O dia 30 de junho, atribuído ao Dia do Mediador Imobiliário, celebra a data da primeira legislação criada em Portugal para a mediação imobiliária. Como nos pode descrever a evolução desta atividade ao longo dos tempos e porque é importante, na sua opinião, celebrar esta efeméride?
Na minha opinião, é fundamental celebrar esta data e deve ser evidenciada. A mediação imobiliária é uma atividade fundamental na economia nacional, e nos serviços que presta aos seus clientes. Foi durante muitos anos votada a uma ideia redutora e também desinformada da nossa atividade, e lembrarmos este dia pode chamar a atenção para a importância do nosso papel na compra e venda, na mais valia e tranquilidade que pode trazer aos nossos clientes.
Quão importante tem sido para a Century 21 Arquitetos Porto e Gondomar respeitar os profissionais e as instituições do mercado imobiliário nacional e a união dos consultores em benefício dos clientes através da partilha?
A partilha é a base do nosso negócio. Ao lutarmos pela profissionalização do setor, temos de unir todos os intervenientes em prol do mesmo objetivo. Para além da parte institucional, esse compromisso tem de ter eco no trabalho do dia-a-dia. A partilha na nossa empresa é total, ou seja, com todas as empresas licenciadas a atuar no mercado, e numa política de 50%/50%, ou seja, partilha na igual proporção para quem tem a angariação, e para quem tem o cliente comprador.
Acredita que existem temas, no domínio da mediação imobiliária que deveriam ser mais abordados e discutidos no sentido de melhor promover o setor em Portugal? De que temas estamos a falar?
Neste momento será sempre o mesmo tema: a profissionalização. Não podemos ter profissionais do setor que não encarem esta atividade como uma profissão real. Não somos vendedores, que trabalham ao fim de semana a mostrar casas. Somos profissionais, formados e instruídos, com conhecimentos ao nível processual, fiscal, intermediação de crédito bancário, etc. Nesta ordem de ideias, começa como é óbvio pelos agentes ativos que devem representar a sua atividade da forma mais profissional, transparente e assertiva, assim como as empresas e associações ligadas ao setor, que devem evidenciar a sua importância e relevância no trabalho da mediação imobiliária.
Um tema que está também na ordem do dia é a Nova Diretiva Europeia para o Desempenho Energético dos Edifícios, que visa melhorar o desempenho energético dos edifícios na União Europeia, tendo em conta diversas condições climáticas e locais, estabelecendo assim requisitos mínimos e obrigatórios. No setor imobiliário, o que irá mudar?
Enquanto Arquiteta, este é um tema importante para mim. Penso que as pessoas estão sensibilizadas para a importância desta questão. No que concerne aos novos empreendimentos, é uma temática incontornável, e todos eles já têm esta questão considerada desde a fase de projeto. Penso que nas construções existentes, os proprietários também já começam a estar atentos, sendo apenas importante trabalhar os clientes de investimento.
A Nova Direita de Desempenho Energético dos Edifícios aumenta a ambição de redução das emissões de CO2 até 2030. Acredita que Portugal conseguirá acompanhar as exigências? Neste percurso, que desafios e oportunidades poderão surgir no mercado em geral e, em especial, no setor imobiliário?
Sem querer repetir-me, Portugal é um país de vanguarda no que concerne ao projeto. Assim sendo, acredito que existe uma enorme probabilidade de conseguirmos as quotas previstas até 2023. Dada a questão, o mercado imobiliário acompanhará com naturalidade estas transformações, sendo uma temática que se transformará num dado adquirido ao longo do tempo. Podemos não ter essa noção no dia-a-dia, mas existe já essa consciencialização na maioria dos casos, e isso será uma tendência que nos irá acompanhar no mercado imobiliário.
Estamos hoje perante uma mudança de paradigma neste setor e da forma como o conhecíamos até então?
Considero que estamos numa mudança de paradigma. Não obstante o que referi anteriormente, e da importância de trabalharmos por uma melhor informação sobre o setor, nos últimos anos temos acompanhado uma verdadeira transformação. Se no passado a média de negócios de compra e venda era mediada apenas em 30% da sua totalidade, hoje em dia invertemos esses valores e já ultrapassámos os 60%. Isto significa que a sociedade começa a entender a importância do nosso trabalho, e a reconhecer a nossa atividade como fundamental para os seus negócios. Há ainda muito trabalho a fazer para conseguirmos ter um mercado maduro como a França, Canada ou EUA, mas os primeiros passos já foram dados.
De que forma a Century 21 Arquitetos Porto e Gondomar tem e vai acompanhar este processo de transformação? Estão a ser, desde já, implementadas novas iniciativas?
Não querendo repetir-me com aquilo que referi na minha última participação nesta revista, na nossa empresa queremos ter a certeza de ter o melhor serviço para o cliente. Passa principalmente por fazer a diferença nos serviços apresentados. A nossa preocupação foi, em primeiro lugar, ter a estrutura necessária para os nossos consultores. Uma direção comercial diferenciada (e qualificada), um Departamento Processual centrado quer nos atos registrais e notariais, quer numa Intermediação de Crédito altamente qualificada, uma designer gráfica totalmente disponível para as exigências dos nossos consultores, até ao investimento primordial na área tecnológica. Temos a certeza que temos a App mais inovadora do mercado, para os nossos clientes: a App da CENTURY 21 Portugal. E sabemos ter também, a melhor reportagem de virtual 3D e vídeo. Os nossos imóveis têm a maior visibilidade de mercadol, o que aumentou a nossa taxa de conversão. Quando no mercado assistimos a um aumento do tempo de venda de um imóvel, na nossa empresa invertemos essa tendência. Sempre que no mercado houver uma iniciativa nova na área da mediação, a CENTURY 21 Arquitectos já a estudou e já está a pensar em como inová-la. Faz toda a diferença para os nossos consultores saber que são pioneiros, e que não há empresa no setor que apresente aos clientes um serviço tão completo e distinto como o nosso.