Uma equipa de investigadores dar conta de um novo buraco na camada do ozono, através de uma combinação de dados de observações com modelos de reação de eletrões orientadas por raios cósmicos. Este buraco conta já com grandes proporções e é já considerado “uma grande preocupação global”, uma vez que é sete vezes maior do que o mais conhecido buraco sobre a Antártica.
Por definição, considera-se que há um buraco na camada do ozono quando há uma perda de mais de 25% de O3, uma molécula inorgânica, do que na região circundante. A ameaça para a saúde vem do facto de se aumentar a exposição da superfície da Terra a raios ultravioleta, que aumenta também o risco de se desenvolver cancros de pele, por exemplo.
O autor da descoberta, Qing-Bin Lu, explica que “a zona dos trópicos constitui metade da superfície do planeta e é o local de habitação de cerca de metade da população mundial. A existência de um buraco na camada do ozono tropical pode causar uma grande preocupação mundial”, cita o IFL Science.
Enquanto o buraco da Antártica tem um ciclo sazonal, com as maiores perdas a acontecerem entre setembro e outubro, este buraco dos trópicos mantém-se durante todo o ano. “Os buracos na camada do ozono podem levar a um aumento da radiação ultravioleta no solo, o que pode conduzir a um aumento do risco de cancro de pele e cataratas nos humanos, como também pode enfraquecer os sistemas imunitários humanos, diminuir a produtividade agrícola e afetar negativamente os organismos aquáticos e ecossistemas (…) A descoberta atual pede que sejam feitos mais estudos sobre a camada do ozono, alterações nas radiações UV, aumento de riscos de cancro e outros efeitos negativos na saúde e ecossistemas na região tropical”, adverta o investigador.