Início Atualidade “Sempre fui uma pessoa de paixões e com vontade de aprofundar conhecimentos”

“Sempre fui uma pessoa de paixões e com vontade de aprofundar conhecimentos”

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“Sempre fui uma pessoa de paixões e com vontade de aprofundar conhecimentos”

A Margarida Antão conta já com um vasto percurso no mundo da Hotelaria. Queremos conhecê-la melhor. Quem é enquanto pessoa, mulher e profissional?
Nativa de peixes, sempre fui uma pessoa de paixões e com vontade de aprofundar conhecimentos. A área de hotelaria sempre foi muito atrativa, pois permite fazer algo que sempre gostei: acarinhar os outros e tocar a sua vida.
Poder lidar com os clientes e proporcionar-lhes experiências inesquecíveis que ficarão para sempre na sua memória, é algo aliciante e é o que me move todos os dias, desde que trabalho em hotelaria há cerca de 15 anos.
Paixão e empenho no que faço, são duas palavras que melhor me descrevem como profissional.
Como mulher, pode ser difícil conjugar a vertente profissional, sobretudo numa área tão exigente em dedicação e tempo, com a vertente familiar, mas devo confessar que o papel de mãe e mulher me orgulha e motiva todos os dias a fazer mais e melhor e que conto com o apoio de toda uma estrutura familiar que me possibilita o melhor dos dois mundos.

Atualmente é o rosto por detrás do Verride Palácio de Santa Catarina. Além de ser um renovado Palácio histórico do Séc. XVIII no coração de Lisboa – uma das cidades mais entusiasmantes da Europa -, o que distingue este hotel?
O Verride Palácio de Santa Catarina prima pelo serviço e pelo conforto. A quando da sua reabilitação para transformação em hotel de 5 estrelas, a maior preocupação foi a criação de algo belo, mas ao mesmo tempo funcional e ímpar. O serviço pretende-se de luxo, mas um luxo discreto, atento, onde nos esforçamos para bem receber e acolher, sem impor. A ideia do mentor do projeto e dono, Mr. Kees Eijrond, sempre foi dar os visitantes um porto seguro quando em viagem, uma casa fora de casa. Com isso, apostámos no extremo conforto e num serviço o mais personalizado possível.

O Verride Palácio de Santa Catarina inspira-se pelo melhor que Portugal tem para oferecer: ingredientes e receitas, materiais de madeira e porcelanas e a simpatia das pessoas. De que forma podemos encontrar tudo isto no v/ serviço?
O nosso lema é “quiet, local and elegant”. Em cada detalhe do nosso serviço, evidenciamos essa preocupação: o serviço é discreto, mas atento, com a preocupação de servir, mas não incomodar ou ser maçador. Providenciado com os melhores produtos locais e nacionais, desde a confeção de todas as nossas iguarias, no restaurante SUBA e em todos os locais de comidas e bebidas, aos lençóis das camas, turcos das casas de banho, toalhas de mesa, talheres, tapeçarias, o nosso serviço pretende também exaltar a excelência da manufatura nacional, tantas vezes elogiada por todos os que nos visitam e têm o gosto de conhecer.
A elegância de um bom serviço é conseguida com a conjunção de bons materiais com a excelência do bem receber por parte de toda a nossa equipa, a Família Verride. É com certeza o pilar de toda a existência e dia a dia do Verride Palácio de Santa Catarina, o orgulho e gosto em trabalhar para esta casa única, que se reflete na forma como damos as boas vindas e acolhemos os nossos clientes.

Da mesma forma que a Capital de Portugal é uma inspiração para o Verride Palácio de Santa Catarina, podemos afirmar que o Hotel é, também ele, um ponto essencial para se conhecer e enriquecer a cidade de Lisboa?
Incrivelmente bem localizado, mesmo junto ao Miradouro de Santa Catarina e com uma vista privilegiada sobre o Rio Tejo e toda a encosta do Castelo, o Palácio é sem dúvida um ponto a não perder na cidade de Lisboa. A preocupação de Mr. Kees Eijrond é a criação de beleza e retribuição à cidade do que a cidade lhe deu: um porto seguro depois de tantas viagens, uma segunda casa. De acordo com isso, o Hotel visa enriquecer a cidade e ser uma porta aberta para todos quantos a visitam ou habitam, também daí advém o cuidado de criar no Restaurante SUBA um produto de excelência, mas de preço médio acessível, para garantir que o maior número de pessoas consegue usufruir daquele espaço magnífico.

Desde o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana, ao Prémio do Melhor Hotel Palácio de Luxo da Europa, vários são os destaques nacionais e internacionais. Que significado têm estes reconhecimentos na história do Verride Palácio de Santa Catarina?
O Verride Palácio de Santa Catarina é relativamente recente, com uma história de pouco menos de quatro anos desde a sua abertura em 2018. No entanto, é um sonho de há muitos anos, que apenas com muita paciência e perseverança se tornou possível. É um orgulho muito grande, com tão poucos anos de história, termos já conseguido provar com o Hotel, mas também com o Restaurante SUBA, também ele reconhecido nacional e internacionalmente, que o que fazemos é diferenciador, bem feito e muito apreciado. Agradecemos a todos os que nos visitam os votos de confiança e apreço demonstrados. E é fantástico poder aliar isso a um edifício reconhecido arquitetonicamente, quer pelo Prémio Nacional de Reabilitação Urbana quer pela menção no Prémio Valmor, provas mais uma vez dadas do incrível trabalho realizado pelo gabinete de arquitetura Teresa Nunes da Ponte.

A Hotelaria, como sabemos, tem sido um dos setores mais afetados da pandemia, pelas inúmeras consequências que todos conhecemos. Assim, de que forma o Verride Palácio de Santa Catarina tem ultra(passado) os meses mais complexos?
A pandemia foi e está ainda a ser uma altura de muitos desafios, desde os financeiros aos da própria gestão diária de ativos, quer humanos quer materiais. Gosto de pensar que os desafios nos fazem crescer, obrigam-nos a cultivar o raciocínio rápido e a confiar mais na nossa resiliência e capacidade de avançar. O Verride Palácio de Santa Catarina está fechado há um ano e meio, desde março de 2020 (com uma breve abertura de um mês no verão de 2020), estando previsto a sua reabertura para setembro de 2021.
Para uma casa tão recente, o impacto da pandemia foi brutal. No entanto, conseguimos também desenvolver laços importantes com parceiros, estreitados por esta altura desafiante e estamos confiantes que a hotelaria tem futuro, e que temos que ser positivos e acreditar que um melhor futuro virá. Esta fase serviu também para consolidar o nosso Restaurante SUBA, que se manteve aberto e tem cada vez uma presença mais marcante no panorama da restauração da capital portuguesa.

Pessoalmente e profissionalmente, como é para a Margarida Antão estar à frente de algo tão valioso e grandioso?
É com muita honra e entusiasmo que aceitei este voto de confiança da empresa e do conselho de administração. É incrível poder todos os dias ajudar a guiar o futuro de tão importante marca na cidade, no país e no Mundo. É uma casa recente, com muito potencial e é muito gratificante, como mulher e como profissional de hotelaria, poder ser General Manager deste incrível projeto.

Na sua opinião, o que é mais complexo na arte de liderar pessoas? E o mais gratificante?
Para criarmos um produto único como o nosso, as pessoas são a base. É aí que reside toda a diferença, é no serviço prestado por elas que podemos marcar os nossos hóspedes, que conseguimos criar memórias positivas e duradouras e melhorar um pouco a vida de quem nos visita. A arte de liderar pessoas está em saber equilibrar o que é a necessidade da empresa com o que são as necessidades das pessoas que connosco trabalham. Acredito numa liderança próxima, em conhecer as pessoas, os seus feitios, a sua vida, para que também a forma como lidamos com elas possa ser reveladora e adaptada a esse conhecimento. É um esforço diário, conseguir colaboradores felizes e realizados no seu trabalho, para que esse sentimento se reflita no serviço realizado ao cliente, mas é incrivelmente gratificante quando conseguimos e vemos o cliente reconhecer os colaboradores e reforçar que efetivamente o que distingue o Verride Palácio de Santa Catarina são as pessoas, a nossa Família Verride, e o amor e dedicação que colocam em tudo o que fazem.

Sente que o Verride Palácio de Santa Catarina é um dos seus maiores projetos de vida? O que ambiciona ainda alcançar?
Já conto com três aberturas de hotéis no meu currículo, mas esta sempre foi especial. Estou no projeto desde 2016, antes da abertura, e é um projeto que sempre me encheu de orgulho. Aqui me foi dada a oportunidade de crescer, quando em 2020 (antes da pandemia) fui promovida a General Manager, uma posição que pretendo honrar ao máximo. Há muito que alcançar, tanto eu como toda a equipa estamos empenhados na consolidação de uma jovem marca com apenas quatro anos, queremos cimentar a marca no mercado internacional, alcançar o reconhecimento que este incrível projeto merece.

A terminar, quer deixar um convite aos nossos leitores para conhecerem os encantamentos – por todos os visitantes admirados – do Verride Palácio de Santa Catarina?
O Verride Palácio de Santa Catarina é efetivamente um bastião da cidade de Lisboa e toda a sua reconstrução foi feita de forma a honrar a sua história e a preservar todas as marcas de sua antiguidade (como por exemplo madeiras e painéis de azulejos). Convidamos a que venham ao nosso Hotel e ao restaurante SUBA para poderem admirar este palácio, existente na cidade desde o século XVIII, e usufruir de um serviço relaxado, discreto, mas ímpar na cidade. Estamos de braços abertos para vos receber!