A reunião, on-line, realizou-se hoje no âmbito da recente aprovação do plano de reestruturação da TAP em Bruxelas, em dezembro, e contou ainda com a presença de Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP.
No contexto das explicações e anúncios aos sindicatos feitas pela Tutela, o SPAC, que integra pilotos de todas as companhias aéreas com base em Portugal, bem como Associados noutros mercados internacionais, destaca a atitude dos Pilotos no processo de recuperação – que se pautou e sempre se irá pautar como uma parte da Solução para a viabilização da transportadora aérea nacional.
A principal preocupação do SPAC, no atual cenário de recuperação do mercado, é a potencial falta de pilotos para assegurar a operação do dia-a-dia no futuro próximo da TAP. Além dos despedimentos e saídas voluntárias, torna-se imperativo rever os termos do acordo de emergência que permitiu encarar o pior período da história recente da Aviação Comercial, mas que também tornou a TAP pouco atrativa face ao panorama internacional. Este cenário pode levar à saída massiva de pilotos, motivada pelas melhores condições laborais oferecidas por outras companhias.
Adicionalmente, a retoma da procura no sector faz antever uma época alta em 2022 comparável a anos pré-pandemia. Nesse sentido, o SPAC vê com apreensão o cancelamento de inúmeros voos da TAP nas últimas semanas, com graves prejuízos para a Empresa, para os seus Clientes e para a economia e imagem do país. Estes cancelamentos refletem o desajuste do quadro de tripulantes de cabine face à necessidade operacional. Teme o SPAC, a breve trecho, a transposição dessa realidade para o quadro de pilotos pela tendência de retoma verificada no mercado.