Como explica José Manuel Boavida, Presidente da APDP, “estudos realizados em todo o mundo já demonstraram, que existe maior risco de formas mais graves da covid-19 em pessoas com diabetes. A diabetes tipo 1 como aparece, maioritariamente, na idade infantil e juvenil, faz com que os anos de vida com doença sejam potencialmente mais gravosos, fragilizando-as perante a covid-19. É realmente uma ótima notícia que sejam integrados na população prioritária”, ressalvando que “estamos muito satisfeitos pelo rumo da negociação realizada pela APDP junto do Ministério da Saúde. Foi um processo demorado, mas os resultados são muito satisfatórios. Conseguimos que a diabetes fosse considerada prioritária”.
Na fase em vigor há dois critérios de vacinação a considerar: o critério da idade continua a prevalecer, incluindo todos os cidadãos com mais de 60 anos, onde estão a maioria das pessoas com diabetes; e o critério de doenças listadas como de risco acrescido, onde se enquadram as pessoas com diabetes com mais de 16 anos, tipo 1 ou 2.
A APDP recorda que, neste momento, entre 300 a 400 mil pessoas, isto é, cerca de 30% a 40% das pessoas com diabetes, já foram vacinadas na primeira fase devido à idade ou a comorbilidades associadas. Esta percentagem corresponde ao grupo de pessoas com diabetes e mais de 80 anos, ou com mais de 50 e que tenham, além da diabetes, insuficiência respiratória, cardíaca ou renal, uma população que representa um risco ainda maior de complicações graves.
“É para nós importante que seja reconhecido o risco associado à diabetes independentemente das complicações que lhe possam estar associadas”, refere João Filipe Raposo, Diretor Clínico da APDP. “As pessoas com diabetes sabem desde há 1 ano que são um grupo de risco e como tal é muito importante que a comunicação da vacinação nesta fase seja clara para quem tem diabetes e para os profissionais de saúde”, conclui.