Início Atualidade “O nosso caminho é produzir mais e melhor ciência para o país”

“O nosso caminho é produzir mais e melhor ciência para o país”

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“O nosso caminho é produzir mais e melhor ciência para o país”

O ISCAC – Coimbra Business School tem como missão e objetivo preparar para o exercício de atividades profissionais altamente qualificados no âmbito das ciências empresariais, da administração, da solicitadoria e da informática. Assim, e tendo em conta a digitalização que temos vindo a assistir, de que forma foi este conceito implementado na vossa formação?
De duas formas: no modo como ministramos as aulas e promovemos a investigação; e nos próprios conteúdos que ministramos. É preciso sublinhar que, tanto no ensino superior, como na formação executiva e tal como nos negócios e na vida empresarial, há um antes e um depois da pandemia da Covid-19.
No ensino, os estudantes da Coimbra Business School | ISCAC tiveram acesso ao melhor de dois mundos: a experiência insubstituível que o ensino presencial proporciona e, em paralelo, as vantagens que o ensino à distância também revelou nesta pandemia – nomeadamente a possibilidade de os alunos poderem assistir a aulas gravadas, independentemente do local onde se encontrem ou de uma indisponibilidade eventual de estarem presentes.
Quanto aos negócios, atualizámos as matérias lecionadas para os estudantes adquirirem novos conhecimentos e novas competências para saberem responder adequadamente ao “estado da arte” atual. Em qualquer empresa, em qualquer negócio, a pandemia Covid-19 colocou a questão muito premente de saber interpretar, antecipar e preparar o futuro.
Reforçámos as matérias de IT como a cibersegurança e a gestão de fraude. Fizemos o mesmo em relação aos recursos humanos, outra área sensível, uma vez que as pessoas em teletrabalho adquiriram novas noções do que é a realização profissional e a sua própria felicidade pessoal, assim como a sua compatibilização.

Num contexto que exige cada vez mais métodos de trabalho à distância, a contabilidade – tal como outras atividades – tem direcionado as suas práticas para o digital. Considera que a pandemia favoreceu a digitalização neste meio? A contabilidade digital é atualmente uma tendência que veio para ficar?
A contabilidade já estava profundamente digitalizada quando a pandemia Covid-19 acelerou radicalmente a digitalização da sociedade e, sobretudo, das atividades económicas. Hoje, perante o ambiente de reestruturação económica e social que pós-pandemia está a trazer consigo, as empresas precisam de preparar e trabalhar sobre ambientes cada vez mais digitais e interligados!

Na sua perspetiva, quais são os novos desafios e oportunidades, que surgirão com a digitalização da contabilidade, no mercado nacional?
Ambientes empresariais cada mais digitais irão fatalmente levar à relocalização de atividades e a profundas mudança nos hábitos dos consumidores, dos agentes económicos e dos investidores. Não creio que nisso o mercado português seja muito diferente dos mercados internacionais.

É legítimo afirmar que a população estava já preparada para esta transformação das práticas das organizações? No que diz respeito às empresas, que ferramentas são indispensáveis e adequadas para agilizar o processo contabilístico digital
Ainda há muitas competências a desenvolver, nomeadamente no ensino superior, mas tem sido notável a forma como as pessoas e as empresas em todo o mundo evoluíram na digitalização dos seus processos e dos seus serviços. Quantos às ferramentas necessárias em Portugal, é preciso passar à prática o decreto-Lei de fevereiro de 2019, relativo às obrigações de processamento de faturas e outros documentos fiscalmente relevantes, cuja aplicação integral a pandemia tem obrigado a adiar. Devido à Covid-19, as inspeções da Autoridade Tributária têm aceitado a apresentação das faturas em PDF, o que, provavelmente, ficará consagrado como alternativa daqui para a frente. Será também preciso regulamentar de forma eficaz a declaração às autoridades fiscais das bases de dados onde as empresas de contabilidade alojam os seus ficheiros, o que irá criar problemas sensíveis, relacionados com a segurança da informação e dos próprios sistemas, assim como a fiscalização informática.

Num período de médio e longo prazo, de que forma irá o ISCAC (sempre) acompanhar as mudanças e exigências do mercado, sem descurar do ensino reconhecido por ser de excelência?
Como tenho afirmado em diversas ocasiões, o nosso caminho é produzir mais e melhor ciência para o país! Nos últimos três anos a escola triplicou a sua produção científica, boa parte dela publicada em revistas internacionais de reconhecido mérito e com elevado Fator de Impacto. As mais de mil empresas nossas parceiras continuarão a ser um bom indicador do tipo de conhecimento e das competências profissionais que deveremos promover nos nossos estudantes. A opção das empresas e das organizações pelos alunos da Coimbra Business School | ISCAC é, incontestavelmente, o melhor barómetro da qualidade nosso trabalho académico.