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Doutor Finanças avança 5 dicas para poupar no regresso às aulas

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Doutor Finanças avança 5 dicas para poupar no regresso às aulas

“Este pode ser um mês um pouco mais stressante, uma vez que tipicamente marca o final das férias e o regresso às aulas, trazendo consigo alguma ansiedade, especialmente se não tivermos preparado este momento ao longo do ano. Existem uma série de dicas que podem ajudar a manter a calma neste regresso, especialmente no que à carteira diz respeito”, afirma Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças.

É essencial, neste regresso às aulas preparar a carteira e as crianças. O processo pode ser dispendioso e stressante, mas não precisa de o ser. Existem inúmeras dicas de poupança que podemos adotar para tornar este momento mais fácil do ponto de vista financeiro. São elas:

  1. Estabelecer um orçamento e cumpri-lo 

Para evitar créditos, a primeira coisa que devemos fazer é estabelecer um orçamento para todos os custos que vamos ter neste regresso às aulas: desde material escolar, a manuais, a despesas ao longo do ano letivo, entre outros.

Desta forma, podemos construir, em conjunto com os nossos filhos, mediante as necessidades de cada um, uma lista de tudo o que é necessário comprar, de forma a estabelecermos um limite máximo de custos.

É importante cumprir este limite, mesmo que surjam contratempos ou os filhos pressionem para comprar algo desnecessário. Todos devem estar mentalizados do limite, para que não o ultrapassem e não sejam necessárias medidas extras, como créditos, para um regresso às aulas desafogado.

  1. Reutilizar e aproveitar as promoções 

Ao construir a lista e o orçamento com os nossos filhos, devemos verificar o material escolar que sobrou do ano anterior, se for o caso, pois pode haver algo possível de reutilizar.

Podemos, também, optar por procurar promoções nesta altura. Algumas lojas, supermercados e papelarias fazem promoções ao material escolar por volta deste período, pelo que, se estivermos atentos e fizermos uma pesquisa online prévia, podemos descobrir algum local onde os materiais que os nossos filhos querem e necessitem estejam mais baratos. Se vários materiais estiverem em promoção, podem representar uma poupança significativa no total.

  1. Não esquecer de pedir fatura com contribuinte

Outra forma por onde podemos ficar a ganhar com os gastos do material escolar, é pedir sempre fatura com contribuinte em todas as compras que fazemos. Não só conseguimos deduzir despesas do setor educação, mas também ter benefícios fiscais como a devolução de 15% do IVA em cada fatura na qual colocamos contribuinte.

  1. Comprar materiais em segunda mão 

Há certos materiais mais dispendiosos que não valerá a pena comprarmos novo, pois podemos encontrá-los em segunda mão, tal como uma calculadora ou uma mochila.

Existem inúmeros sites de venda em segunda mão onde podemos encontrar este tipo de materiais a preços mais em conta e em bom estado. É o caso do Marketplace no Facebook, do OLX ou do Custo Justo.

  1. Optar pelos manuais gratuitos

Há uns anos, os manuais constituíam as maiores despesas para os pais no regresso às aulas dos filhos. Porém, atualmente, já há a possibilidade de ter acesso a manuais gratuitos através da plataforma MEGA. Desde que o nosso filho frequente uma escola pública ou privada com contrato de associação, podemos ter acesso a estes vouchers.

Por outro lado, além destas dicas de poupanças, convém também começarmos a preparar os nossos filhos para o regresso às aulas. E, neste domínio, o especialista recomenda que esta preparação seja feita com calma, preparando as suas emoções e focando pensamentos positivos. Pode ser importante antecipar os horários e criar as rotinas da escola mesmo antes das aulas começarem.

Já ao nível da motivação, é importante envolver a criança na compra de algum material escolar; criar um espaço de estudo ao gosto dos nossos filhos; se for uma nova escola, fazer uma visita antes; valorizar as conquistas e as novas aprendizagens; e inscrevê-los em atividades extracurriculares. A prática de uma atividade extracurricular pode ser um grande fator de motivação para as crianças no início de um novo ano letivo.

Regresso às aulas e fim das moratórias? Evite novos créditos

Setembro é sempre um mês marcado por encargos adicionais. Este ano, a realidade pode ser ainda mais dura. Além do regresso às aulas e dos encargos inerentes, este ano muitas famílias vão sentir um aumento dos seus encargos devido ao fim da moratória no crédito habitação.

O mais importante é manter a calma. No caso das moratórias é preciso ter presente que os bancos têm de encontrar soluções para evitar a entrada em incumprimento por parte dos clientes. As últimas medidas implementadas garantem que as famílias em dificuldades estão protegidas até ao final do ano.

Por isso, se o banco ainda não o tiver feito, contacte-o e avalie quais a possibilidades em cima da mesa. Perceba quanto vai ficar a pagar no fim da moratória do crédito habitação, reveja todos os encargos mensais, e mantenha a calma, porque há várias soluções que podem minimizar o impacto do fim das moratórias.

Além disso, neste período marcado pelo regresso às aulas, a tentação de contrair um crédito para suportar todas as despesas pode ser grande, mas é de evitar. O especialista recomenda que avalie a real necessidade. O material escolar que as crianças precisam durante o ano letivo pode ser muito, mas, à partida, não precisam de tudo logo no arranque da escola, sendo possível adiar a aquisição de algumas coisas.

Ainda assim, se a situação financeira não for confortável e tivermos vários créditos a decorrer, é possível reduzir encargos. Ao invés de avaliar um novo crédito, o Doutor Finanças aconselha a considerar um crédito consolidado.  Esta solução pode gerar poupanças imediatas significativas. Ao juntar vários créditos num só, podemos reduzir a taxa de juro média e sentir um alívio imediato nos encargos mensais.

Se for bem ponderado entre vantagens e desvantagens, um crédito consolidado pode ser uma boa solução, uma vez que liberta orçamento para que consigamos suportar todos os custos do processo de regresso às aulas dos nossos filhos.

Nesta fase, pode ser ainda importante partilhar algumas limitações financeiras com as crianças. Envolva-as no processo e introduza-as no mundo da literacia financeira infantil, para que possam estar mais bem preparados.