
A Isálcio Mahanjane Advogado e Associados é uma firma de direito moçambicana que tem como valores a qualidade e tempestividade, a ética e deontologia profissional e ainda a representatividade. De que forma, a sociedade, tem evoluído e desempenhado a sua missão no território moçambicano?
A Isálcio Mahanjane, Advogado e Associados (IMAA), carrega os valores e objetivos mencionados, e tem, de facto evoluído, quer no plano qualitativo quer no plano quantitativo.
No plano da qualidade, a nossa evolução manifesta-se pelo aprimoramento dos processos com vista a certificação ISO 9001, e na formação permanente dos quadros da firma. O que nos permite oferecer serviços de qualidade; desafiar outras firmas; colocar os nossos serviços a disposição do país e dos clientes; fortificar o nosso ensejo de contribuir para a edificação e consolidação do Estado de Direito; e promover a advocacia, enquanto parte do sistema jurídico-judiciário, e enquanto negócio.
No plano quantitativo, aumentamos a nossa cobertura no país [embora o nosso âmbito territorial, estatutário, seja um todo]. Temos, hoje, representações na cidade de Maputo, nas províncias de Inhambane, Sofala e Cabo Delgado, nos distritos de Pemba e Palma (apesar da guerra que dilacera aquela província). No campo dos recursos humanos, temos uma equipa de 15 profissionais, o que nos permite ir respondendo tempestiva e qualitativamente as necessidades dos nossos clientes.
Num outro campo [aproveitando para partilhar a nossa qualidade de membro da Andersen Global] estamos na rota do mundo, a prestar serviços além-fronteira, através desta plataforma [Andersen] quer seja para clientes em território nacional, quer seja no estrangeiro.
Pretende, desde a fundação da sociedade, fazer parte do desafio de contribuir para que Moçambique esteja na rota do desenvolvimento mundial, oferecendo serviços inovadores e participando na melhoria do negócio de consultadoria e prática jurídica. Assim, de que forma a Isálcio Mahanjane Advogado e Associados se tem destacado no seu meio e inovado os seus serviços?
O aprimoramento de uso de tecnologias de informação, num período pandémico e ou quase pós-pandémico, é uma das apostas da IMAA na arte de bem servir aos nossos clientes, e é nossa aposta permanente. O crescente e incontornável uso de sistemas e plataformas é o que de concreto temos vindo a fazer.
Sabe-se que Moçambique e Portugal têm uma relação de muitos anos, partilham a mesma língua e, de alguma forma alguns valores, e são parceiros económicos estratégicos. Em que medida tem evoluído a estreita ligação da Isálcio Mahanjane Advogado e Associados na Lusofonia? Qual diria que é o principal papel da advocacia na mesma?
É um facto que os dois países partilham a mesma língua, muitos valores e traços históricos, para além de um constante envolvimento no campo dos negócios, dentre eles o da consultadoria e prática jurídica.
A nossa ligação também se “cruza” no campo da formação académica, e no que ao Direito diz respeito, há muitos quadros graduados nesse domínio. O que fortifica as relações humanas entre os profissionais da área e espevita oportunidades de negócios para ambos os países. Ligações essas que servem de porta de entrada quer para o ocidente e quer para o oriente.
A concretização dessa ligação é a expressão da aposta da IMAA no mercado lusófono. O que acontece através da Andersen Global e de outras parcerias firmadas. Um desses exemplos é a nossa parceria com a firma portuguesa de advogados Azevedo Brandão e Associados. Estas parecerias são apenas uma amostra das várias, que envolvem muitos e variados atores, e que são firmadas dentro do espaço lusófono. Razão para crermos que o negócio tenha tudo para ser próspero, sobretudo, com a tão afamada livre circulação no espaço lusófono.
Numa altura em que a pandemia ainda é uma realidade no mundo inteiro, considera que – e face a este desafio – as relações dos países lusófonos se têm unido e fortalecido, promovendo uma dinâmica forte na inovação, na formação e na internacionalização? De que forma?
Esta é uma daquelas questões que admite muitas reflexões, perceções e respostas. Pois, muito recentemente a lusofonia não foi capaz de se impor em face do bloqueio europeu aquando do surgimento da variante Ómicron da Covid-19. E bem antes da sua eclosão, haviam sérias dificuldades na obtenção de vistos dentro do espaço lusófono, mesmo quando os requisitos se achassem preenchidos. Dificuldades essas que se mantêm. Estas premissas revelam algumas dificuldades que podem minar a interação e integração desejada. Todavia, isto para além de não travar o principal hiato, não apaga as conquistas nem condiciona o desejo de uma maior colaboração e um ganho comunitário.
Precisamos, no entanto, de um maior empenho, de todos, para tirar do papel os nossos sonhos e trabalhar para a sua materialização, aí sim, seremos mais unidos e teremos todas as ferramentas para uma relação dinâmica, inovadora, profícua e que nos permita marcar posição na arena global.
No que diz respeito ao fomento e crescimento dos negócios na Lusofonia, de que forma a Isálcio Mahanjane Advogado e Associados se tem adaptado e reinventado, tendo em conta as constantes transformações das Comunidades?
Como disse antes, o firmar de acordos de parceria é um passo; a integração nos vários organismos económicos, é outro passo a dar; aliado, sem dúvidas, a uma prestação qualitativa de serviços. Desse jeito, cremos poder ser uma marca “obrigatória” no mundo lusófono.
Que perspetivas encontra para o ano 2022 da CPLP? Que desafios e conquistas podemos esperar para a Lusofonia, nomeadamente no que diz respeito à área jurídica?
As perspetivas são várias, no sentido positivo do termo. Todavia, à cabeça, será preciso vencer ou minimizar a Covid-19 e os seus efeitos, de forma a permitir o restabelecimento total das relações humanas e comerciais, para que juntos, nas mais diversas áreas de atividade e saber, possamos retomar, com força, as nossas interações e intercâmbios, para daí perspetivarmos um ano de 2022 produtivo e próspero para o espaço lusófono.
Neste processo, qual será o posicionamento da Isálcio Mahanjane Advogado e Associados, no sentido de apoiar e expandir a CPLP nos próximos anos? Que novidades podemos esperar por parte da sociedade?
A IMAA é membro da Câmara de Comércio de Moçambique, uma importante plataforma empresarial, através da qual se propõe intervir no sentido de uma maior interação e melhoria do ambiente de negócios no espaço da CPLP. Outra forma é o trabalho que tem realizado no âmbito das suas parecerias que tem levado o pessoal da firma à vários cantos da lusofonia.