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Fundir o Conhecimento e a Inovação: um Propósito da Só Proveitos

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Fundir o Conhecimento e a Inovação:  um Propósito da Só Proveitos

A Só Proveitos nasce da vontade de um contabilista em atividade desde 1993, com o propósito de difundir conhecimento essencialmente nas áreas da contabilidade e da fiscalidade. Enquanto empresário e formador, o que o motivou neste projeto?
Em maio de 2022, completam-se 29 anos desde a criação da AS Conta, sociedade através da qual comecei a exercer como técnico de contabilidade e onde dou continuidade como contabilista, desde a inscrição na Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC). Em 1996 iniciei a atividade de formador com um percurso que passa por diferentes entidades e públicos: desde desempregados a ativos, passando pelo ensino técnico-profissional, o superior, e a colaboração com a OCC, desde 2018. E dei explicações a alunos do ensino superior. Com formação de base nas áreas da gestão e da contabilidade, sempre estive vocacionando para as ciências empresariais, focando-me mais na contabilidade e na fiscalidade nos últimos anos.

Portanto, uma vida que alia a transmissão do conhecimento ao saber-fazer da sua aplicação prática e vice-versa?
Exatamente. Para além do meu gosto em transmitir o conhecimento, em ensinar, é uma motivação extra estar a falar do que se sabe fazer e se faz. O saber-fazer facilita muito o fazer-saber. Um formador será melhor sucedido se souber explicar, de forma o mais simples possível, como aplicar na prática aquilo que está a querer ensinar.  A Só Proveitos é a evolução de uma empresa que já fazia consultoria e, em 2017, começa a ministrar os primeiros cursos por mim organizados. Entendi que, com toda a experiência acumulada, assente na forma diferenciadora com que sempre procurei estar na formação (comunicação assertiva que busca descomplicar e foco na aplicação prática dos conhecimentos) estava na hora de apostar num projeto próprio. Foi esta a motivação decisiva. E a Só Proveitos foi crescendo, com vários cursos presenciais, de Bragança a Faro, até que o confinamento e o recurso ao online acabam por ser o fator decisivo para a sua afirmação como empresa de âmbito nacional.

Considera fundamental que a formação faça parte do dia a dia dos profissionais destes setores? De que forma?
Sem dúvida. Se é verdade que a formação ao longo da vida é uma necessidade de qualquer profissão que assente no conhecimento, para o contabilista certificado a exigência é maior. Desde 2010 aplicamos o Sistema de Normalização Contabilística (SNC), que substituiu o Plano Oficial de Contabilidade e, 11 anos passados, ainda há muita necessidade de formação sobre as normas do SNC. Para além de assumirmos a responsabilidade pela regularidade técnica na área contabilística das entidades obrigadas ao SNC, também a assumimos na área fiscal. E neste domínio, com os códigos fiscais a sofrerem dezenas de alterações por ano, o esforço é maior. A grande maioria dos contabilistas consegue compatibilizar o tempo de exercício da atividade com tempo para a formação contínua. Mas estão também cada vez mais exigentes, procurando formações práticas e objetivas, seja para assimilarem as alterações, ou recordarem conhecimentos. E é desta forma que procuramos estar no mercado.

O que diferencia a formação profissional das aprendizagens adquiridas nas Universidade e Politécnicos?
O Processo de Bolonha reduziu substancialmente a carga horária dos cursos superiores. Os objetivos foram bem delineados, mas em muitos cursos falhou a implementação. A redução da carga horária não é compensada com trabalho autónomo dos alunos. Na nossa área, muitos diplomados chegam ao mercado com dificuldade em interpretar os normativos legais e com reduzida perspetiva da sua aplicação prática. Perdeu-se tempo de contacto, de discussão, de partilha e aplicação (mesmo que em ambiente de simulação) que era fundamental. Assim, não destaco tanto a distinção entre as formações, mas mais a complementaridade. Claro que há uma vertente de atualização constante que é mais facilmente proporcionada pela formação profissional. Mas esta modalidade está cada vez mais a ser procurada por recém-licenciados que buscam consolidação prática das bases que adquiriram e mais confiança numa profissão exigente. Como exemplo, também procurado por muitos recém-licenciados, o Curso Avançado em Fiscalidade, da Escola de Negócios, do qual sou coordenador e formador. Um curso criado em 2014, com 13 edições realizadas em oito cidades, de Braga a Portimão, e já com mais cinco cursos online iniciadas durante a pandemia. Mas há uma diferença a assinalar que é a maior partilha de conhecimentos e experiências. Como em sala temos profissionais com experiência diversificada, todos (incluindo eu) acabamos por aprender com determinado conhecimento que algum colega partilha com os demais.

A transformação digital é um dos grandes impactos da pandemia que vivemos, por muitos visto como positivo. De que forma o setor da formação, e em particular a Só Proveitos, se adaptou a esta realidade?
Concordo plenamente. E adaptámo-nos de forma simples e eficaz, usando uma boa plataforma de formação online que, em formato de sala virtual, nos permite manter interação em direto entre todos os participantes, e ajustando horários aos diferentes desejos dos formandos. As inscrições foram simplificadas no nosso web site e o crescimento motivou a criação de um posto de trabalho.

No ano que agora começa, que novas formações e novidades nos pode confidenciar? Que mensagem lhe apraz deixar aos que laboram na área da fiscalidade, consultoria e contabilidade?
A diminuição da carga horária nos cursos superiores levou também a que, na formação dos contabilistas, fossem eliminadas cadeiras da área do direito, por exemplo civil e comercial. Sem conhecimentos base destas áreas, fica dificultada a interpretação e aplicação de muitas normas. Depois do curso sobre temas de direito laboral, para 2022 temos já inscrições abertas para o curso de contencioso tributário e estamos a trabalhar no lançamento de cursos na área do direito das sociedades comerciais e das IPSS. Como mensagem final, agradecer a confiança e dizer que a formação online veio para ficar. Mesmo depois do regresso às sessões presenciais, vamos manter o modelo online para que, a partir da localidade do país mais distante dos grandes centros, todo o contabilista continue a poder aceder a formação de qualidade, comodamente e com a manutenção da economia de custos e de tempo que o modelo permite.

Quais os desafios enfrentados nesta transição da formação para os ambientes digitais?
O maior desafio na formação, seja presencial ou online, é manter elevados níveis de qualidade dos conteúdos e na forma como são transmitidos. A transição para o ambiente digital só nos obriga a dar continuidade ao que desde sempre procurámos fazer. Felizmente, sentimos um desafio que nos é colocado pelos clientes e formandos: responder às crescentes exigências de horas de formação e de novos temas. O que tem passado por uma maior disponibilidade pessoal e por convidar outros formadores de referência para colaborarem com a Só Proveitos.