Marburg: o vírus mortal que está a assustar o mundo

A doença altamente infeciosa é provocada por um vírus que pertence à família do agente viral que causa o Ébola. 

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Gana confirmou dois casos fatais de Marburg, a doença altamente infeciosa que foi identificada pela primeira vez na Alemanha em 1967. Ambos os paciente faleceram.

A primeira vítima, um homem de 26 anos, foi internado a 26 de junho de 2022 e morreu no dia seguinte. O segundo caso foi detetado num homem de 51 anos que deu entrada no hospital a 28 de junho e morreu no mesmo dia. Para controlar o surto, as autoridades de saúde do país africano colocaram 98 pessoas suspeitas de terem estado em contacto com os infetados em quarentena.

Segundo Francis Kasolo, representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Gana, “as autoridades de saúde estão no terreno a investigar a situação e a preparar-se para uma possível resposta ao surto. Estamos a trabalhar em estreita colaboração com o país para aumentar a deteção, rastrear contactos e estar prontos para controlar a propagação do vírus”.

De que tipo de vírus estamos a falar?

A Marburg é uma febre hemorrágica, causada por um vírus altamente infecioso da mesma família do Ébola. A transmissão pode dar-se através de contacto direto com sangue, gotículas contidas na respiração, fluidos corporais, tecidos de pacientes ou animais infetados, dos quais se destacam morcegos e macacos. A doença, que começa de maneira abrupta, apresenta sintomas como febre alta, dor de cabeça intensa, mal-estar, hematémese (vómitos com sangue), e hemorragias noutras partes do corpo. O período de incubação do agente viral oscila entre 2 a 21 dias.

Ainda que não existam vacinas ou tratamentos antivirais aprovados para tratar o vírus, os cuidados de suporte – como a hidratação com fluidos orais ou intravenosos – e o tratamento de sintomas específicos reduzem os riscos de morte e melhoram as perspectivas de sobrevivência. Esta doença foi identificada em humanos pela primeira vez em 1967, em Marburg, na Alemanha, onde morreram sete pessoas das 32 infetadas. O maior surto do vírus, que matou 200 pessoas, foi registado em Angola em 2005, segundo a OMS.

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