Início Atualidade “A AstraZeneca é exemplo na área da sustentabilidade e pretende continuar na liderança”

“A AstraZeneca é exemplo na área da sustentabilidade e pretende continuar na liderança”

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“A AstraZeneca é exemplo na área da sustentabilidade e pretende continuar na liderança”

AstraZeneca é uma empresa biofarmacêutica global e científica que se concentra na descoberta, desenvolvimento e comercialização de medicamentos prescritos. Numa altura tão complexa como a que vivemos, a AstraZeneca tem tido um papel preponderante e decisivo. Como nos pode descrever o dia-a-dia no combate à COVID-19, sem descurar as restantes áreas em que é especialista?

A AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, assumiu desde logo o compromisso de contribuir para o combate à COVID-19 através do desenvolvimento de uma vacina. O trabalho conjunto com diversas entidades a nível global e os esforços das várias equipas no terreno permitiram, em menos de um ano, ter uma vacina aprovada em vários países. Paralelamente, a companhia comprometeu-se a distribuir a vacina de forma equitativa, de modo que os países em desenvolvimento tivessem acesso à mesma, e a fazê-lo sem lucro durante a fase pandémica para todo o mundo. Atualmente, a AstraZeneca assegura o fornecimento de uma parte muito significativa do total de vacinas contra a COVID-19 entregues pela COVAX e a vacina foi já administrada a milhões de pessoas em todo o mundo, tendo contribuído de forma decisiva para o controlo da pandemia.

Mas o nosso contributo no combate à pandemia não se focou apenas no desenvolvimento da vacina. Fizemos donativos para apoiar os sistemas de saúde, promovemos e apoiamos sessões de partilha de informação entre profissionais de saúde de diversos países, mas também momentos direcionados aos doentes portugueses.

Mas, apesar de todo o envolvimento com a COVID-19, a companhia manteve o foco nas três áreas terapêuticas em que atua: cardiovascular, renal e metabólica, respiratória e imunológica e na oncologia para levar aos doentes as terapêuticas mais inovadoras e que fazem a diferença nas suas vidas.

O objetivo tem sido expandir os limites da ciência para fornecer medicamentos que mudam vidas. Acredita que a melhor maneira de alcançar este propósito é colocar a ciência no centro de tudo o que desenvolvem?

A ciência é a base da nossa atividade. Só com um forte investimento na investigação científica podemos cumprir a nossa missão que se centra no desenvolvimento e disponibilização aos doentes das melhores terapêuticas. No entanto, para que isso aconteça, é preciso conhecer profundamente o doente e as suas patologias, razão pela qual o doente está no centro da nossa ação, sendo a razão da nossa existência.

A sustentabilidade e a descarbonização são uma preocupação cada vez mais presente na forma de estar das empresas e a AstraZeneca tem direcionado também o seu caminho nesse sentido, tendo sido nomeada uma das Empresas da Europa com maiores progressos em ações climáticas no evento Financial Times Europe’s Climate Leaders 2021. De que forma tem sido importante, uma marca na área da saúde, preocupar-se e aplicar medidas de sustentabilidade?

Promover a sustentabilidade é uma responsabilidade dos cidadãos e das empresas, independentemente do setor de atividade em que operam. Ser nomeada pelo Financial Times como uma das empresas que mais progressos fez na área da sustentabilidade é, naturalmente, um motivo de orgulho para todos nós, mas também a certeza de que estamos no caminho certo! Na AstraZeneca dividimos a sustentabilidade em três grandes áreas: proteção ambiental, ética e transparência e acesso aos cuidados de saúde. No que diz respeito à AstraZeneca Portugal, e concretamente no pilar da proteção ambiental, temos feito um trabalho exemplar e digno de reconhecimento. Depois de em 2020 a companhia ter atingido a neutralidade carbónica, resultante da plantação de 5000 árvores que compensaram as emissões de CO2 da sua frota, já este ano a companhia subiu mais um degrau e tornou-se Climate Positive, ou seja, com a plantação de mais 5000 árvores, a AstraZeneca passou a contribuir de forma positiva para o ambiente. Paralelamente, e além das alterações feitas ao edifício nos últimos anos – instalação de painéis fotovoltaicos, uso de energias renováveis, substituição da luminária por LED, abolição do plástico – a frota é composta por viaturas com baixas emissões de CO2 (híbridos, plug-in), estando já em marcha um projeto piloto com viaturas totalmente elétricas para arrancar nos próximos meses. É um trabalho constante, com objetivos bem definidos e que envolve o contributo de toda a organização, o que é muito gratificante.

No pilar do acesso aos cuidados de saúde, a companhia tem promovido, a em Portugal em parceira com a Médicos do Mundo, o Young Health Program, cujo objetivo é contribuir para a prevenção e controlo das doenças não transmissíveis junto de jovens provenientes de contextos socioeconómicos vulneráveis e carenciados.

No que diz respeito à ética e transparência, a AstraZeneca aposta no desenvolvimento de uma cultura de negócio assente na ética, na promoção da inclusão e diversidade no seio da organização, no desenvolvimento dos talentos dos seus colaboradores, assim como no bem-estar e segurança das suas pessoas, criando ações que permitam concretizar cada um destes desígnios. Também a defesa dos direitos humanos é um ponto indiscutível, assim como a manutenção de uma cadeia de fornecedores responsável, que passa pelo desenvolvimento de relacionamentos sólidos com fornecedores que tenham em consideração elevados critérios ambientais e sociais, tal como a AstraZeneca.

Além desta responsabilidade social, perante a marca e os seus colaboradores, mas também perante o mercado e a sociedade, é legítimo afirmar que atualmente a sustentabilidade e a descarbonização posicionam-se enquanto valor competitivo e acrescentado para as organizações?

No caso da indústria farmacêutica, não considero que o negócio aumente pelo facto de a empresa ser mais sustentável. O fármaco é prescrito pelo profissional de saúde, tendo em conta uma multiplicidade de fatores clínicos. Não estamos numa área em que o consumidor escolha o produto pelo facto de a empresa ser mais amiga do ambiente. No entanto, considero que é, naturalmente, um fator muito relevante na medida em que contribui para um desenvolvimento mais sustentável da economia nacional e que representa valor acrescentado para a empresa a nível reputacional.

Neste sentido, como se irá posicionar a AstraZeneca num futuro mais verde e livre de carbono? Que medidas serão aplicadas a médio e longo prazo?

A AstraZeneca é exemplo na área da sustentabilidade e pretende continuar na liderança.

Do ponto de vista ambiental, pretendemos continuar a contribuir para o planeta de forma positiva. As iniciativas de reflorestação que iniciámos o ano passado são para continuar, assim como a aposta na redução das emissões, sejam elas da frota ou do edifício. Paralelamente, o uso de plástico foi abolido e o papel reduzido ao máximo.  Além disso, temos em marcha um projeto que irá permitir minimizar a quantidade de resíduos orgânicos produzidos na nossa cantina. Todas as sobras orgânicas irão alimentar uma estação interna de compostagem, cujo composto será utilizado para fertilizar as árvores do nosso jardim, gerando uma economia circular dentro do nosso edifício e para a qual todos os nossos colaboradores poderão contribuir.

No que diz respeito à frota, o projeto piloto que estamos agora a iniciar será o início de uma nova era, uma vez que até 2025 todas as viaturas da companhia serão totalmente elétricas.

Internamente, ambicionamos ser, cada vez mais, um excelente local para trabalhar. Atualmente, e de acordo com um inquérito interno, cerca de 90% dos nossos colaboradores diz recomendar a AstraZeneca Portugal como um excelente local para trabalhar. As nossas pessoas são o nosso ativo mais importante e é por isso que continuaremos a apostar no seu desenvolvimento, na promoção de uma cultura de speak-up, onde a diversidade é vista como potenciadora da inovação, na garantia da segurança e bem-estar dos nossos colaboradores, assim como na promoção do work-life balance e num pacote de benefícios bastante atrativo. Nos dois últimos anos vimos as nossas práticas de recursos humanos reconhecidas como das melhores do mercado através da distinção Top Employer, algo que queremos manter, naturalmente.

Iremos, também, continuar a investir na comunidade parte do que o país nos dá, quer através da retoma do Young Health Program, suspenso durante a pandemia, mas também do reforço das iniciativas de responsabilidade social que mantemos há vários anos, quer através de uma colaboração estreita com a comunidade de Oeiras, onde estamos inseridos, quer através de outras parcerias com entidades como o Banco Alimentar Contra a Fome, a Médicos do Mundo ou o Instituto Português do Sangue e Transplantação com dádivas regulares.