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Castro Marim Golfe & Country Club e o futuro do Golfe em Portugal

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Castro Marim Golfe & Country Club e o futuro do Golfe em Portugal

Durante vários anos consecutivos, Portugal foi considerado o melhor destino de Golfe da Europa. Tendo o Castro Marim Golfe & Country Club desafios emocionantes nesta modalidade, o que fomenta este reconhecimento nacional em comparação com outros países da europa?
A elevada qualidade dos campos de golfe existentes no Algarve em particular, e em Portugal globalmente, tem permitido que ao longo dos últimos anos tivéssemos sido distinguidos com diversos prémios internacionais e considerados como um dos melhores destinos de golfe da Europa e do Mundo. Acrescem outros fatores ímpares como o clima, que possibilita que os jogadores dos principais mercados emissores, como o Reino Unido, a Alemanha, a Suécia, a Holanda, a Irlanda, etc., pratiquem golfe em períodos temporais em que no seu país é difícil ou mesmo impossível (inverno); a diversidade dos campos de golfe, com layouts desenhados pelos mais prestigiados arquitetos de golfe do mundo e situados em diferentes contextos; a qualidade dos serviços turísticos prestados; ou mesmo as acessibilidades. Sobre o nosso Resort, que possui 27 buracos, possibilitando estabelecer 3 combinações de 9 buracos, é um desses bons exemplares de elevada qualidade, sendo atrativo para jogadores amadores e também para jogadores profissionais mais exigentes. Aqui, para além do bom tempo que nos abençoa, das boas acessibilidades no contexto nacional e internacional, esforçamos-mos diariamente para ter um campo de golfe em perfeitas condições de prática e tudo fazemos para prestar um serviço de elevada qualidade que faça com que os nossos golfistas voltem e passem a palavra.

Considera que o setor do golfe e algumas ideias que estão há vários anos pré-concebidas necessitam de ser desmitificados? Que mitos e verdades existem ainda por desvendar?
Um dos principais mitos é que o golfe é uma atividade elitista, ao qual só um grupo muito restrito de indivíduos consegue aceder. Tal situação está particularmente associada ao custo pressuposto da prática de golfe comparativamente a outras modalidades. Mas será mesmo assim? Normalmente pergunto às pessoas que têm esse pensamento para considerarem o seguinte: quanto custa praticar hipismo, onde deve haver um investimento na aquisição de cavalos, equipamentos e transportes especiais? Quanto custa praticar um desporto motorizado, de mota ou carro, com as respetivas manutenções associadas? Quanto custa praticar desportos náuticos, designadamente realizados em embarcações? E esses desportos são considerados elitistas? Se fizermos uma análise séria, verifica-se que o golfe é uma atividade com custos normais comparativamente à prática de qualquer outro desporto. É possível adquirir o equipamento a preços bastante razoáveis e a prática regular pode fazer-se através de clubes e academias locais, e/ou através da subscrição de mensalidades ou anuidades com preços competitivos. Por essa razão, penso que é um fundamental desmitificarmos esta ideia preconcebida e promover a prática do golfe junto de todos os portugueses.

Enquanto produto turístico estratégico a nível nacional, é (cada vez mais) necessário que, o mesmo, vá ao encontro de alguns pontos e temas importantes, como a sustentabilidade. Assim, em que medida, Portugal e mais concretamente o Castro Marim Golfe & Country Club tem promovido uma prática mais consciente e amiga do ambiente?
Dos diversos negócios do turismo, os empreendimentos turísticos que têm como âncora a prática do golfe, oferecendo complementarmente alojamento e serviços de restauração, são dos que mais espaço ocupam, recursos consomem e têm impactos que devem ser considerados. Os impactos negativos normalmente associados ao golfe são a perda de biodiversidade; a eutroficação dos rios ou das águas do mar devidos à utilização de fertilizantes; o consumo excessivo de água para regas; o estilo de vida exclusivo que se vive nos empreendimentos de golfe; a especulação de preços da habitação que prejudicam as gerações mais novas ou a criação de pressão sobre o território. Nesse sentido, e tendo em conta as preocupações de sustentabilidade mundiais e as novas tendências de procura turística que privilegiam destinos e empresas que respeitem o ambiente, é importante que todos os gestores e colaboradores dos empreendimentos turísticos de golfe continuem a investir nesse desiderato. No nosso empreendimento são várias as medidas que tomamos tendo em vista esse equilíbrio tão necessário. No âmbito ambiental destacaria o facto do resort utilizar água para rega de uma barragem próxima e de se proceder ao armazenamento de água da chuva, sendo que num futuro muito próximo, já temos prevista a utilização de água residuais tratadas. Outros pontos são a baixa densidade de construção existente; a utilização de sistemas de minimização de consumos como as lâmpadas de baixo consumo, a utilização de painéis solares, os redutores de caudal; a promoção da reciclagem de lixos e reutilização de materiais; a promoção da instalação ninhos para apoio à nidificação de aves; a utilização de buggies elétricos no campo; entre muitas outras.  Como os impactos podem, ainda, ser a nível sociocultural, ressalvo o facto da maioria dos colaboradores da empresa serem de Castro Marim ou dos concelhos limítrofes, com boas condições de trabalho e contratos estáveis; de bastante sermos ativos quanto à nossa responsabilidade social, através da promoção de medidas de apoio à comunidade local como a oferta de donativos e bens a comunidades e associações locais e, donativos de serviços; ou a oferta de programas com empresas de animação turísticas locais no sentido de promover a descoberta do património cultural e natural desta sub-região do Baixo Guadiana. A nível económico, privilegiamos a contração de serviços de empresas locais nos domínios da construção, manutenção, novas tecnologias, serviços diversos, o que estimula e promove a economia local.

Resultado de um longo trabalho, o setor do golfe tinha largas expetativas de que 2020 seria o seu melhor ano. De que forma, em contexto de pandemia, o Castro Marim Golfe & Country Club continuou a (re)animar aquele que se esperava ser o melhor ano para a indústria portuguesa do golfe turístico?
Como bem refere, 2020 iniciou da melhor forma para todo o setor do turismo e as expetativas eram elevadas. O ano de 2019 quebrou vários recordes e a continuidade desse caminho era esperada. Porém, como todos sabem, face à pandemia mundial fomos obrigados a fechar os nossos serviços e a adaptar-nos a esta nova realidade tão dura. Ao longo do ano transato e do corrente, apesar dos ajustes operacionais que fomos obrigados fazer, tentamos sempre manter a qualidade do nosso campo de golfe, a prestação de serviços de comidas e bebidas e a garantia de segurança e qualidade dos serviços de alojamento. Apesar da crise e dos encerramentos obrigatórios não deixamos de fazer a manutenção dos nossos espaços, mantendo tudo em boas condições para que quando fosse possível abrirmos, em especial para os membros do nosso clube de golfe e alguns jogadores do mercado nacional – um mercado extremamente residual face ao baixo número de praticantes, pudéssemos ter um produto adequado às expetativas. Tentamos, também, em consonância com os interesses dos nossos clientes sermos mais flexíveis comercialmente, criarmos novas ofertas turísticas e a reforçarmos a nossa preocupação com as questões de higiene e segurança.

É possível, desde já, desenhar o cenário dos próximos tempos enquanto tendência para esta modalidade em Portugal? De que forma o Castro Marim Golfe & Country Club irá promover e inovar o setor? Que novidades estão previstas?
Em Castro Marim Golfe & Country Club temos vindo a realizar várias iniciativas no sentido de promover a atividade de golfe, em especial dando oportunidade aos jovens locais terem a sua primeira experiência neste desporto. Durante este verão, por exemplo, várias centenas de jovens que fizeram parte do programa de férias ativas promovido pelo município de Castro Marim tiveram aulas de iniciação lecionadas pelo nosso Profissional de Golfe, Peter O’Connor. É, como já referi anteriormente, fundamental termos mais jovens e portugueses a praticar esta modalidade. Por outro lado, continuaremos a promover iniciativas e eventos que possibilitem a visita de outros públicos, que não somente os jogadores de golfe, para que possam desfrutar da atmosfera única do nosso espaço.

Por fim, gostaria de deixar um convite a todos os que nunca tiveram oportunidade de conhecer/visitar um campo de golfe e assim o desejem? Sim, gostaria de convidar os portugueses, de todos os géneros, dos 8 aos 80 anos, a terem uma experiência de golfe e confirmarem o quão agradável é praticar este desporto. São muitas as vantagens que irão ter para a sua saúde física e mental, até porque se trata de um desporto que estimula o companheirismo, a disciplina, a cortesia, o respeito e a integridade, sempre num ambiente natural e sustentável. Visite e ficará agradavelmente surpreendido.