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“A Evolução da marca Fabrimetal no mercado Angolano tem sido Sustentável e Consistente ao longo dos anos”

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“A Evolução da marca Fabrimetal  no mercado Angolano tem sido Sustentável e Consistente ao longo dos anos”

A Fabrimetal é uma empresa privada – que integra o grupo MMD Steel – com sede no Pólo Industrial de Viana, Angola. Com cerca de 16 anos de história, é hoje um fabricante líder de vários materiais em aço. Gostaríamos, portanto, de conhecer mais acerca do percurso da marca. Enquanto Diretor Geral da mesma, como descreve a sua evolução? Que valores apresenta que têm contribuído para o seu posicionamento ano após ano?

A Evolução da marca Fabrimetal no mercado Angolano tem sido sustentável e consistente ao longo dos anos. Penso que o que mais tem contribuído para o aumento do posicionamento da marca tem que ver com o facto de acreditarmos no País, no mercado e nas pessoas. Quando foi necessário, ou seja, quando a crise financeira atingiu o País e as importações ficaram mais dificeis, nós oferecemos uma alternativa de qualidade ao mercado. Transformamos importadores em revendedores de produção Nacional.

Sabemos que algumas das máximas que guiam a empresa são “O poder das pessoas”, “A garantia da qualidade” e “A Força do aço”. No culminar destas três chaves-mestras, que fatores diria que contribuem para a competitividade da marca?

 Acho mesmo que tem de ver com o posicionamento que temos mantido e demonstrado ao mercado. Consistência nas ações, naquilo que são os nossos valores e a contínua aposta no mercado Angolano.

Esta é uma marca que visa contribuir para o rápido desenvolvimento das infraestruturas do país, combatendo a importação de varões, apoiando a crescente indústria da construção civil, e principalmente, criando emprego para os Angolanos. Assim, que papel tem vindo a ser aqui desempenhado? Qual a importância desta “luta”?

Em quatro palavras: Agregar Valor, Valorizar as Pessoas.

Algo da qual a Fabrimetal se orgulha é precisamente de recrutar e formar trabalhadores locais, contribuindo para o aumento da sua estabilidade financeira e social. No que diz respeito a este objetivo, em que medida esta é uma marca que gera valor à economia de Angola?

Gera muito valor à economia. Pela redução de importações e aumento das exportações, com impacto significativo no aumento das divisas para o País. Pela geração de rendimento aos mais de 500 Angolanos que emprega e consequentemente aos seus agregados assim como pela renda que gera aos fornecedores nacionais de matéria-prima. A tudo isto ainda podemos juntar a forte contribuição para a economia circular.

Por falar em transformações, a pandemia que assolou o mundo há dois anos, muito impacto teve e continuar a ter, nos diversos setores de atividade. No seio da Fabrimetal, quais foram os principais impactos? De que forma foram ultrapassados?

Nós, como todos os operadores económicos sofremos impactos negativos, nomeadamente pela redução da atividade, pois estivemos sem atividade comercial (vendas) praticamente quatro meses.  Por outro lado, face às restrições impostas, aprendemos também a fazer mais com menos, sem, contudo, ter efetuado qualquer despedimento de pessoal.

A Comunidade dos Países e Língua Portuguesa comemora, desde 2009, o dia 5 de maio – Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP. Neste sentido, que desafios e conquistas considera que se podem esperar para a Lusofonia?

O desafio maior é que todos os membros acreditem mais no enorme potencial económico que esta comunidade tem e para tal sejam ultrapassados alguns entraves ainda existentes. As conquistas poderão ser enormes, nomeadamente agora no atual contexto económico. Temos todos de valorizar mais o nosso maior ativo, a língua portuguesa que é comum a todos.

Enquanto Diretor Geral de uma marca que tanto valoriza o povo Angolano e a sua Cultura e Formação, qual a importância de celebrar esta efeméride?

Para mim, é muito importante. Verifico que as minhas ações na empresa em que trabalho, contribuem de forma significativa para valorizar as pessoas. Pessoas que falam a língua portuguesa.

Falemos de inovação, um fator crucial em qualquer empresa nos dias de hoje. A Fabrimetal, sabemos que procura atingir a excelência na sua fábrica, mantendo, portanto, o foco na produção de varões com níveis de qualidade internacionais. Que estratégia de desenvolvimento de produtos diferencia a marca das restantes?

A estratégia principal é a forte aposta nas pessoas e o facto de sempre pretendermos superar as expetativas dos nossos clientes.

Para além de pioneira, esta também é uma marca que não prescinde de um crescimento sustentável, cumprindo os requisitos da construção civil, sem comprometerem o ambiente. Num período de retoma como o que atravessamos, quão importante é apostar em valores como a sustentabilidade?

A sustentabilidade é fundamental para o crescimento de qualquer indústria. No nosso caso tem um peso maior, na medida em que transformamos lixo em produtos de qualidade internacional e o mercado reconhece isso assim como a nossa contribuição para o bem-estar de muitos Angolanos.

A empresa possui a tecnologia FM TMT (tratamento termomecânico) para produzir varões de elevada resistência à tração. Sendo inerente a todos os setores de atividade, a transformação digital acarreta inúmeras vantagens. Neste mercado do Aço, qual é a relação que existe entre um produto de qualidade, competitivo e a digitalização?

Estão muito relacionados, ou seja, só poderemos continuar a ter produtos de qualidade e competitivos se, de forma consistente aumentarmos a tecnologia dos processos de base e a forma como fazemos chegar o produto ao consumidor.

A Guerra para com a Ucrânia tem sido o acontecimento que mais marca o dia da sociedade no mundo inteiro e sabemos que por ser um ponto de viragem crítico, a todos trará consequências. O Luís Diogo, já sente alguns destes impactos? Se sim, quais?

Sim. Já sentimos em Angola. Essencialmente o aumento de preços de alguns produtos e serviços. Por outro lado também podemos estar na presença de uma oportunidade enorme para a economia Angolana.

A médio prazo, quais considera que serão as maiores consequências que a Fabrimetal irá sentir? Qual será a estratégia no combate às mesmas?

O aumento de preços de alguns produtos subsidiários e peças sobressalentes para a manutenção da unidade são já uma realidade. A estratégia passa por reforçar os níveis de eficiência no processo produtivo e aumentar o volume de vendas no mercado interno e externo.

Ainda que este seja um momento difícil para fazer previsões, quais diria que são as próximas metas a cumprir e projetos/produtos a desenvolver?

Atingir níveis de produção na ordem dos 97% da capacidade Instalada e aumentar a percentagem de vendas no mercado externo. Em termos de produto, vamos ainda este reforçar a produçáo dos perfis U e I.

A terminar, numa altura em que o mundo vive um momento particularmente difícil, que mensagem de alento – e celebração do Dia Mundial da Língua Portuguesa e da Cultura CPLP – gostaria de deixar a todos os que o leem?

Que a CPLP, todos os membros sem exceção, valorizem mais o maior ativo – a Língua – e com isso se constitua de facto num bloco económico com mais-valias para todas as comunidades.