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“A nossa grande Missão é rasgar Horizontes”

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“A nossa grande Missão é rasgar Horizontes”

Com um percurso profissional desde sempre ligado à comunicação governamental e empresarial, a AMP Associates nasceu há precisamente sete anos pelas mãos de Rita Serrabulho, com um propósito muito simples: ampliar. Ampliar uma comunicação com valores dando voz às empresas e aos líderes portugueses no mundo. Esta foi uma criação fruto de todo o know-how da nossa entrevistada que, desde cedo, viu a comunicação como um fator crucial de sucesso para o desenvolvimento das empresas tendo desta forma vindo a trilhar um caminho de êxito. Segundo a própria “temos dado uma boa resposta àquilo que têm sido as mudanças do mercado”.

Estamos em crise e agora? A importância de comunicar globalmente
O atual cenário corporativo desenhado não só pela crise pandémica, mas também pela mais recente crise política, despertou a atenção dos líderes para um elemento tão importante no planeamento estratégico: a comunicação.
No entanto, este é desde sempre um fator-chave para a nossa entrevistada que fundou a AMP precisamente com esse propósito, “queria dar-lhes (aos líderes) a oportunidade de crescerem e de se desenvolverem, e ganharem o seu espaço no mundo”, confessou Rita Serrabulho.
Certo é, apesar do poder que uma boa comunicação tem, existem ainda bastantes organizações, gestores, políticos e líderes que carecem desta capacidade, o que faz com que os mesmos percam eficácia. Neste sentido, a AMP tem vindo a criar uma estrutura que segundo a CEO, “ajuda os líderes a desenvolver competências para otimizar a sua comunicação e das organizações que lideram, para dentro das mesmas, mas também para fora”, reforçando ainda que o objetivo primordial sempre foi “preparar os líderes portugueses para comunicarem no mundo e não apenas em Portugal”.
A pergunta que se coloca é: porque é que comunicar globalmente se tem vindo a tornar cada vez mais importante? A verdade é que esta questão de comunicar internacionalmente tem tanta relevância porque “já não vivemos apenas no mercado local, vivemos e competimos com tudo e com todos os que estão ativos internacionalmente”, garante a nossa entrevistada reforçando ainda que “há uns anos atrás, existiam apenas três canais de televisão que toda a gente assistia. Ou seja, um líder ou um político que quisesse passar uma mensagem relevante ocupava esse espaço. Agora temos de atuar em multichannel, com linguagens e mensagens distintas para grupo alvos distintos”. Além disso e fruto da transformação digital com que o mundo se depara, as pessoas encontram-se mais distantes, o que numa altura de crise torna ainda mais relevante o processo de comunicação, não apenas a nível profissional como também a nível pessoal.
Quando se fala que nos encontramos perante um mundo superlativo, a missão de Rita Serrabulho é precisamente “rasgar horizontes”. “Queremos sensibilizar os líderes e as organizações de que vivemos num mundo global. Dominar as ferramentas de comunicação e escolher muito bem aquilo que se quer dizer e a quem se quer dizer”, sustenta.

O poder de uma comunicação autêntica
Sabemos que uma liderança de excelência deve andar de mãos dadas com uma boa comunicação, tornando-se assim essencial para a AMP ter uma metodologia bastante própria. Sendo assim, para Rita Serrabulho, “a grande missão é rasgar horizontes e criar objetivos de comunicação ambiciosos que potenciem a mesma, bem como a sua exposição e as suas mensagens junto dos públicos alvo estratégicos”. Todo este trabalho exige foco por parte não só dos líderes, mas também dos colaboradores, dos investidores e, no fundo, de toda a equipa. “Na prática isto significa fazer um trabalho que vai desde o desenvolvimento de softskills de comunicação sempre muito fiéis à natureza do próprio líder, à gestão da sua imagem, à coordenação de uma estratégia de comunicação da empresa, ao mapeamento dos stakeholders e ao estabelecimento de alianças que potenciam a sua comunicação e todo um plano de ação que permite ao líder falar com quem precisa e de comunicar exatamente o que quer transmitir”, garante a CEO da AMP.
Quando falamos do discurso de um líder sabemos que a coerência é um fator-chave, o que significa que cada um tem de agir de acordo com a sua natureza. Isto porque o registo de um processo de comunicação passa acima de tudo pela emoção. Neste sentido, o trabalho da AMP passa precisamente por desenvolver as competências próprias de cada líder e das organizações, de forma a poder aplicá-las eficazmente e com rigor estratégico nos seus objetivos.
A verdade é que a comunicação é um fator determinante perante a crise política que o país atravessa. Segundo a nossa entrevistada, “os debates e a violência que estamos a assistir na comunicação política neste momento são a antítese da afirmação dos valores que as pessoas neste momento precisam”. Portanto, este é um momento crucial para se aplicar aqueles que são dois fatores incontornáveis para uma boa comunicação, segundo Rita Serrabulho: a autenticidade e a honestidade. “Não será muito inteligente subestimar quem está deste lado, porque as pessoas têm emoção e intuição, faz parte da natureza humana, e mesmo estando muitas vezes fora do contexto político, as pessoas entenderão sempre se aquilo que lhes está a ser dito é verdade ou não. Se não for, quebram-se os valores vitais na vida de qualquer pessoa: a confiança e a segurança. É o que está a acontecer”, afirma.

A necessidade de investir em fatores críticos no sucesso de uma liderança competitiva e eficaz
Não é de ânimo leve que se deve olhar para a globalização com que o mundo se depara e é precisamente por isso que neste momento uma boa comunicação carece de três fatores críticos. O primeiro passa por uma comunicação internacional. Segundo a nossa entrevistada, “os líderes portugueses precisam de entender que já não vivemos isolados, tudo o que fazemos hoje compete e comunica a nível global. E assim, a comunicação internacional é fulcral para o sucesso e sustentabilidade das empresas uma vez que os negócios já não estão a concorrer com a empresa do lado, mas sim com outro negócio igual que está ativo em qualquer parte do mundo. E se perdermos este mindset, vamos perder competitividade. Ou seja, temos mesmo que comunicar globalmente”.
Certo é, da crise pandémica que o país atravessou, muitos foram os alertas de mudança que ficaram para as empresas. Um dos mais importantes foi a necessidade de uma instituição estar preparada para lidar com um momento menos bom. Assim sendo, “outro fator crítico é a necessidade de as empresas organizarem gabinetes e manuais de crise para fazer face aos imprevistos. E esta pandemia veio provar que quem estava organizado internamente para dar resposta a um evento extraordinário que pusesse em causa o funcionamento, a atividade e a credibilidade da empresa, conseguiu dar uma resposta muito mais eficaz e rápida à situação.”, garante Rita Serrabulho.
Não menos importante a nível comunicacional, os líderes devem olhar para dentro da sua equipa. Ou seja, possuírem dentro das suas organizações uma comunicação interna bem vincada. Contudo, para a CEO da AMP, “esta era uma necessidade que já existia, porque muitas vezes os líderes estão tão preocupados em falar para fora que se esquecem que os seus maiores embaixadores estão dentro das próprias empresas”.
E se as crises que Portugal enfrenta ensinaram algo, um dos ensinamentos mais importantes sabemos que foi o do poder da comunicação: verbal e não verbal. “Se nestas crises a comunicação fosse mais fluida, mais autêntica, e mais orientada para as necessidades dos cidadãos, provavelmente os danos teriam sido radicalmente diferentes e adesão das populações mais construtivas”, termina a nossa interlocutora.