Início Atualidade “O SETOR IMOBILIÁRIO É UM FORTE MOTOR DA ECONOMIA”

“O SETOR IMOBILIÁRIO É UM FORTE MOTOR DA ECONOMIA”

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“O SETOR IMOBILIÁRIO É UM FORTE MOTOR DA ECONOMIA”

O investimento imobiliário é, desde sempre, o seu principal propósito – ou fascínio. Com um percurso totalmente consolidado na área, Nelson Raimundo admite que o que gosta mesmo, tanto na carreira técnica como na qualidade de investidor, é procurar um produto um asset, “olhar para ele e transforma-lo, criar valor, mais-valia, e não é só para nós… Também é para quem vem a seguir. Se o cliente final pensar mais tarde em vender, tem de ter espaço de análise financeira para, também ele, criar valor no seu investimento”, assegura.
Sendo este o seu pensamento crítico no respeita ao imobiliário, é exatamente através dessa estratégia que a BigZeal se rege há cinco anos. “Na BigZeal dedicamo-nos mais ao investimento, criamos sinergias com a nossa equipa e com o nosso know-how aplicamos as ideias aos nossos próprios investimentos. É essa notoriedade que nos faz crescer no mercado e felizmente, no ano passado, a empresa cresceu 265 por cento”. Num ano extremamente atípico, a BigZeal teve a capacidade de, com os seus serviços de qualidade, crescer. Para Nelson Raimundo, este crescimento pode ser caracterizado de duas formas: trabalho e sorte.
Além disso, pode ir também ao encontro do quererem fazer a diferença. Pautam o seu caminho com um trilho muito bem definido e vincado, tentando desenvolver produtos distintos e não mais uma alternativa no mercado.
Em curso, tem atualmente três segmentos diferentes dentro do mercado imobiliário. “Temos em desenvolvimento umas moradias em área residencial, escritórios que vendemos em rendimento, transformamos e colocamos o produto no mercado, e o outro projeto é no Alentejo – preparado para um turismo de luxo, com uma arquitetura arrojada e enquadrada. Acredito plenamente no sucesso do mesmo”, afirma o nosso entrevistado.

A PANDEMIA E A SUA INFLUÊNCIA NO MERCADO IMOBILIÁRIO
Longe de imaginar que iríamos atravessar uma pandemia que pede, sobretudo, distanciamento social, a BigZeal já vem a desenvolver projetos incrivelmente bem preparados para tais necessidades. “No segmento dos escritórios, com o conceito de small office, já o vimos a potencializar há dois anos porque pensámos que as empresas iriam procurar fazer um down sizing. Queriamos colocar um produto diferente no mercado e dar oportunidade às empresas mais pequenas”, assegura Nelson Raimundo, acrescentando ainda que “o conceito do Alentejo é, mais uma vez e na minha opinião, ajustado à pandemia. As pessoas procuram mais qualidade, mais espaço e mais ar livre. Procuram distanciamento social e este projeto, inserido em 6.5 hectares, tem muito espaço onde as pessoas podem estar sozinhas. Sem querer, já estava preparado. Por curiosidade, onde tem havido mais procura, é a zona de Estremoz e Monforte”.
Certo é, as pessoas mudaram a sua perspetiva e, se em tempos preferiam viver perto do local de trabalho, hoje – e não esquecendo que todos estamos a experimentar um novo modelo de teletrabalho – não se importam de se deslocar por uma vida mais cómoda e segura, longe do meio populacional das cidades.
Já as moradias também, segundo o nosso entrevistado, estão enquadradas. São perto de Sintra e completamente isoladas.
Não Só no Alentejo, também no interior do país se tem registado uma maior procura seja de “pessoas, liberais ou profissionais que podem trabalhar a partir de casa. A pandemia fez repensar os empresários e o teletrabalho, na minha opinião, veio para ficar. Será um mix”. Com várias soluções em cima da mesa, muitos afirmam que o mercado imobiliário será, certamente, um dos vencedores da crise pandémica. Nelson Raimundo, concordando com a afirmação reconhece que “o setor imobiliário é um forte motor da economia. Na verdade, em Portugal, os dois principais motores são o turismo e o imobiliário. Mal a pandemia comece a atenuar, tanto um como o outro, vão voltar a explodir. Isto é, desde que o Governo não traga grandes restrições para que os investidores continuem com força no nosso país”.
Sabe-se que, a partir de janeiro de 2022 a legislação quanto aos Golden Visa vai alterar, restringindo-os apenas para o interior de Portugal. “É um risco crasso. Vai fazer com que os investimentos baixem substancialmente. O impacto de não existirem mais Golden Visa do ponto de vista da área residencial, compreendo e até aceito, mas poderiam retificar alguns pontos e melhora-los… Não com um corte radical. É uma grande fatia com peso e capital financeiro que vai deixar de girar e de existir. Não é o momento ideal, deviam esperar que a economia recuperasse”.
Ainda assim, Nelson Raimundo, otimista por natureza, prevê que haverá espaço para um futuro positivo. Para a BigZeal e os seus projetos melhor não poderiam estar. “O projeto a desenvolver e construir a seguir vai ser no Alentejo, o Boutique Hotel. Vamos começar com a construção e coloca-lo no mercado para exploração. Irá demorar mais ou menos dois anos até à sua finalização. A estratégia passará em simultâneo pelo interior”. Entre outros projetos mais pequenos, como reabilitações, espera-se, com toda a certeza um vindouro promissor.