Início Atualidade “FAZER A DIFERENÇA DEVE SER A NOSSA MOTIVAÇÃO DIÁRIA”

“FAZER A DIFERENÇA DEVE SER A NOSSA MOTIVAÇÃO DIÁRIA”

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“FAZER A DIFERENÇA DEVE SER A NOSSA MOTIVAÇÃO DIÁRIA”

Na Serenity, o foco é o acompanhamento médico permanente, orientação e aconselhamento profissional, emocional e físico. Já com um percurso (bem) consolidado em Angola, a marca dá agora os primeiros passos em Portugal. Que mais-valias pretende trazer à população portuguesa?
A Serenity é fruto de uma relação entre pessoas que partilham uma paixão comum: criar impacto positivo na vida das pessoas, melhorando significativamente o seu bem-estar e qualidade de vida. As pessoas que escolhemos para trabalhar connosco partilham dessa mesma loucura, e juntos ambicionamos criar as condições necessárias para que o doente crónico viva a sua condição – de longo prazo – com dignidade, preservando a sua autonomia e bem-estar geral.
Após um longo período de análise ao setor da saúde em Portugal, concluímos que existem algumas lacunas no que concerne à prestação de cuidados de saúde e acompanhamento do doente crónico. O doente crónico, padece de uma condição de longo prazo, que requer um acompanhamento continuado e personalizado, pois cada pessoa é única, com necessidades e características singulares. E é isso que queremos alcançar através da Serenity, que cada pessoa preserve a sua identidade, apoiando na conquista de rotinas mais saudáveis e experiências de vida mais gratificantes, junto dos seus familiares e amigos.
Reconhecemos a importância do ser social, e queremos em conjunto com o doente crónico encontrar formas de preservar a autoestima, liberdade e autonomia.
De Angola trazemos experiência e conhecimento. Acumulamos milhares de interações com clientes em condições similares e com eles crescemos e aprendemos como criar uma verdadeira experiência de cliente. O que nos diferencia é a forma como queremos que os nossos clientes se sintam emocional e psicologicamente, através deste acompanhamento consistente e personalizado.

A Serenity conta com uma equipa de profissionais experiente e disponível para desenhar a solução que melhor se adequa às necessidades de cada um. Quais são as áreas de atuação da marca e de que soluções estamos a falar?
Na Serenity, criamos programas de apoio ao paciente que permitem fazer um acompanhamento permanente e em qualquer etapa da sua jornada. Nesses programas podemos incluir os serviços que melhor se adequam à situação clínica do paciente.
Todos os programas incluem um Gestor de Paciente dedicado, o qual irá acompanhar o paciente ao longo da sua jornada. Este Gestor é também responsável por fazer a ponte com os restantes serviços de apoio e acompanhamento, de entre os quais destacamos o Enfermeiro 24/7 disponível via telefone/whatsapp, consulta médica online ou ao domicílio, consulta de enfermagem ao domicílio, apoio emocional e psicoterapêutico, coaching, acompanhamento nutricional e o uso de tecnologia, através de wearables que monitorizam o seu estado clínico em tempo real.
Esta combinação de meios humano e digital permite melhorar os níveis de confiança do paciente, preservando a sua autonomia e rotina diária.

A Rita Matias defende que estamos neste mundo para fazer a diferença, para melhorar a vida de alguém. Enquanto Managing Partner da Serenity, é com o lema “fazer a diferença” que pretende alcançar o (re)conhecido sucesso e qualidade da marca no mercado português? De que forma?
Fazer a diferença deve ser uma “atitude de vida” e não um lema ou chavão bonito. Fazer a diferença deve ser a nossa motivação diária, o que nos faz sentir vivos, seja qual for a atividade ou função que desempenhamos. Aquele sentimento de poder contribuir para uma causa maior e usar o nosso poder (por mais pequeno que possa parecer) para apoiar as pessoas, transformar as comunidades e/ou as empresas. A nossa atividade, seja qual for, deve ter em conta o todo, o valor que agrega nessas comunidades/ empresas.
Na Serenity, estamos empenhados em melhorar o que fazemos e como fazemos, ajustando as abordagens que melhor reflitam as necessidades da comunidade.
Temos confiança no impacto positivo que podemos criar na vida das pessoas. Queremos, através do nosso apoio e acompanhamento, melhorar também os níveis de confiança de cada paciente.

Quão gratificante é, para a Rita Matias, estar à frente de uma empresa que se rege por melhorar diariamente a vida dos doentes?
É muito gratificante para mim trabalhar naquilo em que acredito e contribuir para melhorar a vida de alguém, nem que seja uma pessoa de cada vez.

Ainda nos dias de hoje é debatido o tema no âmbito da igualdade de géneros. Nesse sentido, acredita que o dia 8 de março (data que celebra o Dia Internacional da Mulher), é de extrema importância para relembrar as conquistas pelos direitos – direitos esses que, na prática, ainda não estão totalmente consolidados?
Reconheço que ainda existe uma enorme desigualdade entre géneros. A questão da desigualdade pode levar décadas a ser ultrapassada porque está enraizada na forma de pensar e de agir há muitas gerações.
Mudar este paradigma passa pela (re)educação em casa, nas escolas e nas empresas. As mulheres, por outro lado, têm que parar de se sentir mal por saberem o que querem, por serem ambiciosas, por terem ideias inovadoras, por serem mais inteligentes, mais cultas ou terem um melhor salário.
O papel da mulher é fundamental para o crescimento das empresas e da economia. Cada vez que uma mulher se conforma com a sua posição porque tem medo de pedir um aumento salarial, porque tem medo de ser despedida, porque tem medo de lutar por aquilo que merece, estamos todos a perder.
Mais do que uma luta por igualdade de direitos entre géneros, esta é uma luta por direitos humanos. A ideia de igualdade de direitos deve estar no mesmo lado espectro e não em lados opostos, como se fossemos inimigos. Se queremos fazer a diferença neste mundo, precisamos uns dos outros, precisamos de usufruir do potencial uns dos outros, libertar a genialidade em cada pessoa.
Os homens têm que parar de se sentir ameaçados e apoiar esta luta por direitos iguais, pois também vai afetar o sucesso das suas filhas, netas, esposa. Isto não é só sobre nós. É sobre algo muito maior que nós, é sobre as gerações futuras, sobre aquilo que queremos para os nossos descendentes e para o mundo em que eles vão coabitar.

Que mensagem gostaria de deixar aos nossos leitores, dando voz pela Serenity, uma vez que vivemos atualmente um momento complexo no que à saúde coletiva e individual diz respeito?
O impacto da pandemia no bem-estar emocional e psicológico poderá ser devastador e a recuperação, para muitas pessoas, será longa. O distanciamento social tem condicionado as ligações afetivas e muitas pessoas sentem que “carregam” a atual situação sozinhas. O sentimento de distanciamento vai muito além da questão física. É emocional e “chega a doer” – referem algumas pessoas, sobretudo as mais idosas ou que vivem sozinhas. No outro lado do espectro, temos as famílias. Umas em regime de teletrabalho, com os filhos na escola virtual, outras em situação precária e sem emprego. É muita pressão, stress e ansiedade acumulados. O ser humano é um animal de rotinas e, de repente, perderam-se as rotinas e também a perspetiva do que será o futuro! A questão é se teremos a capacidade de recuperar totalmente, enquanto humanos e enquanto sociedade. Para ser possível uma recuperação total, é fundamental o apoio de profissionais de saúde e pessoas competentes a lidar com estas questões tão delicadas que afetam a saúde individual e coletiva.
Por sabermos disso, na Serenity, desenvolvemos programas de apoio emocional e psicológico que permitem fazer o acompanhamento prolongado do Paciente, com a nossa equipa de Psicólogos e Neuropsicólogos. Enquanto as pessoas não se recuperarem a 100% também não poderão contribuir a 100% para a recuperação da economia, através do seu trabalho, seja qual for. Precisamos estar bem, física e psicologicamente, para podermos ser os profissionais que o país precisa para a retoma económica e social.