Início Atualidade “Uma força de trabalho Inclusiva e Diversificada é fundamental para permitir a Missão da Gilead”

“Uma força de trabalho Inclusiva e Diversificada é fundamental para permitir a Missão da Gilead”

0
“Uma força de trabalho Inclusiva  e Diversificada é fundamental para permitir  a Missão da Gilead”

A Gilead está presente no mercado há mais de 30 anos numa procura incansável de “trazer novas terapêuticas para doenças potencialmente fatais” através da ciência e inovação. Assim, de que forma os serviços que oferecem e a partilha do saber, permitem ajudar a população?
À nossa escala, temos contribuído para a melhoria da qualidade de vida de milhares de pessoas em Portugal e de milhões em todo o Mundo. Sabemos que tal só acontece com o empenho de quem diagnostica, define terapêuticas e acompanha a saúde de cada pessoa e de cada doente. Tendo em conta que a nossa génese está na virologia e no tratamento de doenças crónicas como o VIH, é claro para nós que a abordagem tem de ser 360º, não podemos considerar que o nosso trabalho se encerra ao disponibilizar inovações terapêuticas no mercado. Temos de fazer o que estiver ao nosso alcance para garantir que chegam a quem realmente delas necessita, através de uma série de programas de acesso internacional e de apoio à comunidade.

Sabemos que o verdadeiro compromisso da marca passa por criar essencialmente um mundo mais saudável para todos e prolongar, assim, a qualidade de vida daqueles que sofrem das mais variadas doenças. Quais os maiores desafios encarados quando se movem por valores tão nobres como a inclusão, o trabalho e a responsabilidade?
A Gilead reconhece que o avanço das descobertas científicas é apenas um aspeto para a melhoria da saúde pública e está empenhada em disponibilizar mais do que apenas terapêuticas aos doentes. Alguns dos programas que desenvolvemos em Portugal ajudam a enfrentar barreiras aos cuidados, tais como: acesso ao tratamento, o estigma e a discriminação, assim como as desigualdades na prestação dos cuidados de saúde em todo o mundo.
Nesse âmbito criámos, por exemplo, em 2013 o Programa Gilead GÉNESE com a ambição de incentivar a investigação, a produção e a partilha de conhecimento científico a nível nacional, e de viabilizar iniciativas que conduzam à implementação de boas práticas no acompanhamento dos doentes. Este Programa tornou-se uma referência na área da Responsabilidade Social Corporativa, incentivando projetos de investigação científica e de intervenção na área da comunidade. Ao longo de sete edições, o montante global de financiamento atribuído aos 89 projetos apoiados pelo Programa Gilead GÉNESE ascendeu a quase dois milhões de euros, tornando este um dos maiores programas de responsabilidade social do setor farmacêutico em Portugal.
Ainda neste quadrante de responsabilidade social, com o objetivo de promoção da literacia nasce, em 2017, o projeto PensaPositivo, um movimento que tem a missão de aumentar o conhecimento na área do VIH e consequentemente combater o estigma e contribuir para a eliminação da infeção por VIH. Este movimento tem crescido ao longo destes anos. Até ao momento tem o apoio de 20 entidades: associações de doentes, sociedades médicas e sociedades científicas e, é no âmbito deste movimento, que surge a Academia PensaPositivo. Com a parceria de médicos infeciologistas envolvidos e com a ajuda e colaboração de outros parceiros importantes na sociedade queremos fazer com que este Movimento chegue a todos.

Muito se tem debatido acerca da problemática da saúde mental – a mais valiosa do ser humano. No que diz respeito à situação da pandemia da Covid-19 que o mundo ainda enfrenta, acredita que a saúde mental ganhou maior consciencialização na vida da comunidade? De que forma as consequências desta realidade afetou a saúde das pessoas?
Considero que a Pandemia trouxe uma série de mudanças para a nossa vida quotidiana e com elas uma noção de fragilidade, ausência de controlo e solidão de que a grande maioria de nós não estava consciente. Estas características aliadas a mais tempo para nos virarmos para dentro de nós, porque se passou menos tempo a viajar, a socializar, despoletaram para muitos uma reflexão mais abrangente sobre os seus objetivos de vida. Não é por acaso que muitos tomaram decisões de mudar de residência, de estado civil, de país.
Se para muitos esta pandemia permitiu fazer um balanço e uma mudança de vida, para outros, até porque também poderão ter sido atingidos pela perda de familiares próximos e amigos, trouxe uma sensação de desamparo que pode estar na base de uma menor saúde mental, uma menor capacidade de esperança e uma sensação de desajuste em relação à vida real. E este tema torna-se tanto mais sério quanto o facto de os temas de saúde mental estarem sempre muito envoltos em estigma, incompreensão e alguma dificuldade de empatia.
Na realidade a pandemia e os seus efeitos sociológicos permitiu que se falasse mais de saúde mental e que se tentassem criar as condições para que as pessoas peçam ajuda e percebam que o que nos acaba de acontecer se enquadra numa categoria de “eventos que provocam mudanças de vida” e que sempre foram identificados como passíveis de provocar depressões, desequilíbrios obsessivo compulsivos, entre outros. Penso que permitiu também sentir a fragilidade do nosso equilíbrio e que qualquer um de nós, sem exceção, pode sofrer um desequilíbrio na sequência deste tipo de acontecimentos e desse modo criarmos uma maior compreensão e tolerância em relação à sintomatologia mental do outro. Ou pelo menos assim espero.

Assim, considera que a questão da saúde mental tem vindo a ultrapassar barreiras nacionais, culturais, políticas e socioeconómicas? Qual é o papel da Gilead neste âmbito?
Sim considero e, neste âmbito, o papel da Gilead é tentar cuidar de forma mais atenta dos seus colaboradores, criar condições para se adaptarem a este novo modo de vida e de trabalho.
Este é um tema muito importante para a companhia, queremos contribuir para que os nossos colaboradores sejam saudáveis em todos os aspetos da sua vida – emocional, física e financeira. E temos vindo a implementar alguns programas que procuram dar resposta e a incorporar essas necessidades.
Implementámos, por exemplo a nível mundial um programa de assistência ao colaborador que é gratuito e que prevê consultas psicológicas, apoio legal, apoio contabilístico, entre outros. Temos desde há dois anos um subsídio de bem-estar que pode ser utilizado para a compra de equipamento desportivo, aulas, ginásio, entre outros.
Desde novembro deste ano adotámos um modelo de trabalho híbrido que prevê até três dias de teletrabalho por semana de acordo com a agenda e necessidades profissionais do colaborador.
Temos aulas de yoga virtuais e a sexta-feira à tarde isenta de reuniões e com possibilidade de fecho de atividade a partir das 15h30.
São medidas simples que visam facilitar a vida dos nossos colaboradores de modo a sentirem as condições necessárias para a manutenção do seu bem-estar e equilíbrio pessoal e profissional.

A Gilead compromete-se diariamente em criar uma cultura inclusiva que permita às pessoas dar o seu melhor no trabalho, refletindo-se na diversidade dos pacientes que assistem. É caso para dizer que em ambiente de trabalho “mais vale prevenir do que remediar”? Porquê?
Sim, porque na realidade temos de nos sentir bem para podermos trabalhar com qualidade e foco, sobretudo nesta área da saúde. Assim, se estivermos atentos às nossas pessoas, poderemos garantir que se cuidam e protegem mutuamente antecipando possíveis problemas de saúde futuros. O nosso CEO, Daniel O’Day, disse recentemente: “Estou orgulhoso do trabalho que temos desenvolvido na Gilead para garantir equidade para os nossos colaboradores, para as comunidades em que trabalhamos e para os doentes que atendemos. A inclusão é um dos nossos valores fundamentais e acredito que seja essencial para o sucesso de longo prazo da Gilead. Construir uma força de trabalho inclusiva e diversificada é a coisa certa a fazer e, ao mesmo tempo, também é fundamental para o nosso futuro. A diversidade catalisa a inovação e, em última análise, a diversidade é fundamental para o nosso objetivo de fornecer medicamentos transformacionais para doentes em todo o mundo”.

Inclusão: um valor que tanto diz a esta marca. Qual a importância de promover um ambiente de trabalho onde as diferenças sejam valorizadas?
Numa empresa de inovação, esta só é possível se houver diversidade de pensamento e de perspetivas. Isso só se consegue com pessoas de perfis diversos. Temos de criar espaço e dar voz a todos para podermos conseguir chegar às conclusões mais adequadas. A inclusão e diversidade é a chave do sucesso de qualquer negócio ou empresa, acelera a exposição a diferentes cenários, aumenta a agilidade e a rapidez de aprendizagem.
Uma força de trabalho inclusiva e diversificada é fundamental para permitir a missão da Gilead – e, em última análise, irá ajudar-nos a criar um mundo melhor e mais saudável. Estamos altamente empenhados em criar uma cultura inclusiva, uma cultura que permita a todas as pessoas fazer o seu melhor trabalho e que seja reflexo da diversidade dos nossos doentes. Ao mesmo tempo, reconhecemos que precisamos de fazer mais para acelerar o nosso progresso – para as nossas pessoas, para o nosso negócio e para o mundo.
O nosso sucesso depende de cada um dos nossos colaboradores, e as formas como somos diferentes é uma das nossas maiores forças. Estas diferenças incluem atributos visíveis e não visíveis, tais como raça, género, idade, etnia, pessoas com deficiência, aparência, estilos de pensamento, crenças, nacionalidade, idade, orientação sexual, e educação, entre outros. A inclusão na Gilead é um valor central e significa criar e promover um ambiente de trabalho onde as nossas diferenças são valorizadas, e as pessoas se sentem envolvidas, respeitadas e ligadas.

Certo é, que esta é uma empresa que caminha de mãos dadas com a sustentabilidade – não fosse ela dada a causas. Neste sentido, qual é o caminho que tem vindo a ser traçado pela Gilead? De que forma se funde um serviço bem-sucedido com uma produção ambientalmente responsável?
A Gilead está empenhada na produção social e ambientalmente responsável de medicamentos que melhoram e salvam vidas em todo o mundo. Desde a investigação ao desenvolvimento, passando pelo fabrico e distribuição dos nossos produtos até à sua eliminação, estamos continuamente a trabalhar arduamente para reduzir a nossa pegada ambiental.
O nosso empenho em proteger o ambiente e proporcionar um local de trabalho saudável e seguro é evidenciado pelas rigorosas práticas ambientais, de saúde e de segurança que praticamos. E esforçamo-nos continuamente por melhorar as nossas práticas e elevar os nossos padrões para ter um impacto positivo no local de trabalho, no mercado, na cadeia de valor e nas comunidades em que fazemos negócios.
Por exemplo a Gilead tem estado a rever as suas frotas a nível internacional e local no sentido de adotar cada vez mais veículos híbridos/elétricos e a localização dos nossos escritórios perto de transportes públicos e com acessos fáceis facilitam a deslocação dos nossos colaboradores.

A terminar, que linhagem de pensamento gostaria que todos nós percorrêssemos no que toca à saúde? No domínio da saúde mental, que futuro devemos seguir?
Idealmente e sobretudo no âmbito da saúde mental gostaria que sentíssemos cada vez mais abertura e tolerância a assumirmos quando não nos sentimos bem. De acordo com diversos estudos que têm sido divulgados, os sintomas de depressão e ansiedade agravaram-se com a pandemia COVID-19, mas este é um problema que não é de hoje e a criação de uma rede de apoio mais clara e até subsidiada ao nível de cuidados psicológicos, por exemplo, seria facilitadora.
Fator importante também será a difusão de informação e consciencialização de que numa fase em que tanto valorizamos o desporto e uma alimentação equilibrada, a mente também precisa de cuidado. Este cuidado pode advir de um regresso à socialização, mais frequente com o fim da pandemia, técnicas de meditação, leitura, o que funcionar para cada um, assim como as endorfinas libertadas pelo desporto. Horas de sono regulares são também fundamentais para este equilíbrio, bem como o desligar dos ecrãs e da constante conexão eletrónica, para nos conectarmos mais com a natureza, por exemplo.
Ao nível da empresa, há que manter “canal aberto”, estarmos atentos uns aos outros para podermos apoiar e escutar ativamente os pedidos de ajuda e sobretudo não estigmatizar problemas e questões de saúde, que não sendo contagiosos, podem mesmo acontecer a qualquer um.