“Apostar na Formação sempre foi o melhor caminho para qualquer Área da Sociedade”

A Formação no Setor Imobiliário desempenha, como sabemos, um papel fundamental para todos os profissionais que pretendem destacar-se neste setor e elevá-lo a outro paradigma. Quem não prescinde desta aposta constante no desenvolvimento e melhoria de competências da sua equipa é Joana Resende, CEO da Century 21 Arquitectos, que em entrevista com a Revista Pontos de Vista garantiu que “pessoas formadas são pessoas mais aptas, mais esclarecidas e mais motivadas para cumprirem os seus propósitos”.

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A CENTURY 21 Arquitectos caracteriza-se por ser uma equipa de consultores imobiliários com vasta experiência profissional, que prestam um serviço de excelência a todos os que procuram imóveis. Enquanto CEO, qual o balanço que faz, aos dias de hoje, da marca no mercado e da sua intervenção no mesmo em prol da satisfação do cliente? Como descreve a sua evolução?

A rede CENTURY 21 Portugal comemorou recentemente 15 anos. Durante este tempo, penso ser claro para todos que tem vindo a acontecer um enorme crescimento, mas crescimento esse sustentado e planeado. Desde que os nossos franqueadores trouxeram a marca para Portugal (e logo de seguida para Espanha também), que a sua preocupação é que nos vejam como verdadeiros profissionais da atividade de mediação imobiliária. A aposta da marca, que se estende como é obvio às suas lojas e aos seus gerentes, é a formação de verdadeiros profissionais, altamente qualificados, preparados e concentrados em dar ao cliente o melhor serviço. A mediação não é vista como um part-time, como algo que se pode ir fazendo nas horas vagas. São profissionais dedicados exclusivamente à sua profissão de consultores imobiliários, com formação contínua, e munidos de todas as ferramentas para concretizarem em pleno as suas funções. Considerando o caminho que a marca tem feito, consolidando-se neste momento como o segundo maior player do mercado imobiliário nacional, só posso descrever este percurso como de grande sucesso. Continuando este foco, sem alterações ao mais importante (que é a atividade dos seus consultores), rapidamente chegaremos ao lugar que almejamos.

Certo é que vivemos num mundo que exige constantes adaptações por parte das empresas. Neste sentido, o que concretiza, a CENTURY 21 Arquitectos, para acompanhar as mudanças e se diferenciar neste mercado tão competitivo?

Na CENTURY 21 Arquitectos estamos sempre muito atentos às alterações, e às adaptações que as empresas devem fazer para acompanhar as dinâmicas de mercado. Seja a reforçar as equipas de Gestão Processual e de Intermediação de Crédito, que hoje são espinha dorsal de qualquer empresa de mediação, seja a investir nas mais variadas ferramentas e inovações de Marketing, a CENTURY 21 Arquitectos estará sempre na linha da frente. Paralelamente a isso, e desde o início, a formação contínua dos nossos consultores é a base e premissa da nossa empresa. Acompanhando as dinâmicas da atividade, e com a enorme ajuda do nosso Master, vamos criando e adaptando toda a oferta formativa, para continuarmos a ter os profissionais mais preparados do mercado.

No seio da CENTURY 21 Arquitectos, toda a equipa é formada e preparada para realizar um trabalho exímio e inovador. Porque é que é tão importante esta aposta na formação para um setor como o imobiliário?

Como já tive oportunidade de referir noutras edições da vossa revista, eu venho de uma atividade com muito prestígio. A mediação imobiliária ainda não ganhou esse prestígio ao nível nacional, e uma das principais razões é o facto de durante anos as pessoas que operavam no mercado não terem qualquer formação ou orientação que fosse. Cometiam-se muitos erros, e a maioria deles por total desconhecimento. Ser Consultor Imobiliário é uma profissão tão importante e com a mesma relevância que as demais. Os agentes têm de ter a formação necessária (diria até obrigatória) nas várias áreas que integram a atividade imobiliária. Sem essa aposta forte na formação, as agências não têm profissionais, nem podem oferecer um serviço de eleição aos seus clientes.

Podemos afirmar que a formação no setor imobiliário, tem, de facto, um papel preponderante no seu crescimento e evolução? Em que medida?

Quase 100% dos profissionais da atividade imobiliária vieram de outras áreas profissionais. Por essa razão, chegam às nossas agências com total desconhecimento daquilo que fazemos, como fazemos e da relevância da nossa atividade na vida dos nossos clientes. Para que possam ser profissionais, e garantirem um serviço de excelência, têm obrigatoriamente de serem formados pelas empresas que os acolhem. É responsabilidade deles, mas acima de tudo é obrigação nossa (empresa). Esta formação não se pode esgotar na base inicial, onde recebem as bases do negócio e o saber-fazer. Os consultores ganham experiência, vão sendo confrontados com novas dinâmicas, com a própria necessidade de evolução, pelo que essa formação contínua é essencial, digo até obrigatória.

De que forma, a aposta contínua em formação, não só dos consultores imobiliários, bem como dos restantes colaboradores, se reflete no sucesso da marca? Em que peculiaridades é possível observar esta dedicação?

Ao longo destes mais de 15 anos da marca em Portugal, não foi apenas o grande investimento em marketing que elevou a rede ao patamar onde está hoje. Foi a forma como sempre se posicionou no mercado, e essa dependeu sempre do facto de ter a formação na base de tudo. Fomos a primeira rede a ter a nossa oferta formativa certificada pela DGERT, e graças a parceiros nas mais variadas áreas, os nossos consultores têm a possibilidade de fazer formação naquilo que mais importante é para o seu trabalho, e nas várias necessidades que possam surgir. Apostar na formação sempre foi o melhor caminho para qualquer área da sociedade. Pessoas formadas são pessoas mais aptas, mais esclarecidas e mais motivadas para cumprirem os seus propósitos.

Sabemos que para a Joana Resende, a formação dos consultores é uma prioridade, acreditando que só assim se alcança os melhores resultados. Como perpetua esta “mentalidade” nas suas equipas?

Tenho a sorte de ter uma equipa de profissionais altamente qualificados e dedicados a esta atividade. Assim, não sou eu apenas que vejo a prioridade da formação. Eles próprios sentem e pedem, quando surge a necessidade de orientações em algum tema. Com aquilo que vou sentindo da dinâmica do mercado, bem como as solicitações deles, vou criando um plano de formação ajustado a estas necessidades, sempre muito apoiada pela CENTURY 21 Portugal.

Por fim, quais os principais desafios da marca para o futuro e o que podemos continuar a esperar da CENTURY 21 Arquitectos?

O maior desafio que se impõe neste momento é a incerteza. Com o que vivemos na atualidade, estão algumas variáveis em questão e que impactam a nossa atividade. A anunciada subida das taxas de juro, aliadas à imposição do Banco de Portugal na convergência para prazos de 30 anos em novos contratos, vão diminuir o poder de compra de casa dos portugueses, aumentando a procura pelo arrendamento. Por outro lado, e face à ainda maior pressão da procura, vai haver uma clara opção pelas freguesias da AML e AMP, fugindo dos valores praticados nos grandes centros. A oferta continuará a não acompanhar a procura, não se prevendo por isso baixa de preços. Agrava também o aumento dos preços de matérias-primas na construção e a escassez de mão de obra, que não vão permitir a entrega de novas habitações ajustadas às necessidades dos Portugueses, e interferem ainda no índice de rotatividade das habitações. Por outro lado, a escassez de mão de obra em vários setores cria novas oportunidades de trabalho, permitindo suporte aos jovens e famílias para iniciar o seu processo de compra de casa. Em suma, continuamos com um mercado dinâmico, com valores em alta, e claramente com muita procura face à oferta existente.