Início Atualidade “Queremos munir a ABMG de Equipamentos que possam Potenciar o nosso Core Business”

“Queremos munir a ABMG de Equipamentos que possam Potenciar o nosso Core Business”

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“Queremos munir a ABMG de Equipamentos que possam Potenciar o nosso Core Business”

RUI PEDRO SIMÕES

Como começou, de forma geral, a Gestão de Infraestruturas na ABMG?
Deparamo-nos com infraestruturas de certa forma envelhecidas e com falta de manutenção pontual. Atualmente a capacidade técnica é outra e estamos a evoluir para melhor, com a ajuda das equipas que, também elas, foram construídos do zero. Apesar de a ABMG ainda não ter todos os recursos necessários, está a construí-los aos poucos sendo que é nossa preocupação trabalhar bastante nos recursos hídricos e no impacto ambiental. Estamos a trabalhar fortemente nestas questões com todas as entidades envolvidas. Além disso, queremos aumentar as infraestruturas que contribuem diretamente para a continuidade do abastecimento, qualidade de serviço, a um preço adequado. Ambicionamos arranjar soluções eficazes e mantê-las, tanto a nível de valorização corporativa como das instalações e equipamentos. Para que isso seja possível, investimos em tecnologia em diversas áreas técnicas, privilegiando a formação interna dos Recursos Humanos. Queremos munir a ABMG de tecnologia de ponta que possam potenciar o nosso «core business» e, assim, garantir uma qualidade de serviço de excelência.

MARGARIDA CARVALHO

O que se está a fazer para melhorar e reorganizar o abastecimento de água?
A ABMG abrange neste momento quase a totalidade do seu território em termos de abastecimento de água. Na totalidade temos cerca de 1050 quilómetros de rede de abastecimento de água, sendo que, quando a mesma nos chegou às mãos era uma rede algo envelhecida. Este facto faz com que existam algumas ruturas. O nosso objetivo é diminui-las, em número e em gravidade, uma vez que qualquer rutura tem um impacto significativo nos nossos consumidores. Temos tido ainda atenção às elevadas pressões que existem em alguns pontos da rede. A ABMG tem investido em reorganizá-la e fazer, assim, um controlo de pressões através da instalação de variadores de velocidade para diminuir os choques hidráulicos nas condutas, reduzindo as fugas e o consumo energético. Em consequência, aumentamos o tempo de vida útil das condutas que estão neste momento instaladas.

SOLANGE NOGUEIRA

O que se tem desenvolvido no que diz respeito ao Controlo de Perdas e Energia?
Numa empresa tão recente como a ABMG, na minha perspetiva, não faz sentido falar das definições técnicas de perdas, mas sim dividi-las em três grupos: perdas macro, que são as perdas reais e de maior volume a nível do abastecimento em alta e em baixa e as mais relevantes para o balanço hídrico, cujas iniciativas passam pela implementação de sistemas de telegestão, através da comunicação entre a captação, reserva, adução e distribuição, sendo este ciclo comandado pelo consumo; as perdas médias, que estão relacionadas com os volumes não contabilizados e não faturados a nível do cliente, onde temos substituído contadores avariados, instalado contadores em locais onde não havia mediação, entre outros; e por fim as perdas micro, que são as mais refinadas e que têm a ver com erros de medição/contagem e consumo não autorizado. Neste último ponto, estamos a instalar contadores ultrassónicos nos nossos 100 maiores consumidores, o que vai fazer com que o rigor da leitura seja muito superior.

RITA COSTA

Que análise faz do saneamento global da ABMG?
Temos cerca de 1050 quilómetros de rede de água e 375 quilómetros de rede de saneamento. Efetivamente, a ABMG tem como preocupação investir nas redes de saneamento para aumentar o número de população servida. Atualmente temos cerca de 30000 clientes totais, em que só cerca de 20000 é que são abastecidos por saneamento. Existem duas realidades em relação à rede dos coletores, em que uma é muito antiga e outra mais recente, sendo que a preocupação está em acompanhar os comportamentos das instalações envelhecidas através de inspeções dos coletores para podermos planear a curto prazo a substituição dos mais antigos. Preocupamo-nos ainda na reorganização de todo o sistema, de forma a otimizar as questões de energia e melhoria na capacidade de tratamento, assim como a entrada indevida de pluviais. No dia a dia temos efetuado campanhas e ações no sentido de melhoria destas condições, bem como de consciencialização junto da população para comportamentos mais adequados no uso do saneamento.

JOSÉ MARTINS

Que medidas existem para repor as condições de todas as instalações, baixar a manutenção curativa e aumentar a manutenção preventiva?
Inicialmente encontrámos equipamentos inadaptados para garantir um adequado funcionamento dos sistemas e a necessitarem de manutenção, de uma forma generalizada, em mais de 70% das instalações, tanto em saneamento como em abastecimento, nos três municípios. Estamos neste momento a fazer uma recuperação ativa das mesmas, com novos equipamentos e infraestruturas auxiliares, nomeadamente através da intervenção em quadros elétricos e respetivos acessórios, correspondendo, aliás, a uma das principais razões para a constituição desta empresa intermunicipal. Ao mesmo tempo temos também vindo a instalar, quando possível, equipamentos mais eficientes de forma a reduzir a pegada ecológica e a reduzir os custos energéticos.
De futuro pretendemos diminuir a manutenção curativa e construir um plano anual de manutenção preventiva de forma a garantir que os equipamentos sejam 100% operacionais.