de estratégia e de tecnologia para, num mundo que se movimenta a uma velocidade incomparável com décadas anteriores, apoiarmos os nossos clientes nos desafios contínuos que enfrentam.

Como se encontra atualmente o mercado das fusões e aquisições e que novas tendências são calculadas para 2021?
Após alguns anos de recordes sucessivos no volume e valor de transações em Portugal, o ano de 2020 ficou marcado por uma retração deste mercado, principalmente num segundo trimestre que foi penalizado por um elevado número de operações abortadas ou suspensas. No entanto, esta dinâmica começou a inverter-se no segundo semestre, tendo-se registado no último trimestre de 2020 um número de operações que já excedeu o período homólogo de 2019. Atualmente o mercado continua bastante ativo, com diversas transações anunciadas nas últimas semanas e várias operações muito significativas em fase de conclusão nos próximos meses.
Em relação a 2021, em linha com o referido numa das questões anteriores, acredito que o mercado de M&A continuará bastante ativo. O atual cenário de pandemia irá gerar várias novas oportunidades decorrentes quer das alterações ocorridas no ambiente de negócios como do excesso de liquidez no mercado, principalmente de fundos de investimento que continuamente analisam o mercado Português em busca de oportunidades.