Fundada em 1668 a Merck é a farmacêutica mais antiga do mundo e, atualmente, uma empresa vibrante de ciência e tecnologia. Presente em Portugal desde 1934, a nível Global a empresa atua em três áreas essenciais: Healthcare, onde lidera os tratamentos de infertilidade, ajudando à nascença de cerca de mil bebés por ano em Portugal e quatro milhões em todo o mundo. Ainda dentro deste setor, a organização foca-se em patologias com grande relevo em termos de peso económico e social – hipertensão arterial, diabetes, insuficiência cardíaca e disfunção da tiroide. Também na vertente oncológica e imunológica, desenvolvem terapêuticas que visam prolongar a vida dos doentes. E finalmente na área de Neurologia & Imunologia onde tem um historial rico na esclerose múltipla, uma patologia que está no centro da sua atenção.
No que diz respeito à área de Life Science, Pedro Moura sustenta que “na Merck fortalecemos a comunidade científica. A nossa plataforma digital e os nossos produtos e serviços simplificam a investigação, tornando a pesquisa mais precisa e ajudando a alavancar descobertas revolucionárias. As nossas soluções aceleram o acesso à saúde e garantem a precisão das análises e a fiabilidade das nossas soluções terapêuticas”. Finalmente na área de Eletronics, a Merck é a empresa que está por detrás das empresas, fazendo avançar o canal digital. A ciência está presente em tecnologias que estão a mudar a forma como acedemos, armazenamos, processamos e apresentamos informações e este é o setor de atividade na empresa que para isso contribui. ”As nossas inovações despertam o poder e o potencial dos dados para criar novas possibilidades de moldar e transformar a vida como hoje a vivemos. Temos pois por isso, um conjunto de áreas de atividade que são na área da ciência, mas também na da tecnologia e temos o propósito de contribuir com o melhor que a ciência e a tecnologia têm para o bem da humanidade”, inicia o interlocutor.
“De facto, acreditamos que a investigação científica e o empreendedorismo responsável são fundamentais para os avanços tecnológicos com benefício para a Humanidade. É assim que a Merck prospera há mais de 350 anos e continuaremos a desafiar os limites das possibilidades para criar oportunidades para todos. Isso é o que nos motiva e é para isso que trabalhamos. Este é o nosso futuro. Somos mentes curiosas dedicadas ao progresso humano” acrescenta Pedro Moura.
“As One for Diversity, Equity & Inclusion”
Não restam dúvidas: a cultura da Merck baseia-se na diversidade, equidade e inclusão. Por esse motivo, lançou a iniciativa “As One for Diversity, Equity & Inclusion”, em parceira com a AESE Business School, onde pretende debater e alertar para a necessidade de praticar valores tão necessários como estes. No seio da Merck, este é já um desígnio de longa data, daí a existência e defesa de equipas com diversas culturas, nacionalidades e géneros. Segundo Pedro Moura, “apostamos também na equidade que é o reconhecimento dos direitos de cada um e o pleno exercício desses direitos com justiça, e ainda na inclusão porque a diversidade é um dado adquirido, já a inclusão é uma opção. Isto é, pode optar-se ou não por ter inclusão dentro das organizações e, portanto, acreditamos que a diversidade, a equidade e a inclusão são fontes de energia, fortalecimento e inovação, porque a singularidade de cada um nestas várias vertentes da diversidade acrescentam valor às organizações e fortalecem também esse ângulo tão importante”.
A realidade é que a Merck se caracteriza, orgulhosamente, por ser uma equipa de mentes curiosas, mentes estas que são enriquecidas com as particularidades das várias presenças nos mais diversos ângulos, que seguramente acrescentam valor às organizações. “Em 2021, a Forbes considerou a Merck no top10 das empresas mais amigas das mulheres, e, portanto, estamos não só a defender algo no papel, como a fazer realmente acontecer. Em Portugal, metade da liderança é feminina e temos a convicção de que de facto as empresas não se podem dar ao luxo de terem desequilíbrio de género. Restringir as mulheres nas organizações significa coartar as mesmas da diversidade, da curiosidade e do talento que as mulheres – uma vez em paridade – aportam às organizações. De facto, as mulheres têm menos acesso e não têm as mesmas oportunidades que os homens. Isto porque sabemos que as tarefas de cuidar de ascendentes e descendentes, são maioritariamente das mulheres. E, portanto, olhando para estes factos, não podemos dizer que mulheres e homens têm o mesmo acesso às oportunidades. Aliás, nós sabemos que as mulheres são educadas no sentido que têm que ser close to perfection para conseguirem atingir um fim, os homens são educados mais numa perspetiva de alta competição e por causa disso, não precisam de ser perfeitos porque apenas sendo bons, conseguem competir e chegar exatamente ao mesmo fim”, confidencia o Diretor da Merck.
Porque o caminho para a equidade ainda é longo, é fulcral e urgente, aos dias de hoje, adotar hábitos nesse sentido, nomeadamente no que diz respeito à mudança de mentalidades tanto a nível corporativo como pessoal, uma vez que é precisamente nessa vertente que toda a mudança começa. É importante que, no seio das organizações, exista uma chamada de atenção para uma problemática como esta. Apostar numa cultura organizacional de inclusão, não por ser “moda”, mas pela constatação – como já referido – de que a singularidade que cada uma das diversidades aportam valor acrescido às mesmas. Por esse motivo, esta parceria com a AESE, “visa que mais setores de atividade para além da farmacêutica, estejam alertas para a realidade da falta de paridade. Estamos absolutamente convencidos de que se os CEO das várias organizações forem alertados e sensibilizados para esta questão, mais facilmente poderão chegar a bom porto. Não se trata de aparecer, mas sim de colocar estas questões nas agendas das empresas”, garante Pedro Moura.
Questionado acerca de quais, na sua perspetiva, são as maiores disparidades que ainda existem entre homens e mulheres, profissional e pessoalmente, o entrevistado assegurou que a Merck levou a cabo um estudo, onde foi possível constatar a situação atual desta problemática: “Há um gap muito grande entre homens e mulheres em cargos de liderança, há também um gap salarial entre homens e mulheres para funções semelhantes, e isto tem que ver precisamente com o acesso que não é igual, assim como a igualdade de oportunidades, que não existe”.
No seio da Merck Portugal, estes são já desafios ultrapassados, uma vez que metade da liderança é ocupada por mulheres, isto porque, esta é uma marca cultural que para além de defender os valores, fá-los acontecer, “não só é possível, como é saudável e inteligente”. Mas certo é que, factualmente, serão ainda precisos mais de 30 anos para que o salário médio em Portugal seja o mesmo para mulheres e homens, e inegavelmente, para erradicar e mitigar esta realidade, é crucial que se mudem mentalidades, sublinhou, novamente, Pedro Moura, acrescentando que, “precisam de existir mudanças nas vidas das pessoas e nas organizações, e isso leva tempo a ser posto em prática”.
Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais
O Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais – o qual a Merck apoia – tem como missão ajudar os cuidadores informais. Perceber o que ainda falta fazer pelos cuidadores informais em Portugal é uma prioridade para todas as associações que integram esta iniciativa, melhorando, assim, a sua qualidade de vida e dos “seus” doentes. Da parte da Merck, a luta é já longa e bem feita. “Tivemos há dois anos a publicação do Estatuto do Cuidador Informal, aprovado pela Assembleia da República, o que foi um importantíssimo passo, mas também um passo que precisa de todos os que vêm a seguir, no sentido da sua materialização”, garante o interlocutor.
A farmacêutica realizou, neste âmbito, um inquérito que mostra que cerca de 12% da população portuguesa são cuidadores. Cuidadores esses que se dedicam de forma não remunerada, abdicando das suas férias, dos seus empregos e da sua vida social, para cuidar de outros. Por este motivo, Pedro Moura sustentou que, “foi também já criada uma rede de Autarquias que Cuidam dos Cuidadores Informais onde estão reunidas já 24 Câmaras Municipais, que têm projetos que, na prática, significam tornar mais fácil a vida dos cuidadores”. Para além disso, foi desenvolvida também uma campanha e apelo para que sejam ouvidas as necessidades dos Cuidadores Informais, tendo em conta que segundo as indicações do mesmo inquérito, foi possível perceber que os cuidadores não se sentem ouvidos, particularmente no que diz respeito às suas necessidades.
E porque a luta é e será necessária e longa, a Merck, ainda no decorrer do ano de 2022, irá envolver cerca de dez autarquias que juntamente com o Movimento vão dar sessões de esclarecimento Cuidadores Informais de norte a sul do país. Isto porque, “um estudo realizado em 2021 demonstrou que mais de metade dos cuidadores portugueses se queixa da falta de ajuda a nível administrativo e da formação de que tanto precisam. O trabalho de capacitação dos cuidadores vai continuar e este passo de envolvimento das autarquias vai ser importante”.
Merck, um Great Place to Work
Depois de ter conquistado o reconhecimento de Great Place to Work, a farmacêutica, passou a integrar também a lista restrita de Best Workplaces, este ano. O que para o Diretor e toda a equipa, é um motivo de orgulho sem igual. E já que se trata de reconhecimento, é importante sublinhar que o mesmo se deve às boas práticas das quais a empresa nunca prescinde e que diariamente são cultivadas. Pedro Moura garante que, “sempre nos preocupámos em criar iniciativas que visam proximidade e colaboração. Sabemos que independentemente da área funcional que representamos, estamos todos dentro de uma organização que tem um propósito comum que é estarmos todos virados para os doentes, patient directed, e de mãos dadas com eles.
Para que esta vivência se aprofunde na Organização, colocámos em prática várias iniciativas nomeadamente reuniões internas informais onde temos a oportunidade de uma forma absolutamente transparente e sem agenda, debater e discutir aquilo que vai na alma de cada um sem qualquer barreira. Temos também outra iniciativa que move pessoas de áreas diferentes a aprenderem uma com a outra de forma a puderem ajudar-se. E ainda o nosso “cup of talk” que começou na pandemia e permite-nos fazer um check in. Isto é, um momento onde todos nos sentamos à volta de uma mesa e falamos de tudo, menos de trabalho”.
Para além das várias atividades que inevitavelmente tornam a Merck numa referência e exemplo de união, têm ainda uma política de trabalho flexível, que permite aos colaboradores usufruírem de um equilíbrio entre a vida familiar, social e laboral.
O compromisso com a Sustentabilidade e as Mentes Curiosas e Inovadoras
O compromisso, preocupação e sensibilidade com as questões da sustentabilidade é também uma das prioridades da farmacêutica, uma vez que esta vertente é um pilar estratégico da mesma, para além de ser uma questão dos dias de hoje. Sabemos que atualmente se debate tudo o que está relacionado com alterações climáticas, perda de biodiversidade, poluição e pobreza: todos estes são fatores de insustentabilidade. Portanto, nesta vertente, existem metas muito claras, como é o exemplo do progresso científico capaz de contribuir para o aumento da sustentabilidade. O Diretor confessa mesmo que, “estamos obviamente preocupados com a proteção ambiental, temos dados muito concretos sobre como estamos a evoluir nesta ótica de alcançar a neutralidade de carbono, temos um compromisso em ajudar a Organização das Nações Unidas a alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável, e, portanto, mais uma vez, uma contribuição que é mensurável. Queremos chegar à neutralidade climática já em 2040, e obviamente, que estamos interessados também em substituir o plástico pelo cartão reciclável, em aumentar o consumo de recursos de energia elétrica renováveis, em olhar para aqueles que são os nossos fornecedores ou intermediários e refletir sobre as suas próprias políticas de sustentabilidade, para que possamos escolher os que estão em comunhão com estes nossos valores que tanto defendemos”.
A realidade é que por ser uma marca líder na área da saúde, tem uma responsabilidade acrescida ao oferecer tecnologias que permitam um maior acesso e maior qualidade de vida à população que não dispõe do mesmo, daí a sustentabilidade e inovação caminharem de mãos dadas.
Certo é que os doentes são, inegavelmente, o centro de todos os esforços de investigação e desenvolvimento da Merck, o que a torna numa marca pioneira na inovação e tecnologia, principalmente porque, como sabemos, o setor da saúde é um dos que mais carece destes meios. Segundo Pedro Moura, “as necessidades que hoje se colocam ao nível da saúde são progressivamente diferentes porque se vive felizmente mais, e de uma forma diferente, o que despoleta novas doenças em maior quantidade, que sempre existiram, mas que agora afetam mais pessoas porque se vive mais. Portanto, torna-se necessário na vertente tecnológica ligada à saúde, encontrar formas de prevenção mais adequadas que façam virar o objetivo estratégico de uma ótica de tratamento para uma ótica de evitar que aconteça, e por outro lado oferecer tecnologias que permitam aceder mais rapidamente e de uma forma mais eficaz a essas soluções terapêuticas e ainda desenvolver na área de Healthcare, soluções mais avançadas para tratar doenças que já existam há muito tempo e que infelizmente ainda não têm cura”.
É importante ter a consciência de que a ciência e tecnologia devem estar ao serviço da profilaxia, instituindo mecanismos que tornem a vida mais saudável, sustentável e compaginável com vidas mais longas, mas “sabemos que as doenças vão continuar a existir e a existir em maior escala porque se vive mais”, portanto são, cada vez mais, necessárias soluções terapêuticas adaptadas a esta realidade: mais eficazes, com menos efeitos secundários, e também sustentáveis do ponto de vista económico
A Arte de ajudar a Criar, Melhorar e Prolongar vidas
Melhorar todos os dias e elevar à excelência os serviços que prestam, é um desiderato das mentes curiosas que integram a equipa Merck. Quem o admite é o próprio Diretor, “ajudar a criar, melhorar e prolongar vidas está no nosso propósito de Healthcare”, portanto têm no coração da sede em Darmstadt na Alemanha um centro de inovação onde estão interligadas uma série de iniciativas que permitem o contacto com empresas visionárias de todo o mundo, com o intuito de criar soluções revolucionárias.
“Temos vindo a desenvolver um papel que se caracteriza por uma procura incessante de inovação com as nossas mentes curiosas no sentido de conseguirmos soluções cada vez mais sustentáveis, inovadoras e eficientes”, termina Pedro Moura.