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“POTENCIALIZAR AS VENDAS E CHEGAR A OUTROS MERCADOS”

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“POTENCIALIZAR AS VENDAS E CHEGAR A OUTROS MERCADOS”

A AIIE nasceu no ano de 2016 assumindo-se como uma entidade que pretende responder às necessidades que as empresas – em especial as de micro e pequenas dimensões – possam ter no processo de internacionalização. Assim, e celebrando o 5º aniversário, quais considera terem sido os marcos mais importantes na caminhada da Associação?
Cinco anos é um período relativamente curto, porém, a AIIE é uma associação dinâmica e com grande vontade de crescer e alargar a sua esfera de atuação. Sendo o nosso grande objetivo estar ao lado das micro e pequenas empresas portuguesas, orgulhamo-nos de ter trabalhado com várias e desenvolvido projetos sustentáveis que não se esgotam rapidamente e que contribuem de facto para um tecido empresarial mais rico.
A abordagem que desenvolvemos é extremamente completa uma vez que apoiamos as empresas em duas dimensões: a dimensão interna e externa. A primeira remete para processos de organização intrínsecos ao funcionamento da empresa, como por exemplo o logístico, questões de cariz financeiro e digital. O objetivo nesta fase é construir uma estrutura sólida e preparar a empresa para um estágio superior, com desafios mais complexos: a internacionalização. Nesta dimensão externa, o propósito principal é potencializar as vendas e chegar a outros mercados.
Ao longo destes anos trabalhámos ao lado de cerca de trinta empresas, apoiando recursos humanos e garantindo que são desenvolvidos processos relevantes com foco no crescimento. Esta missão é muitas vezes cumprida no âmbito do Programa Formação-Ação do Compete 2020, onde já apoiámos a transição digital de várias empresas portuguesas, um dos grandes pilares atuais, e através do qual desenvolvemos também outros processos.
Organizamos também a presença de empresas e produtos nacionais em certames internacionais. Em 2018, no Luxemburgo, representámos as Câmaras de Torres Vedras e Alenquer com a marca Cidade Europeia do Vinho e demos a conhecer quatro vinhos da região. Neste mesmo certame, e no nosso espaço na Portugal Expo, estiveram presentes oito microempresas que a custos reduzidos puderam apresentar os seus produtos no exterior.

Que projetos/lançamentos irão marcar a nova etapa da AIIE, marcada pelos cinco anos de existência?
O ano de 2020 foi muito desafiante. De forma a não cruzarmos os braços e com empenho na missão de apoiar os nossos associados foram vários os projetos idealizados. Alguns deles ganharam vida e agora queremos dedicar a nossa atenção ao seu desenvolvimento e promoção. É este o caso do Marketplace AIIE, um e-commerce que irá agregar diversos produtos e serviços e cujo objetivo é que seja também uma plataforma de divulgação de empresas nacionais, garantindo uma visibilidade conjunta dos produtos portugueses. Como trabalhamos com internacionalização e exportação, queremos aliar este espaço online ao nosso grande propósito.
Por outro lado, este ano temos ainda como objetivo desenvolver relações com mercados onde ainda não entrámos mas que evidenciam ser interessantes na absorção de produtos portugueses. Serão adicionados à nossa lista de parceiros, que já inclui Brasil, Moçambique, Finlândia e Perú.
A consultoria e a formação são áreas que pretendemos continuar a desenvolver e consolidar nos próximos anos.

Sendo que a AIIE tem por missão contribuir ativamente para o desenvolvimento e a produtividade das empresas portuguesas, como tem vindo a decorrer a concretização da mesma em tempos de pandemia global?
Os tempos atuais são marcados por muitas incertezas e indecisões nas tomadas de decisão. O nosso trabalho é desenvolver um plano eficiente que garanta os melhores resultados possíveis, com base nos recursos que as empresas têm à sua disposição e que estabeleça objetivos rigorosos. Por conseguinte, tentamos minimizar riscos e incertezas inerentes ao processo de internacionalização procurando os melhores parceiros e desenvolvendo estratégias apropriadas para cada empresa.
Na impossibilidade de concretização de eventos presenciais, temos prosseguido com várias reuniões à distância e temos em curso um plano muito interessante no setor dos vinhos. Em janeiro deste ano, arrancámos com a apresentação de empresas portuguesas deste setor no mercado brasileiro, contando para este efeito com uma parceria local. Esperamos que no primeiro semestre sejam formalizados os primeiros contratos de vendas.

De que outras formas a AIIE contribui para um tecido empresarial português mais robusto?
Através do nosso posicionamento externo temos acesso a várias oportunidades que nos permitem partilhar Portugal e promover o país de forma bastante positiva. Fazemo-lo no âmbito de desenvolver parcerias, estimular investidores e contribuir para que o nosso país seja percecionado como uma localização atrativa e segura.
Enquanto associação empresarial profundamente relacionada com questões de comércio, sabemos o quão importante é para a nossa economia o estímulo de relações com o exterior, principalmente quando as iniciativas contribuem para a sociedade de forma positiva e responsável. É por esta razão que, em plena pandemia, orgulhamo-nos de ter prestado um apoio completo na constituição de uma empresa em Portugal. A nossa equipa contribuiu com todo o apoio legal necessário para que os investidores estrangeiros dessem os primeiros passos e sentissem que havia um ambiente seguro para realizar a operação. Após o processo de constituição da empresa estar formalizado, também a marca foi trabalhada por nós em termos de imagem e comunicação através da criação de um site. Atualmente, fazemos todo o acompanhamento no que toca às obrigações legais, fiscais, contabilísticas, recrutamento e seleção de colaboradores e fornecedores, diretamente ou com as entidades com quem temos parceria para estas atividades.
Este processo inverso é uma questão muito importante do nosso trabalho, e que reconhecemos ser de uma grande responsabilidade. Afinal, assumimos o papel de promover o país, favorecendo a sua imagem e contribuindo para o desenvolvimento de boas práticas. Como resultado, iremos sempre encarar como algo positivo fazer parte da criação de empresas saudáveis, com capacidade de crescimento e de gerar empregos no país.

A prospeção, o conhecimento e o acesso a novos mercados, são apenas algumas das vantagens que a internacionalização apresenta para os negócios. Além disso, quão relevante e importante é, na atual conjuntura, esta internacionalização?
Na AIIE partilhamos a ideia de que a internacionalização constitui uma grande oportunidade. Oportunidade de crescimento, de expansão de relações comerciais e de desenvolvimento de processos produtivos. Este pressuposto carece, por si só, de uma maturidade que nem todas as empresas têm e de uma estrutura capaz de dar resposta às exigências inerentes. Porém, deve ser encarado como algo positivo que impulsiona as empresas a adotarem melhores práticas e a serem mais inovadoras na sua oferta.
O problema da crise que vivenciamos é que não conhece fronteiras, porém e em contrapartida, configura-se de forma distinta no espaço em função de várias questões político-económicas. Por esta razão, com maior ou menor velocidade, esta atividade continua a ser desenvolvida e pode ser uma forma de compensar a queda nas vendas internas, ou mesmo impulsionar a atividade de empresas que foram forçadas a reinventar-se.

Neste sentido, uma vez que a Associação é o braço direito dos negócios no seu processo de internacionalização, o que é que pode proporcionar no apoio a este desiderato, face às consequências que se atravessam?
Acreditamos que o melhor serviço que podemos prestar é a garantia do apoio profissional aos nossos associados e rodeá-los de recursos humanos competentes e com currículo nesta área que é tão complexa e exigente. Neste sentido, e após 5 anos de existência, decidimos constituir e formalmente apresentar o nosso Conselho Consultivo composto por profissionais que acreditamos ser um ativo muito importante e com o perfil indicado para ajudar os nossos associados a ultrapassar este momento.
O objetivo base deste CC é garantir às empresas um aconselhamento especializado de profissionais com experiências distintas, o que irá permitir um acompanhamento multidisciplinar. As áreas de intervenção dos nossos Conselheiros vão desde o direito e logística até à gestão de grandes empresas com historial de êxito na entrada em vários mercados, passando agora a ser uma peça chave nos nossos serviços.

Como perspetiva o futuro do estímulo de atividades da sua comunidade de associados que visem a internacionalização e a inteligência económica?
Encaramos o futuro de forma positiva. Estamos a desenvolver vários mecanismos de promoção da atividade dos nossos associados: seja pela via tradicional, com base em parceiros internacionais, seja através do canal online de e-commerce (Marketplace AIIE).
Queremos ser facilitadores do processo de internacionalização, atuando sempre com base na informação estratégica dos setores económicos dos que à AIIE recorrem, garantindo igualmente a proteção dos agentes económicos. A Inteligência Económica não é um fim, mas um meio para a internacionalização.

A terminar, e de forma a celebrar as cem edições da Revista Pontos de Vista, uma vez que a AIIE tem sido uma parceira ativa, quais têm sido as mais-valias que a nossa comunicação tem trazido até ao momento à Associação?
A nossa presença regular na vossa revista tem dado visibilidade à atividade da Associação e tem sido importante em termos de imagem a nível nacional e promoção internacional. Os nossos Parabéns por este número e votos de muitos mais!!

CONSELHO CONSULTIVO
JOÃO PALHA
, CONSULTOR E FORMADOR COM 25 ANOS DE EXPERIÊNCIA NO SETOR DA LOGÍSTICA ALIMENTAR COM DESTAQUE PARA INTERVENÇÕES AO NÍVEL ORGANIZACIONAL.

JORGE VERÍSSIMO, ADVOGADO E CONSULTOR COM 40 ANOS DE EXPERIÊNCIA NA ASSISTÊNCIA JURÍDICA A DIVERSAS EMPRESAS NACIONAIS E ESTRANGEIRAS.

ANTÓNIO CABRAL LEITÃO, “FOOD CONCEPT DEVELOPER”. MAIS DE 25 ANOS DE EXPERIÊNCIA NO SECTOR ALIMENTAR. FUNDADOR DA PRIMUS EMPRESA PREMIADA COM O SABOR DO ANO, PRODUTO DO ANO E 5 ESTRELAS.

JOAQUIM GOMES, 30 ANOS DE EXPERIÊNCIA ENQUANTO DIRETOR COMERCIAL DA NORMAX, FOCADO NO DESENVOLVIMENTO DOS MERCADOS EXTERNOS, GESTÃO DE EQUIPAS DE VENDAS, PLANEAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DE ESTRATÉGIAS INTERNACIONAIS.