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Super Tradição, uma marca com propósito

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Super Tradição, uma marca com propósito

A Soprei celebra no próximo ano 50 anos de história, tendo sido fundada por pessoas com vontade de unirem as suas forças e, assim, obter as melhores condições comerciais junto da Indústria. Esta é uma marca que se caracteriza por, desde sempre, se ter mantido na linha da frente das centrais de negociação que englobam grossistas do mesmo ramo, como a Unimark e a Sociedade Aqui é Fresco. Em outubro do ano passado, a Cooperativa Abastecedora de Produtos Alimentares com sede na Sertã, abriu a sua primeira loja de retalho, a “Super Tradição”, no centro histórico de Pedrogão Grande. “Decidimos apostar nesta localização porque a loja era já de um cliente da Soprei, portanto achámos interessante não perder a identidade, mas sim, pelo contrário, reforçar as vendas. Portanto, comprámos a loja, fizemos uma grande remodelação na mesma, e está agora a funcionar na perfeição. É uma loja apropriada ao seu espaço, à sua população, e é no centro histórico de Pedrogão, portanto tem tudo para ter sucesso”, inicia o Presidente da Direção. A verdade é que, como em todos os modelos de negócio, os primeiros meses são um “estágio”, e para os novos proprietários da Super Tradição, não foi diferente. Rui Pires garante que “foi bom ter sido inaugurada numa época baixa porque nos permitiu consolidar estratégias que usamos no supermercado e fazer com que agora, prestes a entrar em época alta, estejamos já com uma evolução sustentada e segura. Portanto as nossas expectativas são bastante animadoras em relação aos tempos que se aproximam”.

A importância de modernizar

Esta é uma loja que surge com uma nova imagem, completamente modernizada, sem nunca perder aquilo que durante tantos anos a identificou. Uma nova imagem que advém da união das pessoas com o crescimento e o florescer das sementes que criam raízes, daí o nome “Super Tradição”. Quem o sustenta é o Diretor Executivo, “esta loja está aberta há dezenas de anos, portanto a nossa política ao adquiri-la foi manter a alma da mesma. Isto é, manter funcionários e os produtos a que as pessoas estavam habituadas, para que não se perdesse aquela que era a essência da loja. Mas por outro lado, tentámos modernizá-la e colocar-lhe tudo o que existe de mais inovador na distribuição alimentar, até para servir de loja modelo para os nossos restantes sócios e clientes”.
A verdade é que a Soprei conta com cerca de 900 clientes em toda a Região Centro, e enquanto entidade com uma responsabilidade de peso, o objetivo passa por dar o exemplo aos seus associados. “Tentar ser um exemplo, com etiquetas eletrónicas, a máquina automática de pagamentos, com iluminação própria… até para nós termos uma montra própria, porque muitas vezes os clientes também nos pedem conselhos neste sentido. Se forem seguindo este exemplo, vão conseguir também eles modernizar e elevar as suas lojas a outro paradigma, sem nunca deixar de ser um comércio de proximidade”, asseguram os entrevistados. Mas quais são, de verdade, os maiores desafios a assolar o setor do retalho atualmente? O Diretor Executivo da Soprei admite que “a pandemia, no início, assustou-nos e trouxe-nos grandes transtornos, mas para o retalho de proximidade acabou por trazer mais benefícios. A guerra, outro grande desafio, é totalmente o oposto, naturalmente. Porque traz um aumento muito grande de preços e uma inflação nunca antes vista. Os consumidores, a curto prazo, sabemos que vão ter dificuldades em adquirir o seu cabaz de produtos e isso vai criar uma tensão muito grande a nível de tesouraria a muitas empresas”. De forma a combater as lacunas que ao longo dos anos se vão atravessando no caminho da empresa, existem hábitos indispensáveis: “transformar os problemas em oportunidades”. No que diz respeito à inflação que Portugal enfrenta, “estamos muito atentos na parte comercial de forma a adaptar a estratégia a toda a hora, porque a realidade é que não podemos chegar ao final do ano e ter prejuízo. Temos mesmo essa preocupação e, portanto, estamos sempre atentos. É obvio que tentamos trabalhar com margens cada vez mais pequenas e cada vez mais eficientes, para que possamos desenhar objetivos concretizáveis, e de alguma forma, o retalhista não sinta a impossibilidade de continuar a lucrar”, confidencia Rui Pires.

Convenção Aqui é Fresco

A rede de supermercados de proximidade Aqui é Fresco, realizou, nos dias 29 e 30 de maio, a sua Convenção anual, no Altice Fórum Braga, sendo esta a 11ª edição da iniciativa, na qual a Soprei esteve, obviamente, presente. Para Carlos Marçal, “a realização desta convenção ao vivo, onde as pessoas podem trocar ideias pessoalmente, é uma grande mais-valia. Ela nunca deixou de ser feita, mas, nos últimos dois anos foi virtual, portanto penso que não é a mesma coisa. A convenção correu muito bem, os nossos sócios também puderam tirar o melhor partido da mesma”. Na realidade, este é de facto um encontro presencial importante para o setor do retalho, uma vez que se encontram a trabalhar num conceito de proximidade e, “sendo presencial, vem trazer-nos novamente essa   proximidade também, até porque além dos negócios que se fazem, e de toda a parte comercial envolvida, a ligação entre os associados todos da Aqui é Fresco, é essencial para esta indústria”, assegura Rui Pires.
O mote desta edição foi “Aqui queremos um futuro mais sustentável”, uma vez que o evento pretendeu promover boas práticas de gestão, bem como a concretização de negócios. Aos dias de hoje, ter um comércio de proximidade assente em valores sustentáveis e com foco no crescimento local, é cada vez mais um fator decisivo do sucesso de qualquer marca. Por isso mesmo, a Soprei, na sua nova loja, a Super Tradição, tentou adaptar em tudo o que pode à sustentabilidade. Os interlocutores garantem, “tudo o que é frutas e legumes, adquirimos um grossista desta região, e temos muitos produtos locais, de queijos e padaria por exemplo. Temos sempre obviamente as marcas nacionais, mas também não dispensamos de ter as regionais para que entre todos consigamos levar a região a bom porto. As etiquetas eletrónicas são também um exemplo disso, porque não estamos constantemente a imprimir papel, até porque elas atualizam-se, a pilha dá para sete anos, e, portanto, é notório que temos vindo a minimizar o consumo excessivo de recursos que nos são tão preciosos”.
Após dois dias em que mais de 700 retalhistas se uniram com o objetivo de melhor servir os consumidores, foram superadas todas as expectativas. A partir daqui o futuro, ainda que incerto, desenha-se positivo. Principalmente porque no seio da Soprei, “não paramos de trabalhar nele”. “Não prescindimos de acompanhar as evoluções do mercado e as suas estratégias comerciais. Sabemos que não podemos estar adormecidos porque as tendências mudam todos os dias e aquilo que hoje é bom amanhã já não é, e vice-versa”, afirmam.
Certo é, que este é um dos setores mais competitivos no mercado, e infelizmente, a grande distribuição cada vez mais se implementa em locais estratégicos. O que torna todo e qualquer trabalho, redobrado. O Diretor Executivo assegura que “trabalhamos bastante no sentido de aumentar a nossa eficiência, aumentar a nossa capacidade de negociação com a indústria, para podermos dar aos nossos clientes e sócios, competitividade suficiente para conseguir lutar contra isso”.

Um Futuro positivo e competitivo

Como já referido, a localização do Super Tradição no emblemático centro histórico de Pedrogão Grande, não é meramente estratégico. Até porque, os entrevistados reforçam que “para nós é importante não entrar em conflito com a concorrência, porque nós próprios sofremos as dores dos nossos clientes, e vamos aprendendo muito com eles também”. Mas a verdade é que estamos a falar de um dos setores mais competitivos do mercado, portanto, torna-se imprescindível objetivar mais e melhor. “Claro que o nosso objetivo é abrir mais lojas, mas não temos datas, para já. Porque este tem que ser um trabalho paulatino. Se por várias motivações, estivermos num sítio onde pode aparecer uma boa oportunidade de negócio, mas se tivermos sócios ao lado, temos que respeitá-los e não o vamos fazer”, garantem. Esta é a única cooperativa a nível nacional, precisamente porque desde sempre se regeram por valores que nunca a desviaram do propósito principal: ter sucesso sem nunca esquecer o respeito para com os clientes, e com os colaboradores, que são também parte fundamental deste êxito. Há dois anos atrás, e fruto de muito sucesso que marcou a trajetória da marca, foi o momento ideal para reinventar a estrutura. “Fizemos um pavilhão novo, novos armazéns, novos escritórios, e mudámos mesmo de sítio. O que é muito importante porque permite-nos prestar um serviço muito mais eficiente ao cliente e o cliente sabe disso”, sustenta Rui Pires. Com os olhos postos no futuro, as expectativas são elevadas e em muito revelam positivas, pois o Presidente da Soprei não hesita ao afirmar que “as lojas vão permanecer bem posicionadas no mercado, com uma imagem cada vez mais solidificada”. Para além disso, muitas são também as novidades a ser desenhadas, “a questão da marca própria é algo que estamos mesmo a tentar implementar e a trabalhar muito nela, até porque a aderência tem sido significativa.
Queremos trabalhar a Rede Aqui é Fresco da melhor maneira que conseguirmos. Fazemos regularmente o levantamento em todas as nossas lojas de quais são as necessidades, para que possamos todos os dias melhorar e alavancar ainda mais a nossa marca e o nosso setor”, terminam.