Nuno Billy será acompanhado por Mario Campos no baixo, Álvaro Figueiredo na bateria, Paulo Reis na viola e guitarra e Bruno Campos no piano.
No seu projeto a solo Nuno Billy é experimentalista. A guitarra é a sua base, explorando outros instrumentos de complexidades diversas como o baixo, percussão, harmónica, entre outros, integrando-os no seu conceito criativo.
Nas palavras do autor, as canções abordam de forma simples temas do seu universo pessoal como o trabalho, o beijo, o abraço, as ausências, as experiências, as musas, paixões, tristezas e alegrias”.
O concerto terá lugar pelas 17 horas, na Casa da Cultura Lívio de Morais (Avenida 25 de abril, Largo Igreja, 2735-400 Agualva-Cacém) e a entrada é gratuita.
Serão aplicadas as regras relativas ao Covid-19, que se encontrem em vigor à data do concerto.
Um percurso criativo com o Rock no coração
Nuno Billy é um autodidata. Começou por tocar os primeiros acordes na infancia e desde cedo teve necessidade de comunicar através da música. Na infância ouviu Muddy Waters, ZZ Top, Neil Young, Led Zeppelin, BB King, AC/DC e Pink Floyd.
No início da adolescência, ganhou gosto pelo Jazz, descobrindo em concertos no Hot Clube de Portugal, o jazz português. Começou a aprofundar o conhecimento e a falar diretamente com músicos… a educar o ouvido. Em simultâneo começou a interessar- se pelo folk e country americanos.
Aos 17 anos estreou-se a tocar ao vivo. Começou por tocar folk, usando viola de 12 cordas e harmónica com apoio. Antes de formar bandas, era em bares e na rua que tocava. Apesar do gosto pelo jazz, teve sempre o chamamento dos blues e do folk. Seguiu-se uma aprendizagem do universo da gravação. As ideias eram registadas em cassete, com um microfone stereo Phillips e um gravador Toshiba, que guarda religiosamente.
A primeira banda surge em 1992, os Toxicamente, projeto que misturava vários géneros musicais, desde o blues, rock e punk hardcore. A banda nunca gravou qualquer trabalho discográfico, apenas algumas demotapes, que se foram perdendo no tempo. Passados dois anos a banda terminou.
Entre 1994 e 1995, participou em várias jam-sessions no Blues Café, em Lisboa, e dedicou-se ao estudo da guitarra e da composição.
Um ano depois iniciou a formação dos Kozmic, com o baixista Rui Vasconcelos, que integrou os Toxicamente, com o Rogério Paula na bateria e o Rui Colaço nas percussões. Os Kozmic eram uma banda de originais, com uma vertente de fusão, onde os ritmos latinos eram predominantes e os acordes jazzísticos se faziam sentir. A banda acabou por terminar após alterações de baterista, com a saída do Rogério para a entrada do Luis Ló, o virtuoso baterista e multi-instrumentista do Cacém.
O desejo de ter uma banda nunca desapareceu e em 1998 criou o projeto Mostarda no Prego, assumindo o papel de vocalista, deixando para si próprio a interpretação das suas letras. A ode criativa não pára e vai compondo canções neste coletivo e também a solo.
Em 1999, faz uma paragem nas atuações em publico, por motivos pessoais. No entanto foi nesta fase mais imersiva que sentiu mais inspiração tendo escrito temas como, ”Flutuar”, “Longe”, “Tinha de ser hoje”, “Verão”, entre outros.
Álvaro Figueiredo voltou a desafiá-lo em 2006, e assim nasce Plas Femêas como duo e pouco tempo depois, com a entrada do Mário Campos, como trio. Foram gravados vários trabalhos com apresentações em programas de TV e entrevistas em rádios.
Em 2014, voltam a usar o nome Mostarda no Prego. Pouco tempo depois, a entrada de Carlos Martins na banda, como vocalista e letrista, deixou a Nuno Billy espaço para criar e desenvolver o projeto Manuel Dentinhos Experience, abrindo caminho para organizar dezenas de canções que foi escrevendo e compondo. Começou também a gravar em modo digital e a misturar aquelas que seriam as primeiras impressões de “Ordem analfabética”.
Paralelamente surgiu a oportunidade de criar a produtora “Gravar.com”. Inicialmente um estúdio portátil , a ideia evoluiu para a criação de um estúdio físico com todos os equipamentos de um estúdio profissional.
Concretizou a gravação do álbum de originais “Ordem Analfabética”.
O disco tem 19 temas, cantados em português e um instrumental. A base musical varia entre o Folk, com predominância nas guitarras acústicas de 6 e 12 cordas e o rock, jazz e blues.
Durante a pandemia continuou a trabalhar, tendo gravado o tema “a minha estrela”.
Atualmente, encontra-se em processo de gravação de um novo álbum, com 10 temas originais, com predominância no rock, puro e duro e com novos parâmetros de composição. Um trabalho que conta partilhar muito em breve.