A missão da Danone é levar a saúde através da alimentação ao maior número de pessoas, inspirando-se na convicção de que o bem-estar depende precisamente deste fator, bem como da nutrição. Para melhor compreendermos, qual tem vindo a ser, ao longo dos anos, o papel desempenhado pela marca nesta “luta”?
A Danone é provavelmente a empresa de alimentação com o portfólio de produtos mais saudável do mercado. Desde o início da década de 90 que, inspirados pela nossa missão, fomos alienando os negócios que tínhamos de produtos menos saudáveis e fomos construindo o nosso portfólio em redor de um conjunto de categorias que levassem saúde ao maior número de pessoas possível e que atualmente são: produtos lácteos frescos (onde temos, por exemplo, as marcas Activia e Yopro), alternativas vegetais aos lácteos (com a marca Alpro), alimentação para bebés (através das marcas Aptamil e Blédina) e nutrição especializada para que as pessoas que têm doenças e limitações importantes possam nutrir-se adequadamente (onde temos por exemplo os produtos da marca Fortimel).
Sabemos que a nutrição e alimentação são vistas hoje como uma questão determinante da sociedade moderna e na sua qualidade de vida. De que forma a Danone promove e sensibiliza esta vertente perante a sociedade?
Somos aquilo que comemos. E a Danone promove isto ao construir o seu negócio apenas com categorias saudáveis e com produtos que se vão continuamente reformulando para serem cada vez mais saudáveis, acompanhando as necessidades dos consumidores. Além da oferta de produtos, trabalhamos também na educação alimentar através de programas de sensibilização. Exemplo disso é Programa de Alimentação Saudável nas Escolas Primárias que tivemos nos últimos anos em que se ensinava as crianças a comerem melhor. Outro exemplo, agora na área da Nutrição Especializada, é o continuo apoio à formação que fazemos aos Profissionais de Saúde, através de cursos, simpósios e outros eventos, diminuindo o GAP entre a publicação científica e implementação na prática clínica. Este apoio à formação é muito relevante em nas categorias de leites infantis, em que, cada vez mais, a oferta de produtos é adequada aos desafios de cada bebé, ou na categoria de adultos que sofrem de malnutrição derivada de doença, através de que produtos que são adaptados a cada doença.
Esta é uma marca atenta às necessidades do mercado, realizando continuamente estudos do consumidor e troca de informações com profissionais. Quão importante é, na área da alimentação e nutrição, acompanhar as tendências?
É fundamental e as marcas que não o façam estarão a comprometer a sua continuidade. Na Danone estamos permanentemente atentos às necessidades do consumidor, do paciente, os inputs dos profissionais de saúde, líderes de opinião e demais relevantes stakeholders. É por isso que vão aparecendo constantemente novos produtos. Por exemplo, nos produtos de grande consumo, assistimos a uma grande procura nas gerações mais jovens por produtos com alto teor de proteína ou produtos mais amigos do ambiente como são os de base vegetal, o que explica o crescimento de marcas como Yopro e Alpro. Já na unidade de Nutrição Especializada, no que toca aos leites para bebés, tentamos aproximar-nos sempre o mais possível das características do leite materno, tendo lançado há cerca de um ano, com enorme adesão dos profissionais de saúde e país, Aptamil Profutura, que é o nosso leite com mais componentes idênticos aos do leite materno. Sendo Portugal um dos países da Europa com maior taxa de nascimentos por cesariana (cerca de 36%) acabámos de alargar a gama Profutura com o lançamento do Aptamil Profutura Care, um leite pensado para bebés que nascem por cesariana ou outros desafios imunitários, e cujo produto, por ter o probiótico B. breve, promove o equilíbrio da microbiota intestinal e ajuda ao desenvolvimento do sistema imunitário.
É legítimo afirmar que, no caso da Danone, a inovação tem um impacto positivo na qualidade e vice-versa? De que forma?
Sem dúvida, é o que denominamos de círculo virtuoso. Os exemplos já mencionados impactam positivamente a qualidade, que vai sendo cada vez maior e mais exigente, o que por sua vez faz continuamente elevar o nível das inovações.
A Danone Nutricia é pioneira na resolução de patologias como o nascimento prematuro, desafios nutricionais e alergias alimentares. Prestes a celebrar o Dia Mundial da Criança, qual diria que é a melhor forma de implementar bons hábitos alimentares na vida dos mais pequenos?
Por incrível que possa parecer, os bons hábitos alimentares começam mesmo desde o início das suas vidas, quando a escolha ainda é dos pais. No caso da Danone Nutricia, efetivamente preocupamo-nos em nutrir todas as fases da vida, mesmo quando a mesma começa cedo demais cá fora – no caso dos bebés prematuros, mas também dos que nascem de termo através de parto por cesariana – que têm desafios imunitários acrescidos e é importante, na impossibilidade de amamentarem, que consigam ter um leite que ajude a equilibrar da microbiota intestinal, ou até mesmo dos que desenvolvem alergia às proteínas do leite de vaca já que é uma limitação grave que tem de ser colmatada. É através da oferta de soluções que respondem a cada uma destas e de outras necessidades que trabalhamos para ajudar os bebés desde cedo a crescerem e a desenvolver-se para a vida.
De que forma a Danone Nutricia incentiva as crianças e os pais a criar bons hábitos alimentares? Quais os maiores desafios, neste que também é um desiderato da marca?
Falando especificamente da unidade de Nutrição Especializada, o nosso principal desafio junto dos pais e dos profissionais de saúdes, tem sido colocar cada bebé na jornada certa, ou seja, que cada bebé que não possa ser amamentado, possa consumir o produto que melhor se adapta à sua necessidade específica. Isso é extremamente importante, não só para a saúde do bebé, mas também para o bem-estar de toda a família, pois quando o bebé não está bem, se chora, se não dorme, o impacto que isso tem no bem-estar da família é enorme. E, para ilustrar o que é isto da jornada certa e do produto certo para cada bebé, já aqui falámos do novo lançamento do Aptamil Profutura Care, um leite pensado para bebés que nascem por cesariana ou outros desafios imunitários, por ter o probiótico B. breve para o equilíbrio da microbiota intestinal, ajuda ao desenvolvimento do sistema imunitário, prevenindo futuras complicações. Mas podemos falar de outros exemplos como o Aptamil Confort para a obstipação, cólicas e distúrbios gastrointestinais ou das fórmulas para os bebés com alergia às proteínas do leite de vaca (APLV). Nesta área existem fórmulas para a alergia severa (são fórmulas que em lugar de proteína têm os aminoácidos que as constituem), como o Neocate LCP e o Neocate Junior, produtos inclusivamente comparticipados pelo estado, e fórmulas para a alergia moderada (fórmulas em que as proteínas estão extensamente hidrolisadas), onde temos produtos como o Aptamil Pepti Syneo que, infelizmente, ainda não são comparticipados. Este é um exemplo em que a política de saúde pública não está a contribuir para que cada bebé esteja na jornada certa, pois sabemos que, por uma questão de acessibilidade, existem bebés com APLV moderada (que são inclusivamente a maior parte) consomem fórmulas para a APLV severa, que são inclusivamente mais caras podendo por isso prejudicar financeiramente o estado. É urgente atualizar esta política e alargar a comparticipação também às fórmulas extensamente hidrolisadas. A APLV é um dos melhores exemplos da relevância do apoio à formação dos profissionais de saúde, porque o diagnóstico em muitos casos demora meses, a saúde do bebé e o bem-estar da família são colocados em causa.
A terminar, com os olhos postos no futuro, que novos produtos e campanhas inovadoras estão a ser desenhadas nesta problemática tão necessária a todos?
Ainda não podemos revelar, mas podemos garantir que novos produtos e novas campanhas virão, perseguindo esta nossa obsessão de colocar cada bebé na jornada certa disponibilizando o produto que mais se adapta às suas necessidades específicas.