Início Atualidade “É SEGURO VIAJAR PARA OS AÇORES E DESFRUTAR DA EXPERIÊNCIA”

“É SEGURO VIAJAR PARA OS AÇORES E DESFRUTAR DA EXPERIÊNCIA”

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“É SEGURO VIAJAR PARA OS AÇORES E DESFRUTAR DA EXPERIÊNCIA”

Os Açores são o segredo mais bem guardado da Europa – tranquilo, de beleza rara e sempre acolhedor. Mesmo em momentos atípicos como aquele que vivemos já há largos meses. Enquanto CEO da VisitAzores, que balanço é possível fazer do ano de 2020, tendo em conta os desafios que surgiram?
O ano de 2020 arrancou com grande entusiasmo e expetativas, mas a chegada da pandemia que transformou a vida de toda a gente. Desde o início, o principal foco do Governo dos Açores e da Turismo dos Açores | ATA foi a segurança, e com uma pandemia a nível mundial acabamos por sofrer uma quebra acentuada dos fluxos turísticos. No entanto, acreditamos que este posicionamento centrado na segurança, nos tem colocado numa posição privilegiada para a retoma.

Apesar dessas mesmas adversidades e das mudanças impostas para a segurança comum, há aspetos intocáveis e inegáveis: as paisagens de tirar o fôlego, as lagoas extraordinárias, as cascatas de água quente… É legítimo afirmar que este conjunto de características únicas puderam ser melhor preservadas nos últimos meses?
Sendo os Açores um destino não massificado, e com uma grande sensibilidade para a preservação da biodiversidade do arquipélago, acredito que todas as condições pré pandemia já iam muito nesse sentido. Os Açores são o primeiro e único arquipélago do mundo a obter a certificação internacional de sustentabilidade, de acordo com os critérios internacionais do Conselho Global do Turismo Sustentável – sendo este um trabalho do Governo, entidades públicas e privadas no sentido de preservar ao máximo os recursos naturais, que fazem dos Açores um destino único.

Há quem defenda que das adversidades surgem as oportunidades. Assim, para a VisitAzores, que partido retiraram e continuam a retirar da atual conjuntura? Acredita que, por exemplo, as pessoas começaram a admirar mais e melhor as qualidades dos Açores?
Efetivamente verificamos uma alteração nas motivações da procura. Os viajantes estão cada vez mais despertos para as questões da segurança sanitária, da sustentabilidade, privilegiam destinos com menos aglomerados de pessoas, procuram o mais autêntico e natural. Os vários confinamentos e restrições, têm vindo a aumentar a necessidade e a procura, dos viajantes, pelas experiências ao ar livre, respirar ar puro e o contacto com a natureza – enquanto sinónimo de saúde e bem-estar. Assim sendo, acreditamos que será consequência natural uma maior procura para o destino, e, pela proposta de valor receberemos sempre mais atenção e melhor feedback de quem nos visita.

Já é possível analisar que o mindset da população no geral acabou por mudar, adaptando-se ao “novo normal” que vivemos. Consequentemente e no que à comunicação organizacional diz respeito, também ela mudou para ir ao encontro das necessidades que ocorreram. No caso da VisitAzores, de que forma acompanharam esta mudança? O que mudou?
No que diz respeito à comunicação institucional da Turismo dos Açores | ATA, mantivemos e reforçámos o foco na comunicação do destino enquanto destino não massificado, sustentável e de segurança. Uma vez que existiu uma alteração comportamental, inclusivamente ao nível da forma como se consome o conteúdo, esta mudança veio acelerar o processo de digitalização da ATA – business intelligence (informação preciosa para a tomada de decisões nos mercados), mas principalmente ao nível da comunicação promocional, com maior foco nos canais digitais de promoção do destino.

Neste processo de transformação e já no ano de 2021, qual será o percurso que pretendem ver consolidado nos próximos meses nas suas ações de promoção e divulgação do destino Açores a nível nacional?
Apesar de nos Açores já se viver com certa “normalidade”, cumprindo todas as regras, mas com maior liberdade (fruto de todas as medidas implementadas desde a partida para o destino, como a obrigatoriedade da apresentação do teste negativo para viajar, um custo suportado pelo Governo dos Açores, até às medidas implementadas pelas empresas regionais no âmbito do programa Clean & Safe), sabemos que a realidade nacional não é a mesma. É difícil prever ou especular nesse sentido, mas o que pretendemos ver consolidado é a perceção positiva e preferencial pelo destino, ao nível da segurança sanitária, porque efetivamente todas as entidades regionais estão a trabalhar afincadamente nesse sentido. Desta forma, sendo o mercado nacional prioritário, queremos posicionar-nos, já a curto prazo, no top of mind dos portugueses como o destino a viajar.

Falando agora internacionalmente, qual é a estratégia que têm em mente para captar a atenção dos potenciais turistas, uma vez que haverá uma maior preocupação das comunidades distintas, em sair das suas casas e desfrutar de um outro país em segurança?
A estratégia internacional não será muito diferente do que iremos fazer a nível nacional: a diferença estará na escolha dos mercados emissores estratégicos. O continuo investimento na informação (data) tem-nos dado alguns insights acerca da variação na procura pelo destino – oportunidades e potencial de crescimento. Em paralelo, acompanhamos com muita atenção a evolução das restrições, medidas, e obviamente a política de vacinação de cada mercado emissor.

Gostaria de deixar uma mensagem aos nossos leitores e a todos os que desejam visitar os Açores neste ano que acaba de começar?
Essencialmente gostaria de deixar duas mensagens: a primeira, de confiança: é seguro viajar e desfrutar dos Açores. Visitar os Açores, neste contexto, é uma experiência completa, quer a nível de experiências (trekking, whale e bird watching, mergulho, surf, golf, entre outros), quer a nível de paisagens a descobrir e até a nível gastronómico – neste momento temos a nossa operação turística a funcionar e os restaurantes abertos até à meia noite.
A segunda mensagem é de compromisso: não vamos abdicar da segurança dos açorianos e nossos visitantes. É um foco neste momento, será na preparação da retoma, assim como se manterá quando esta acontecer. Os Açores enquanto destino não massificado, sustentável e seguro, de natureza deslumbrante, continuaram a proporcionar um contacto imersivo a quem nos visita.