Início Atualidade “Gostava de fazer algo que deixasse a Minha Distinção nesta Atividade e Elevá-la ao Prestígio que Merece”

“Gostava de fazer algo que deixasse a Minha Distinção nesta Atividade e Elevá-la ao Prestígio que Merece”

0
“Gostava de fazer algo que deixasse a Minha Distinção nesta Atividade e Elevá-la ao Prestígio que Merece”

A CENTURY 21 Arquitectos nasce em Gondomar, constituída inicialmente por uma equipa de cinco profissionais – hoje são 100: consultores imobiliários com uma inigualável experiência e know-how, fortemente motivados a prestar o mais elevado nível de serviço. São sete anos que pautam o caminho da marca que sob a alçada de Joana Resende, se encontra atualmente no 8º lugar de faturação nacional entre as 190 agências nacionais. A realidade é que a interlocutora, formada em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, aquando do começo deste desafio trazia consigo já uma bagagem de atividade na área em que se licenciou, o que para a mesma foi um estímulo maior uma vez que o setor da mediação imobiliária lhe era totalmente alheio. “A primeira coisa que fiz foi tentar perceber como funcionava, assinei o contrato de franquia em junho de 2015 e só abri a loja ao público em outubro porque nesse período dediquei-me a fazer muita formação na área e ainda 15 dias de estágio numa loja que hoje também é minha”, inicia Joana Resende. E se poucas eram as expectativas no que diz respeito ao amor pela nova profissão, a entrevistada acabou por ser surpreendida quando rapidamente percebeu que se tinha apaixonado pela atividade que decidira enveredar. Segundo a mesma, “desde pequena que sonhei ser arquiteta, mas é uma área muito solitária. E eu sou muito expansiva, gosto de falar, gosto de estar com pessoas, e o meu papel na mediação imobiliária seria sempre esse porque faço a gestão da equipa”. Acrescentando ainda que a sua principal missão sempre foi “ter uma empresa dentro da mediação que melhor servisse os consultores imobiliários, que se distinguisse. Onde os colaboradores se sentissem apoiados, tivessem as melhores ferramentas, e que a partir disso conseguissem fazer o melhor trabalho juntos dos seus clientes e apresentar o melhor serviço”.

Os desafios e o reconhecimento que marcam o longo caminho da CENTURY 21 Arquitectos

Como é natural e transversal a todos os setores de atividade, este foi um caminho que se fez lentamente, tendo sido marcado por obstáculos que depois de ultrapassados, abriram portas a oportunidades jamais pensadas pela CEO, que garante que “os dois primeiros anos da CENTURY 21 Arquitectos foram muito difíceis por causa de um desafio financeiro, mas com muita vontade e motivação chegámos aqui hoje. O que permitiu toda esta evolução foi o liderar a equipa e absorver sempre novos consultores, de forma a ir crescendo cada dia mais. Nesta atividade, só podemos crescer”.

A vontade de continuar a desbravar este caminho e abraçar novos projetos ultrapassou, definitivamente, as barreiras que surgiram durante todo o processo, isto porque em 2019, a empresa tornou-se líder no Norte, tendo sido a agência com mais faturação. Como se não bastasse, é perante esta conquista que se dá o segundo marco: abrir a segunda loja da CENTURY 21, desta vez no Porto. “Nessa altura, já fazia parte dos meus planos avançar com uma segunda loja, porque a loja de Gondomar estava em velocidade de cruzeiro, portanto era a altura ideal para dar outro salto. Portanto decidi abraçar este novo desafio”, confidencia Joana Resende. Obviamente que todo este sucesso, é algo que em muito enche de orgulho a mulher que dá a cara pela marca, principalmente por não ter sido um trajeto fácil. Todo o entusiasmo que cada conquista cria na equipa, é, para Joana Resende, uma emoção sem medida. “Ter estado num palco, que sempre me habituei a ver ocupado pelos melhores profissionais desta área, e de repente, eu e a minha equipa estamos lá também, é algo que não consigo descrever”.

A missão e determinação de fazer mais e melhor é o que move os membros da CENTURY 21, e por esse motivo, novas metas estão constantemente a ser traçadas. Numa altura em que muitas foram as vicissitudes da pandemia que nos últimos anos assoberbou os inúmeros setores de atividade, a CENTURY 21 Arquitectos, antecipou-se e tem vindo a apostar cada vez mais na tecnologia, o que permitiu que durante todo este período, as adversidades se tornassem mais leves. No entanto, a CEO garante que “a mediação será sempre uma atividade de relação o que não permite que seja puramente tecnológica, mas temos apostado mesmo muito nesta vertente”.

Se há algo da qual Joana Resende não descura, é a formação contínua de todos os colaboradores que lidera, isto porque, para a mesma, esta metodologia de trabalho com foco nos recursos humanos, impulsiona – e muito – o sucesso da empresa. “Desde a estrutura, até aos comerciais, temos a consciência de que é importante estar sempre a aprender e inovar. Como o mundo está em constante mudança, e o mercado imobiliário português é ainda imaturo, precisamos de ir olhando além-fronteiras. Portanto a marca CENTURY 21 neste aspeto é pioneira, porque tem formações contínuas e adaptadas àquilo que é a necessidade quer dos consultores quer das estruturas”. Para além disso, a própria quando percebe que existe a necessidade no seio da equipa de novos conhecimentos, contrata técnicos para dar formação. Existe realmente uma preocupação intrínseca no “saber-fazer”.  Mas como nem só de formação importa falar, é louvável a união que caracteriza quem pela CENTURY 21 passa. Segundo a interlocutora, “há de facto uma união incrível, um sentido de entreajuda que faz toda a diferença. A grande razão pela qual estivemos no palco agora em fevereiro, para além do serviço de excelência, tem também a ver com o espírito que temos dentro da empresa”.

Joana Resende: a líder nata

Não é segredo para ninguém, a visão empreendedora e as habilidades de liderança que correm nas veias de Joana Resende, a profissional que apenas com 27 anos abriu uma empresa, com uma enorme vontade de aprender. “Vivi sempre muito em prol do trabalho, sou muito apaixonada pela minha profissão o que às vezes se torna difícil de conciliar com a família. Mas felizmente, tenho conseguido manter um equilíbrio que me permite fazer bem e estar presente em ambos os mundos: profissional e pessoal. E isso para mim é o mais importante, como líder, como mulher e como mãe”.

A liderança é inquestionável na vida da interlocutora – a mesma é a primeira a assumir que esta particularidade lhe está totalmente intrínseca. Até porque, desde nova que o espírito de líder tomou conta dela, fruto de características que tanto a identificam: expansiva, comunicativa e impaciente. “Nunca quis estar à espera que algo acontecesse, portanto fiz sempre eu primeiro. E isso foi cimentando a minha capacidade de liderança. Tudo isto fez com que dentro daquilo que é a mediação, eu seja uma líder também”, sustenta. Num cargo de tamanha importância, existe sempre um problema que nunca passa despercebido: a gestão do tempo. Para Joana Resende, não é diferente. Este é mesmo o maior desafio na arte de liderar pessoas, sendo ainda mais acentuado porque se entrega na totalidade a tudo o que realiza. “Eu dou tudo de mim, entrego-me totalmente, e nem sempre as pessoas são gratas. À conta disso já tive algumas desilusões, o que não faz com que deixe de ser quem sou, e de continuar a entregar-me, com a consciência de que estou a fazer o melhor para mim e para quem me rodeia”.

Muitos são os fatores que contribuem e marcam um caminho de tamanho sucesso como é o de Joana Resende, que diariamente se desdobra em líder, mulher e mãe. Alguns deles, são de facto marcantes. Para a interlocutora, os momentos que proporcionaram o ser humano que é hoje dividem-se em três: “em primeiro, a minha família. Que são e foram sempre a base daquilo que eu sou. Desde a faculdade, aos inícios da profissão, o apoio deles foi sempre indescritível. Depois a formação na faculdade, que adorei e contribuiu em muito para a profissional e pessoa que sou hoje. Foi o que pautou os meus primeiros anos no mercado de trabalho. E também, o momento em que deixo a atividade em arquitetura e passo para a mediação imobiliária, a questão de todo aquele obstáculo que tive que ultrapassar logo em primeira instância. Essa fase moldou-me muito enquanto a líder que hoje sou. Porque vi-me numa dificuldade que nunca na vida tinha tido que lidar, e vi-me obrigada a escrever uma página nova. E a escrevê-la com uma intensidade que me obrigou a ir buscar forças onde nem sabia que tinha”.

Dia Internacional da Mulher na história de uma Mulher Realizada

Celebrar efemérides como o Dia Internacional da Mulher é aplaudir os avanços conquistados no feminino a nível económico, social e político. Mas porque é que continua a ser tão importante relembrar esta data? Para Joana Resende, “este dia vai acabar por ser desvalorizado ao longo do tempo, porque a verdade é que a mulher sempre teve um papel na sociedade que hoje em dia já não tem. Hoje em dia a mulher já não é a mãe, cuidadora e dona de casa, mas sim a profissional, a líder e acima de tudo, a mulher. No sentido literal da palavra. No entanto, esta celebração continua sem dúvida a ser importante porque esta é a perspetiva que nós temos aqui na Europa, porque ainda há muitas outras partes do mundo onde o caminho a percorrer é sem dúvida maior”. A verdade é que ao longo dos anos, o papel que a mulher tem vindo a perpetuar diz muito mais respeito ao amor-próprio. Atualmente todas tendem a ser mais focadas naquilo que é a sua formação e profissão. Há cada vez mais mulheres a abrir empresas, em lugares de topo, e principalmente, a olhar para elas primeiro, o que só pode ser um motivo de grande realização.

Já no mundo dos negócios, a história não se repete. Pelo menos, ainda não com a consistência desejada. Neste âmbito, o caminho a percorrer é ainda longo, tendo em conta que está muito presente a realidade de que a mulher não é capaz de conciliar um cargo de liderança com o facto de ser mãe. Para a entrevistada, “esse lugar exige muita dedicação e muito trabalho, e no outro lado temos a família onde o papel da mãe ainda é visto como um papel fundamental na educação dos filhos, e do desenvolvimento da personalidade da criança. Acho que as pessoas tendencialmente não escolhem a mulher para esses lugares nas empresas, porque acham que em algum momento vão falhar, ou ter que escolher entre uma coisa e a outra. Esse é o principal problema. O facto de ainda não se ver muitas mulheres em lugar de topo prende-se com isto. Porque as mulheres são donas de uma força e capacidade muito maior, são focadas. E a mulher sente também muito a sociedade a questioná-la, o que faz com que exista uma necessidade ainda maior de provarmos que somos capazes”. E se muitas são já as conquistas adquiridas, outras tantas são as ambições a alcançar pela mente inquieta que persiste inerente a Joana Resende. “Neste momento a maior ambição é colocar as duas lojas no top dez, depois no top cinco, e por aí fora. Mas o meu foco será sempre ter o melhor serviço para os meus consultores, para que eles posteriormente possam ter o melhor serviço para os seus clientes”, sustenta.

Muitos afirmam que cada personalidade se insere no mundo com algum propósito, deixando a sua marca na vida dos demais, bem como no seio empresarial por onde se passa, no caso da interlocutora o cenário não é diferente, até porque a verdadeira pegada que a mesma deseja penetrar é “o profissionalismo”, garante, acrescentando ainda que “eu vinha de uma atividade que tinha prestígio, a arquitetura. E estou agora noutra que é absolutamente apaixonante e faz muita diferença na vida das pessoas e não é valorizada. Gostava de fazer algo que deixasse a minha distinção nesta atividade e elevá-la ao prestígio que merece”.

A mensagem de Joana Resende

Sendo um exemplo claro de liderança feminino e tendo consigo uma quota imensa de determinação, esta é a mulher que nunca deixa nada por dizer, nem por fazer. Por esse motivo, o conselho a todas as mulheres e líderes femininas é “nunca deixarem de acreditar nas suas capacidades”. Isto porque, durante longos anos as mulheres acharam não ser capazes de superar certos obstáculos impostos, mas Joana Resende afirma orgulhosamente que “não temos que prescindir de nada – nem da condição de mãe, nem de mulher – para sermos bem-sucedidas. Conseguimos lidar com tudo porque somos mulheres e temos uma força incrível. Coragem também, para lidar com os estigmas”. Em consequência de tudo o que foi realizado, confidenciado e sentido ao longo da sua vida, Joana Resende garante ser hoje uma mulher realizada a todos os níveis, estando mais feliz do que nunca. “Para mim, ser mulher em 2022, é fabuloso”, termina.