“SOMOS ADVOGADOS, MAS TAMBÉM AMIGOS – EXIGENTES, SOLIDÁRIOS, EFICIENTES E EFICAZES”

Conhecedores profundos das instituições europeias, José Luís da Cruz Vilaça, atual Presidente da Associação Portuguesa do Direito da Energia (APDEN) e Paulo Sande, Advogado da Sociedade de Advogados, Cruz Vilaça Advogados, deu-nos a primazia e a honra de figurar nas nossas páginas, abordando, entre outros assuntos, a ligação que tem tido com a Revista Pontos de Vista, ele que tem sido um dos principais rostos e «vozes» presentes ao longo das nossas cem edições.

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A Cruz Vilaça Advogados combina a experiência, maturidade, juventude e modernidade com o seu historial de 40 anos, estando por isso mais do que consolidada para lidar com problemas jurídicos complexos. É por todo este sucesso que queremos que faça parte da Revista Pontos de Vista na celebração das suas cem edições. Como descreve e caracteriza esta parceria que tem vindo a ser realizada?
Cem velas na vida de qualquer entidade – empresa, pessoa ou, no caso da Pontos de Vista, de uma revista – celebra-se. E quando uma revista, como faz a Pontos de Vista, dá voz (e rosto) a empresas e investimentos nacionais de forma, ao mesmo tempo, sedutora e informativa, torna aliciante para um escritório jovem como o nosso afirmar-se como seu parceiro, estar presente nas suas páginas e contar-se entre os seus amigos e companheiros de viagem. Afinal, apesar das dezenas de anos de experiência dos nossos sócios, advogados e consultores, somos um escritório criado muito recentemente e apreciamos a senioridade, experiência e valor criado por uma revista como a vossa.

O principal desiderato da nossa Revista assenta na promoção da comunicação, onde o seu Ponto de Vista é o mais importante. Pretendemos acima de tudo elevar as potencialidades do tecido empresarial em Portugal. Assim sendo, o que tem representado para a Cruz Vilaça Advogados a comunicação aqui divulgada e que mais mais-valias a mesma trouxe à Sociedade?
Graças aos artigos – e aos Pontos de Vista – que mensalmente publica, a vossa revista oferece-nos uma panóplia vasta de perspetivas, informa-nos sobre a realidade das empresas portuguesas, dá-nos a conhecer marcas, produtos e serviços de um tecido empresarial muito mais rico e diversificado do que em geral se pensa (e, tantas vezes, se afirma). E as pessoas que nos apresenta, em muitos casos com percursos fascinantes, são também referências relevantes, algumas das quais vimos a conhecer pessoalmente, sobretudo motivados pelo vosso trabalho informativo. E quando se interessam pelo nosso escritório, como fizeram o ano passado, a propósito da transição energética – dando nomeadamente voz a José Luís Cruz Vilaça, presidente da Associação Portuguesa do Direito da Energia -, permitem-nos também alcançar novos públicos e fazer chegar a nossa voz a domínios que normalmente não alcançamos, dando conta do que se passa em matéria jurídicas que reputamos de relevantes.

Na Sociedade consideram essencial a prestação de um serviço de apoio jurídico ao mais alto nível, sendo capazes de responder – em qualquer circunstância – às necessidades dos clientes e atender com eficácia e celeridade aos desafios inerentes à defesa dos seus direitos e à proteção dos seus interesses. Estando o momento que vivemos em condições complexas e incertas devido à pandemia da COVID-19, como tem vindo a ser para a Cruz Vilaça Advogados o concretizar destes propósitos?
Felizmente, temos podido continuar a trabalhar e a prestar serviços com regularidade e eficácia. Houve, obviamente, uma retração por parte do mercado, com as empresas mais relutantes a apostar naquilo a que podemos chamar de advocacia preventiva – isto é, aquela que permite evitar conflitos e reduzir danos futuros. A dimensão internacional em que sobretudo nos movemos tem, contudo, permitido manter um ritmo constante de crescimento do nosso escritório, no meio de uma situação muito difícil para a generalidade das empresas, que têm sofrido com as consequências da pandemia, a menor das quais não é a incerteza sobre o futuro.

Tendo a sua estratégia e atuação no mercado já (bem) estabelecida, o que alterou com a chegada da pandemia até ao momento?
Do ponto de vista operacional, os nossos advogados e consultores têm trabalhado sobretudo a partir de casa. Os espaços do escritório são higienizados e organizados para ter em conta os cuidados a ter com a pandemia. As reuniões fazem-se exclusivamente por teleconferência. Enfim, no plano estratégico estamos obviamente limitados em termos de contacto com o mercado e os nossos clientes, mas procuramos ainda assim estar tão presentes quando possível, fazendo-os perceber que contam connosco em todas as circunstâncias, para os apoiar.

Há quem defenda que das adversidades surgem as oportunidades. Assim, que novas ideias se ergueram para contornar a crise pandémica e elevaram a Sociedade Cruz Vilaça Advogados?
O trabalho de equipa, que pudemos desenvolver e consolidar. Curiosamente, diríamos quase contra intuitivamente, o facto de os advogados e consultores se terem visto muito pouco nestes últimos meses – quase a chegar ao ano – incentivou a entreajuda, a partilha de trabalho e dossiês, reforçando aquela que é a nossa ideia mestre enquanto escritório “boutique”, especializado em direito europeu, e que é a de uma atividade assente na personalização de uma advocacia que se vai tornando, por vezes, excessivamente burocrática, altamente especializada e, ao mesmo tempo, despersonalizada. Isto é, e queremos prová-lo, pode-se ser especialista em direito da União Europeia, conhecer a fundo os meandros do direito da concorrência ou os mecanismos de salvaguarda dos direitos fundamentais, e ser ao mesmo tempo juristas “holísticos”, que não deixam de fora nenhuma dimensão do Direito, seja ele internacional, nacional, das novas realidades tecnológicas ou das velhas áreas da humanística com raízes no nosso passado.

Sendo uma empresa multifacetada em Portugal e na Europa, como nos pode descrever o panorama atual do mundo jurídico face ao contexto e consequências que vivemos?
O mundo jurídico vive tempos complexos e ao mesmo tempo altamente desafiantes, como acontece com a generalidade das empresas e dos profissionais. Também nele aumenta a precariedade e não é só em Portugal. As novas realidades tecnológicas apresentam complexidades e propõem desafios difíceis, que obrigam a graus de especialização por vezes muito sofisticados. Essa parece-nos ser uma das principais características do mundo jurídico atual, em que o desequilíbrio entre uma oferta especializada e o tradicional serviço jurídico generalista gera por vezes tensões e incompreensões. No entanto, ambos são necessários e se completam mutuamente. Os advogados – e os juristas em geral – estão confrontados também com âmbitos jurídicos distintos e nem sempre facilmente conciliáveis, que coincidem com a sobreposição de níveis de soberania, do nacional ao internacional, passando pelo supranacional. E a própria legislação tem cada vez mais origem em fontes múltiplas, por vezes de difícil leitura, tornando complexa a determinação das jurisdições competentes e delicada a ação dos juristas – advogados e magistrados – envolvidos. É toda uma nova realidade em desenvolvimento; o nosso escritório, enraizado, como dizem, em Portugal e na Europa, conhece-a bem e procura, neste contexto, oferecer valor e conhecimento (que é igualmente valor) aos seus clientes e amigos.

Acredita que há ainda espaço para um 2021 positivo? Que projetos novos e singulares têm planeados para este ano, fazendo jus à qualidade dos serviços prestados, à prontidão na satisfação das necessidades dos clientes, no rigor e na ética conhecidos pela Cruz Vilaça Advogados? ´
Esperemos que ainda haja tempo para um 2021 que permita a todos em Portugal (e, em geral, num mundo cada vez mais interdependente), recuperar uma parte da riqueza e dos laços que se perderam. A nossa oferta procura associar equipas multidisciplinares, motivadas e complementares, orientadas para as necessidades dos clientes. Em cada caso, a assistência prestada conta para o trabalho a desenvolver, com um conjunto de juristas não apenas especializados, mas com competências que cobrem um largo espetro, incluindo “softskills” úteis para os propósitos em vista. Somos advogados, mas também amigos – exigentes, solidários, eficientes e eficazes. No ano em curso, recebemos novos e jovens advogados, que treinamos e preparamos para o mundo da advocacia, da economia, do trabalho.