A Ana Quental conta com um percurso sólido na área financeira e diferentes negócios em ambientes de multinacional e grandes empresas nacionais. Gostaríamos de conhecer melhor a sua história. O que nos pode contar?
Resumidamente uma carreira com uma vasta aprendizagem em variadíssimos negócios, empresas e equipas, com grande foco na área financeira mas muito orientada ao negócio e aos resultados. Grandes projetos a nível de organização de processos transversais à empresa, organização de equipas, participação em projetos internacionais.
Um percurso feito com base em objetivos bem definidos, e uma busca constante de mudança garantido uma contribuição com valor acrescentado em todas as organizações, deixando evidente uma referência, uma “assinatura própria”.
Atualmente é Partner da PrimeUneed – uma empresa que nasceu em 2018 da paixão pela área financeira e do espírito empreendedor dos seus sócios, para a realização de um projeto comum. No que consiste exatamente este projeto e de que forma se diferencia no mercado?
Um projeto que nasce para dar continuidade e aplicabilidade a toda uma sólida experiência dos sócios adquirida em contextos multidisciplinares, que poderão possibilitar, em outsourcing, um vasto know-how ao nosso tecido empresarial, que por vezes não é possível ter internamente dada a dimensão e a realidade individual de cada empresa.
Neste ambiente para onde somos cada vez mais direcionados, as empresas têm que focar-se no seu core business e deixar para os especialistas as questões de gestão financeira, essenciais à tomada de decisão, mas por vezes complexas.
Os valores que ditam a diferenciação da PrimeUneed estão definidos na sua missão, em que o foco é o serviço ao cliente, apostando na qualidade e transparência dos serviços prestados. Queremos ser um dos parceiros estratégicos na gestão das empresas criando valor nos seus negócios.
Sabemos que tem especial apetência para reorganizar equipas, sendo por isso uma líder natural. Quais diria serem as características fundamentais que um líder deve assumir no mundo dos negócios? De que forma entendeu, ao longo da sua vida, o gosto pela liderança?
Em termos de liderança sou da opinião que é algo natural e que vai sendo desenvolvida com a experiência, mas estará intrínseca em cada indivíduo. Características como a capacidade de planeamento, de comunicação, não ser avesso à mudança, de ouvir as diferentes opiniões, gerir conflitos, pragmatismo, tomada de decisão e resolução de problemas são muito úteis a quem lidera equipas.
O gosto pela liderança parte naturalmente do gosto pela comunicação em geral e em particular pela apetência para um contexto de trabalho em equipa.
Em dezembro do ano de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas para relembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres que lutaram pelos seus direitos. Apesar do muito já concretizado, há quem assegure que existe ainda um longo caminho a percorrer para que a igualdade entre homens e mulheres seja uma realidade efetiva. Neste sentido, considera que – e tendo em conta o seu percurso profissional – ainda há muito para mudar?
Sou da opinião que realmente já se fez um grande percurso, contudo ainda continuamos a verificar situações que mostram o contrário. Existem setores, onde persiste alguma resistência a que as mulheres ocupem cargos de direção/chefia, principalmente os mais tradicionais, e onde o reconhecimento do valor profissional é medido pelo género. Esta influência para a mudança tem que partir, igualmente, de cada uma de nós, com a capacidade de resiliência e foco nos objetivos que são definidos a nível pessoal e profissional.
Que mensagem gostaria de deixar a todas as mulheres que, como a Ana Quental, lutam diariamente por ultrapassar os desafios impostos pela diferença de género?
Uma mensagem curta, que transmito à minha filha desde que ela é pequena, para lhe incutir a autoconfiança necessária e prepará-la para o contexto social e profissional – a palavra desistir não faz parte do nosso dicionário!