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Como se explica a tendência de crescimento das sex shops online

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Como se explica a tendência de crescimento das sex shops online

Segundo um relatório do Grand View Rearch, no ano de 2020 o mercado dos sex toys valorizou-se em 33,64 mil milhões de dólares. Fomos procurar informação sobre o uso de brinquedos eróticos em Portugal e segundo um estudo feito pela LELO, marca sueca de brinquedos eróticos de luxo, 75.42% dos inquiridos admite que a entrada de objetos eróticos na sua vida sexual contribuiu para que esta tenha melhorado. Entre 2019 e 2020 houve um crescimento de vendas de sex toys de 600% e segundo um relatório feito pelaa Technavio, prevê-se um crescimento de cerca de 9,83 mil milhões de dólares de 2020 a 2024.

Não há duvida que é um mercado que talvez esteja a chegar ao clímax, mas vejamos porquê.

Os benefícios de uma loja online

Uma boa parte do êxito do crescimento de brinquedos eróticos, deve-se ao facto de existirem cada vez mais lojas online que permitem adquirir esse tipo de artigos com uma série de vantagens como: comodidade, descrição e variedade.

Apesar de a sexualidade ser algo natural ao ser humano, existe muito pudor e tabu associado ao ato sexual e por esse motivo, as lojas online tornam-se num veículo perfeito para explorar a sexualidade longe de olhares curiosos, podendo manter privada, a sua vida íntima. Normalmente, nas lojas online consegue encontrar todo o tipo de artigos sexuais, desde lingerie a vibradores e lubrificantes, tudo à distância de um clique, fazendo com que esta opção seja a mais cómoda e discreta.

A pandemia e a importância do online

É certo e sabido que 2020 foi um ano desafiante, todos tivemos de nos readaptar à “nova realidade” e os mercados tiveram de se reinventar. Se para alguns este último ano teve um desfecho menos feliz, para outros foi uma experiência de superação e foi precisamente esse o caso do mercado online dos brinquedos eróticos, que viu em 2020 o maior crescimento de que há memória.

Impossibilitados de conviver, afastados pela distância ou apenas motivados pela necessidade de apimentar a sua relação, muitos foram os que se deixaram seduzir pelos brinquedos sexuais, tudo em nome da saúde mental e também da sexual.

A este respeito, Pedro Correia, CEO e Senior Partner da sex shop online em Portugal – Vibrolandia, em entrevista à EAN, afirma que em 2020 “o mercado erótico teve a oportunidade de se reinventar, transitar para o online ou reforçar a sua presença neste canal. As redes sociais adultas aumentaram em número de seguidores e oferta, como o Only Fans e conteúdos pagos semelhantes. Os casais em confinamento tiveram de reacender a chama da sua relação, e tudo isto contribuiu para o mercado erótico se manter ativo.” O perfil dos consumidores também se alterou um pouco, como sublinha o responsável da vibrolandia, em 2019 em entrevista ao Correio da Manhã, os “homens dos 25 aos 45 anos” eram os seus clientes mais regulares. Atualmente, há mais mulheres a comprar sex toys.

A sexualidade da mulher abre o mercado a novos públicos

Apesar da pandemia constituir um papel extremamente importante no aumento do mercado de brinquedos eróticos, existem outros fatores que contribuem para este crescimento. Um dos mais importantes, e que vale a pena destacar, é o crescente interesse das mulheres nesse segmento. Existem cada vez mais empresas e produtos pensados para o sexo feminino, como se comprova pela entrada no setor de caras bem conhecidas do grande público.

Investimentos famosos

Existe uma pequena revolução sexual a acontecer, com cada vez mais empresas criadas e dirigidas por mulheres, fazendo com que estas se sintam mais próximas do produto. Foi o caso de duas caras famosas que decidiram investir no mercado de sex toys – Dakota Johnson, protagonista do filme “Fifty Shades of Grey” em parte responsável pela abertura deste mercado ao público feminino, que em Novembro investiu na Maude (marca de produtos de bem-estar sexual) e assumiu o cargo de co-directora criativa. Também Cara Delevingne passou a ser uma das proprietárias e conselheira criativa da Lora DiCarlo.

É verdade que a pandemia da COVID-19 abriu novos horizontes, quer na forma como nos conectamos com os outros como connosco mesmos. Como afirma Pedro Correia: “as pessoas tiveram tempo e oportunidade para pesquisar e informarem-se sobre a forma de como os sex toys podem melhorar a sua vida, seja fazendo parte de um casal ou estando a sós” acrescentando que “o facto de não ser seguro ter encontros ocasionais ou de curta duração provocou também uma maior procura de sex toys”.